A história de Pepe Mujica: os 10 anos na solitária e sua trajetória política

Descubra como Pepe Mujica sobreviveu a 10 anos na solitária e se tornou um símbolo de resistência e política no Uruguai.
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A história de Pepe Mujica: os 10 anos na solitária e sua trajetória política
Resumo da notícia
    • Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, passou 10 anos na solitária durante a ditadura militar.
    • Entenda como sua experiência moldou sua carreira política e suas políticas progressistas.
    • Sua história inspira debates sobre direitos humanos e resistência política na América Latina.
    • Mujica é lembrado por sua humildade e compromisso com a justiça social.
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José Alberto “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, faleceu aos 89 anos após lutar contra um câncer no esôfago. Relembrado por sua humildade e trajetória como guerrilheiro e floricultor, Mujica passou 12 anos como refém da ditadura militar, sendo torturado e confinado, marcando profundamente sua vida e carreira política.

A vida de Pepe Mujica antes da presidência

Antes de alcançar a presidência do Uruguai em 2010, Mujica já era uma figura conhecida por sua militância em busca de políticas mais justas e sustentáveis. Contrariando o luxo da residência presidencial, ele optou por continuar vivendo em sua chácara e doava 90% de seu salário, mantendo-se com apenas R$ 2.800 por mês. Seu único bem era um Fusca azul de 1987, o que lhe rendeu o apelido de “presidente mais pobre do mundo”.

Além de presidente, Mujica foi ministro da Agricultura, deputado por Montevidéu e senador. No entanto, antes de sua carreira na política institucional, ele foi um guerrilheiro que lutou contra a ditadura militar no Uruguai, passando grande parte desse período na prisão. Sua trajetória é um exemplo de resiliência e compromisso com seus ideais, mesmo diante de grandes adversidades.

A trajetória de guerrilheiro e a prisão de Pepe Mujica preso

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Durante a repressão da ditadura, Mujica foi considerado um refém do regime militar. Ameaçaram matá-lo caso os Tupamaros, grupo do qual fazia parte, retomassem as ações armadas. Foi nesse período que ele e outros presos políticos foram confinados na solitária, sofrendo torturas e privações.

Os Tupamaros, inspirados pela Revolução Cubana, surgiram na década de 1960, antes mesmo da ditadura militar. O objetivo era acelerar uma transformação socialista no Chile e ajudaram a formar a Frente Ampla em 1971, unindo a esquerda uruguaia. Após ações urbanas como assaltos a bancos, o grupo partiu para o confronto direto com o governo, realizando sequestros de figuras importantes, como o do cônsul brasileiro Aloysio Gomide.

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Prisão e tortura na ditadura

O governo de Jorge Pacheco Areco, que antecedeu a ditadura, intensificou os embates entre os Tupamaros e o governo, resultando na suspensão de garantias constitucionais e apoio aos militares no poder. Em 1972, o movimento ruiu, com muitos guerrilheiros mortos ou capturados. A vitória contra a luta armada fortaleceu os militares, que desafiaram o Judiciário e o Parlamento, instaurando a ditadura em 1973.

Após o golpe, nove militantes dos Tupamaros, incluindo Mujica, foram presos em condições precárias, sem julgamento. Ele ficou 12 anos na cadeia, até o fim do regime, somando 13 anos de prisão ao incluir capturas anteriores à ditadura. Em confrontos armados, Mujica perdeu metade de um pulmão devido a seis tiros.

Os anos de prisão foram marcados por tortura, privação de alimentos e água. Mujica relatou ter bebido urina e comido papel higiênico e sabão para sobreviver. Passou quase dez anos na solitária, sofrendo alucinações auditivas, paranoia e outros problemas de saúde mental. As agressões físicas resultaram na perda de seus dentes. Para manter a sanidade, Mujica copiava livros de química e física, organizando seus pensamentos.

A volta à política e a presidência

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Em 1985, Mujica foi libertado graças a uma anistia que abrangia crimes políticos desde 1962. Em 1989, junto com outros ex-Tupamaros, fundou o Movimento de Participação Popular, um partido de esquerda que integra a Frente Ampla até hoje. Os ex-guerrilheiros adotaram uma postura mais moderada e abandonaram as armas.

Entre 2010 e 2015, Pepe Mujica exerceu a presidência do Uruguai, implementando políticas ousadas. Reduziu a pobreza (de 32,6% em 2006 para 8,1% em 2018) e a desigualdade, além de avançar em pautas progressistas. O Uruguai se tornou o primeiro país a legalizar a maconha e também legalizou o aborto seguro e gratuito, reconhecendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Superinteressante

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