História real que inspirou o filme O Exorcista na Netflix

Descubra a origem do caso de Roland Doe que inspirou o clássico do terror, agora retratado no filme disponível na Netflix.
Atualizado há 7 horas atrás
História real que inspirou o filme O Exorcista na Netflix
Explore a verdadeira história de Roland Doe, a inspiração para um clássico do terror. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A história de Roland Doe deu origem ao filme O Exorcista, baseado em um caso real assustador dos anos 1940.
    • Você pode se interessar por fatos históricos por trás das produções de terror famosas na Netflix.
    • O filme ‘O Exorcista: O Devoto’ reforça a conexão entre eventos reais e o medo instaurado pelo filme clássico.
    • Este conteúdo auxilia na compreensão de como histórias reais geram maior impacto ao serem adaptadas para o cinema.
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Com a estreia recente de O Exorcista: O Devoto na Netflix, muitos espectadores revisitando clássicos do terror se perguntam: qual parte dessa história é real? O novo filme, uma continuação do original de 1973, traz consigo a inspiração de um dos casos mais assustadores já registrados. Trata-se da experiência de Roland Doe, um garoto cuja vivência foi a base para toda a franquia de filmes *O Exorcista*.

O Garoto que Inspirou o Mito do Exorcista

A história que deu origem a *O Exorcista* começou na década de 1940. Um adolescente de 14 anos, conhecido pelos pseudônimos “Roland Doe” ou “Robbie”, passou a exibir comportamentos incomuns. Morador de Cottage City, em Maryland, EUA, o menino teria recebido um tabuleiro Ouija de presente de sua tia Harriet.

Logo após a morte da tia, a família de Roland começou a notar fenômenos estranhos em casa. Havia batidas nas paredes e objetos se movendo sozinhos. Além disso, arranhões misteriosos surgiam no corpo do garoto sem explicação aparente. Esses eventos causaram grande preocupação entre os familiares.

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Em busca de respostas, os pais de Roland procuraram diversos profissionais. Eles consultaram médicos, psicólogos e até mesmo líderes religiosos, sem sucesso. Foi somente depois de muitas tentativas que padres católicos foram chamados para intervir na situação, dada a natureza dos eventos.

Vários rituais de exorcismo foram conduzidos para tentar ajudar o garoto. Os locais desses rituais incluíram a própria casa da família, o Hospital Universitário de Georgetown e o Hospital Alexian Brothers. Esses processos foram intensos e buscaram aliviar o sofrimento que Roland apresentava.

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Um dos momentos mais relatados do caso ocorreu durante um dos ritos. Palavras como “LOUIS” teriam aparecido arranhadas na pele do menino. Esse evento levou os religiosos a transferir o exorcismo para St. Louis, onde outros padres, incluindo Walter Halloran, deram continuidade à missão.

Do Relato Verdadeiro para o Cinema de Terror

A história de Roland Doe chegou ao conhecimento de William Peter Blatty. Ele era estudante da Universidade de Georgetown e, na época, se fascinou pelo relato. Blatty conseguiu acesso ao diário de um dos padres envolvidos no caso, o que o ajudou a transformar os eventos reais em uma trama assustadora.

Para criar o livro *O Exorcista*, lançado em 1971, Blatty fez algumas modificações na história original. Essas mudanças visavam preservar o anonimato do garoto. Por exemplo, Roland foi transformado em Regan, uma menina de 12 anos, para proteger a identidade da pessoa real.

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A possessão, que no caso original envolvia uma família tradicional, foi adaptada para o enredo. No livro e no filme, ela passou a ter uma mãe solteira. Os eventos sobrenaturais também foram intensificados com efeitos visuais, como a icônica cena da cabeça girando da personagem Regan.

Quando William Friedkin assumiu a direção da adaptação cinematográfica, ele tinha um objetivo claro. Ele queria apresentar o caso com o máximo de realismo possível. Para isso, ele consultou especialistas e usou padres como consultores técnicos durante a produção do filme.

O diretor também buscou informações diretamente com familiares de Roland. O resultado foi um filme que, embora classificado como horror, refletia a crença de seus criadores na existência do mal. Isso deu à obra uma camada de veracidade que contribuiu para seu impacto duradouro.

A Trama de O Exorcista: O Devoto e suas Raízes

O filme *O Exorcista: O Devoto*, lançado em 2023 e já disponível na Netflix, continua essa linha de narrativas. Dirigido por David Gordon Green, o longa funciona como uma “sequência espiritual” do filme original. A atriz Ellen Burstyn, por exemplo, retorna ao papel de Chris MacNeil após 50 anos.

A trama central do novo filme envolve duas meninas que desaparecem em uma floresta. Elas retornam com sinais claros de possessão. Esse acontecimento leva os pais das crianças a buscar ajuda no passado de Chris, que teve uma experiência similar com sua filha décadas antes.

Embora esta nova produção não seja baseada em fatos reais de forma direta, seu lançamento renovou o interesse pelo caso de Roland Doe. A identidade de Roland foi amplamente atribuída a Ronald Hunkeler, um engenheiro da NASA que viveu sob anonimato até sua morte em 2020.

Poucos sabiam que o homem, que contribuiu para missões como a Apollo, havia enfrentado um dos relatos mais assustadores da história moderna em sua infância. *O Exorcista: O Devoto* não se propõe a revolucionar o terror, mas serve como um lembrete. Por trás das produções de Hollywood, há histórias que continuam a assombrar gerações.

É essa consciência de que parte da história realmente aconteceu que torna o medo tão persistente. O mal pode ser representado no cinema, mas suas origens muitas vezes encontram-se em eventos do mundo real, gerando uma conexão profunda com o público.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.