▲
- O Google Glass foi lançado em 2012 como um óculos inteligente revolucionário, mas enfrentou desafios de privacidade e aceitação do público.
- O objetivo da notícia é relembrar a trajetória do Google Glass e analisar os motivos que levaram ao seu fim como produto de consumo.
- O impacto inclui a reflexão sobre como inovações tecnológicas podem enfrentar barreiras éticas e de mercado.
- O projeto deixou um legado, inspirando outras empresas a investir em dispositivos vestíveis e realidade aumentada.
Em abril de 2012, o Google surpreendeu o mundo com o anúncio do “Project Glass”, um óculos que prometia funcionar como um smartphone controlado por voz. A novidade causou grande impacto, sendo visto como um possível concorrente dos dispositivos da Apple, que já contava com a assistente Siri. Mas será que o projeto vingou? Vamos relembrar essa história.
A CNN, na época, chegou a anunciar que “a Siri está prestes a ser superada pelo Google”, mostrando o design futurista dos óculos com um mini display transparente em apenas uma das lentes. O Google Glass, ainda em desenvolvimento pelo laboratório de inovação Google X, já tinha um vídeo que mostrava o que se esperava da novidade.
O vídeo de demonstração, intitulado “Project Glass: One Day…”, acumulou mais de 22 milhões de visualizações. Ele mostrava um mundo onde o Google Glass serviria como uma segunda tela, permitindo acessar notificações, responder mensagens e usar o Google Maps com as mãos livres. Imagine tocar violão e fazer uma chamada de vídeo ao mesmo tempo!
Uma das características mais interessantes era o sistema de áudio por Transdutor de Condução Óssea (BCT), que ficava discretamente localizado atrás da orelha, permitindo ouvir tudo sem precisar de fones de ouvido.
A primeira aparição pública do Google Glass foi no dia seguinte ao anúncio, quando Sergey Brin, cofundador do Google, usou o protótipo em um evento beneficente em São Francisco. Mas nem tudo foram flores: um ano depois, bares da mesma cidade proibiram a entrada de pessoas usando as versões beta do dispositivo, por conta de preocupações com a privacidade.
Leia também:
Apesar dos esforços de marketing, que incluíram até desfiles na Semana de Moda de Nova York, os conflitos éticos relacionados à privacidade prevaleceram. Afinal, as pessoas poderiam gravar vídeos e tirar fotos sem que os outros percebessem.
Inicialmente, o Google Glass foi lançado de forma restrita para desenvolvedores e entusiastas, dentro do programa “Google Glass Explorer Edition”, em abril de 2013. Apenas em maio de 2014 o produto foi aberto ao público geral, custando US$ 1.500 e vindo com 2 GB de RAM, 16 GB de espaço, Wi-Fi, Bluetooth e uma câmera de 5 MP.
Em 2014, Babak Parviz, o líder do projeto, foi contratado pela Amazon. Pouco tempo depois, o Google anunciou a descontinuidade do programa Google Glass Explorer Edition, que nem chegou a ser lançado oficialmente no Brasil. Na época, a imprensa chegou a dizer que os óculos tinham virado “piada”.
A partir daí, a estratégia de venda mudou, com o foco no mercado corporativo. Em 2017, foi lançado o Google Glass Enterprise Edition, voltado para empresas, especialmente nos setores de indústria e saúde.
O Fim do Google Glass para o Consumidor e o Foco Empresarial
A última versão do Google Glass, o Enterprise Edition 2, foi lançada em 2019. Com um design diferente do primeiro modelo, ele apresentava hastes mais largas e reforçadas, além de um preço mais acessível (US$ 999). As especificações incluíam 3 GB de RAM, 32 GB de espaço, Wi-Fi, Bluetooth, resistência à poeira e água, bateria de 820 mAh e câmera de 8 MP.
O Glass Enterprise recebeu algumas atualizações, como a incorporação do Meet em 2020, durante a pandemia, e testes de traduções simultâneas em 2022. No entanto, em 15 de março de 2023, a página de suporte anunciou o fim das vendas do Glass Enterprise Edition, sem maiores explicações.
Desde então, o Google tem focado em óculos de realidade estendida (XR), que combinam realidade aumentada e inteligência artificial.
Durante o evento para desenvolvedores Google I/O, a empresa anunciou o Android XR, um projeto para diferentes dispositivos como headsets e óculos, integrados ao Gemini, a inteligência artificial generativa do Google. Este produto é resultado de uma parceria com Qualcomm e Samsung. E por falar em parcerias, a Sony planeja um sucessor do PS Vita com tecnologia da Samsung.
Apesar do fim do Google Glass como produto de consumo, a ideia de óculos inteligentes continua viva. Outras empresas também estão investindo nesse mercado, como a Apple, que pode lançar seus novos óculos inteligentes em breve.
O Futuro dos Dispositivos Vestíveis e a Saga do Google Glass
A trajetória do Google Glass é um exemplo de como a inovação pode ser desafiadora. O dispositivo, que prometia revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia, enfrentou diversos obstáculos, desde questões de privacidade até a falta de apelo para o consumidor final. Mas será que essa história realmente chegou ao fim?
Apesar do encerramento das vendas do Google Glass Enterprise Edition, o Google continua investindo em dispositivos vestíveis e realidade aumentada. O Android XR é uma prova disso, mostrando que a empresa não desistiu de criar um futuro onde a tecnologia se integra perfeitamente ao nosso dia a dia.
E quem sabe, em breve, não veremos uma nova versão dos óculos inteligentes do Google, repaginada e pronta para conquistar o mercado? Afinal, a inovação nunca para. Se você é fã de tecnologia e quer estar sempre por dentro das novidades, não deixe de conferir os artigos sobre melhores smartphones abaixo de R$ 3.000 e SSD Crucial T710 Gen5.
A história do Google Glass nos ensina que nem todas as ideias revolucionárias se tornam um sucesso imediato. Mas, mesmo que um produto não vingue, ele pode abrir caminho para novas tecnologias e inspirar outras empresas a inovar. O importante é não ter medo de arriscar e continuar buscando soluções que facilitem a vida das pessoas.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Mobile Time