Homem é condenado a 30 anos nos EUA por financiar o ISIS com criptomoedas

Homem foi sentenciado a 30 anos por enviar criptomoedas ao ISIS, destacando a repressão global ao financiamento terrorista.
Atualizado há 8 horas
Homem é condenado a 30 anos nos EUA por financiar o ISIS com criptomoedas
Homem condenado a 30 anos por enviar criptomoedas ao ISIS, reforçando combate ao terrorismo. (Imagem/Reprodução: Cryptonews)
Resumo da notícia
    • Mohammed Azharuddin Chhipa foi condenado a 30 anos de prisão nos EUA por enviar mais de US$185.000 em criptomoedas ao ISIS.
    • O caso alerta sobre o uso de criptomoedas para financiar atividades terroristas e as medidas rigorosas das autoridades.
    • As penas severas para crimes financeiros digitais podem impactar futuras operações de criptomoedas e a segurança global.
    • O caso reforça a necessidade de regulamentações mais rígidas para combater o financiamento ilícito via criptomoedas.
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A crescente utilização de criptomoedas para financiar atividades terroristas é uma preocupação global. Recentemente, um juiz federal sentenciou Mohammed Azharuddin Chhipa a mais de 30 anos de prisão por enviar mais de US$185.000 em criptomoedas para o Estado Islâmico (ISIS). Este caso destaca a seriedade com que as autoridades americanas estão tratando o financiamento de terrorismo com crypto.

Autoridades dos EUA priorizam o rastreamento do financiamento do terrorismo com criptomoedas em escala global. A análise forense de blockchain pode revelar fundos disfarçados usados para esse fim. Criminosos que financiam o terrorismo com criptomoedas agora enfrentam penas de prisão equiparadas às de autores de crimes violentos.

Entre outubro de 2019 e outubro de 2022, Chhipa levantou dinheiro online e pessoalmente, convertendo-o em criptomoedas e transferindo para agentes na Turquia. Os fundos eram destinados a combatentes do ISIS na Síria, além de facilitar a fuga de membros femininas da prisão.

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O que tornou este caso de financiamento de terrorismo com crypto diferente?

Chhipa foi condenado em dezembro de 2024 por conspiração e por fornecer apoio material a uma organização terrorista. Durante três anos, ele usou vários métodos de evasão.

Ele mascarou seu rastro com e-mails com erros ortográficos, telefones descartáveis e nomes falsos. A polícia o interceptou após uma notificação azul da Interpol, quando ele tentava fugir para o Egito via México.

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O procurador dos EUA, Erik S. Siebert, comentou que aqueles que financiam o terrorismo têm a mesma responsabilidade daqueles que realizam os ataques. Em março, o Departamento de Justiça apreendeu cerca de US$200.000 em criptomoedas ligadas a carteiras controladas pelo Hamas, que teria lavado mais de US$1,5 milhão desde outubro de 2024.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro incluiu oito endereços na lista negra que, segundo ele, os Houthis do Iêmen usaram para comprar armas e evitar sanções.

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Estes casos demonstram um esforço crescente de Washington para interromper os fluxos de dinheiro digital para extremistas e organizações criminosas. As autoridades argumentam que desmantelar estas redes de criptomoedas limita o alcance dos militantes. A pena de 30 anos de Chhipa, uma das mais duras já impostas por financiamento de terrorismo com crypto, sinaliza que os tribunais dos EUA tratarão julgamentos de dinheiro digital da mesma forma que dinheiro em espécie quando resultarem em violência.

Quais truques de criptomoedas os terroristas usam para esconder seus rastros?

O anonimato das criptomoedas atrai grupos terroristas, que exploram essa característica para arrecadar fundos. Eles utilizam táticas para evitar investigadores.

Mixers e tumblers distorcem os rastros das transações, misturando fundos ilícitos com atividades legítimas. O chain-hopping adiciona outra camada de ofuscação, transferindo criptomoedas entre blockchains para dificultar o rastreamento forense. Alguns até usam ICOs falsos, lavando dinheiro sob o pretexto de investimentos em startups.

As autoridades mundiais estão intensificando a repressão. No Reino Unido, um adolescente foi acusado de apoiar ideologicamente grupos terroristas e de arrecadar mais de US$1.300 para a Al Qaeda.

A empresa de análise de blockchain Chainalysis relata que, embora o financiamento de terrorismo com crypto represente apenas uma pequena parte da atividade ilícita, recebeu pelo menos US$24,2 bilhões em criptomoedas em 2023.

Em uma reunião do Comitê de Combate ao Terrorismo, a ONU alertou que terroristas podem migrar de dinheiro e ativos físicos para ativos digitais se os reguladores não agirem. A ONU enfatizou o crescente uso indevido de blockchains, privacy coins e pagamentos móveis para arrecadação de fundos ilícitos e apelou para medidas mais fortes de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, bem como parcerias público-privadas.

As novas regras da UE sobre criptomoedas vão impedir o financiamento do terrorismo?

O receio de que criptomoedas financiem grupos terroristas tem prejudicado a adoção generalizada. A União Europeia está a considerar uma utilização mais ampla de criptomoedas, e os reguladores e funcionários estão a trabalhar para colmatar essa lacuna.

Uma regra complementar, ativa desde maio de 2023, exige que cada transferência de criptomoeda inclua a identificação completa do remetente e do destinatário, fornecendo aos investigadores um rastro claro.

O novo pacote estabelece uma Autoridade Central de Combate à Lavagem de Dinheiro (AMLA) com o poder de coordenar investigações, aplicar multas e congelar ativos nos 27 estados da UE.

A partir de 1º de julho de 2027, as bolsas de valores terão que cessar completamente todas as operações de ferramentas de anonimato — sem privacy coins, sem carteiras não hospedadas, e os reguladores colocarão na lista negra os endereços IP de plataformas descentralizadas não conformes.

O Ministro das Finanças, Paschal Donohoe, considera as medidas um “forte conjunto de ferramentas” contra o financiamento do terrorismo, unindo bancos, fintechs e empresas de criptomoedas sob um único conjunto de regras. Ao combinar vigilância e aplicação da lei, a UE pretende eliminar os fluxos de dinheiro ilícito antes que cheguem às redes extremistas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via Cryptonews

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.