Homem condenado à pena de morte no Japão por crimes usando redes sociais

Caso de Takahiro Shiraishi revela desafios das redes sociais na proteção, além de destacar riscos na manipulação de pessoas vulneráveis. Clique para saber mais.
Atualizado em 27/06/2025 às 15:03
Homem condenado à pena de morte no Japão por crimes usando redes sociais
O caso Takahiro Shiraishi alerta sobre os perigos das redes sociais na manipulação de vulneráveis. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Takashi Shiraishi foi executado no Japão por homicídios e crimes relacionados às redes sociais.
    • O caso mostra como plataformas digitais podem ser usadas por criminosos para manipular vítimas vulneráveis.
    • O impacto aumenta a discussão sobre responsabilidade das redes sociais na segurança dos usuários.
    • A condenação reforça a necessidade de ações mais eficazes para prevenir vulnerabilidades online e offline.
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A execução de um criminoso que usava redes sociais para atrair vítimas ocorreu no Japão nesta sexta-feira (27). Trata-se de Takahiro Shiraishi, mundialmente conhecido como o “Assassino do Twitter“. Ele foi a primeira pessoa condenada à pena de morte executada no país desde 2022. O caso gerou grande comoção, acelerando os trâmites legais para a punição máxima.

Os Crimes do Assassino do Twitter

O caso do Assassino do Twitter chocou o Japão e o mundo pela forma como Takahiro Shiraishi agia. Este homem, com 34 anos na época da execução, utilizava as plataformas digitais para cometer crimes graves. Sua abordagem era direcionada, buscando usuários em momentos de vulnerabilidade.

A execução, por enforcamento, aconteceu em um centro de detenção em Tóquio, cinco anos após o término de seu julgamento. A repercussão do caso foi tão intensa que a plataforma, então conhecida como Twitter (hoje X), chegou a alterar suas regras internas. A partir de então, publicações que incitassem automutilação ou tendências suicidas foram banidas. A Alemanha solicita remoção do app DeepSeek por questões de privacidade, mostrando que a discussão sobre o controle de conteúdo e a segurança de dados online é global.

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Mesmo com essas mudanças, a moderação não conseguia rastrear ou remover 100% de todo o conteúdo problemático. Isso mostra um desafio contínuo para as redes sociais em manter um ambiente seguro para seus milhões de usuários. A complexidade de monitorar a vastidão de informações publicadas diariamente é imensa, requerendo atenção constante das empresas de tecnologia.

Shiraishi foi condenado por assassinar nove pessoas, sendo oito delas mulheres, com idades entre 15 e 26 anos. Os crimes foram cometidos em poucos meses, durante o ano de 2017, sempre na casa do próprio criminoso. Ele se aproveitava da fragilidade emocional de suas vítimas.

  • Ele usava o então Twitter (agora chamado de X) para ganhar a confiança e atrair vítimas. O futuro do seu celular com IA, superapps e web em destaque, revela como as plataformas digitais continuam a evoluir e moldar interações sociais.
  • As vítimas eram contatadas via mensagens privadas, depois de publicarem na plataforma sobre tendências suicidas.
  • Ao oferecer ajuda ou facilitação, Shiraishi as convencia a encontrá-lo em seu apartamento, localizado em um prédio na cidade de Zama.
  • Além dos assassinatos por estrangulamento, ele também foi condenado por crimes de roubo e violência sexual contra as vítimas.
  • Para esconder as evidências dos crimes, partes dos corpos das pessoas assassinadas eram mantidas em freezers no pequeno apartamento onde Shiraishi morava, dificultando a investigação inicial.
  • Além dos adolescentes, que eram os alvos principais, o criminoso também matou um conhecido de uma das vítimas. Essa pessoa o confrontou sobre o desaparecimento da amiga.
  • A prisão de Shiraishi ocorreu em outubro de 2017, depois que o irmão de uma das jovens desaparecidas compartilhou com a polícia as mensagens trocadas entre ela e o assassino. Essa colaboração foi crucial para desvendar o caso.

A pena de morte foi confirmada em 2020. O juiz responsável citou o “mal devastador” e as “ondas de choque” que os crimes causaram na sociedade japonesa. Ele também destacou as “razões egoístas” por trás das ações do criminoso como fatores determinantes para a sentença.

O caso do Assassino do Twitter não gerou apenas medo e espanto no Japão. A situação impulsionou um debate maior sobre a saúde mental dos jovens e como eles utilizam as redes sociais para se expressar. Especialistas debatem o futuro da humanidade com a IA, um tema que se conecta com as discussões sobre o impacto da tecnologia na mente humana. Esse diálogo social se tornou uma prioridade.

Quem é Takahiro Shiraishi?

Há poucas informações concretas sobre Takahiro Shiraishi e o que realmente o motivou. No entanto, em depoimentos à polícia, ele confessou que escolheu o método de atração por achar “mais fácil” manipular pessoas que falavam de questões de saúde mental na rede social. Ele visava a fragilidade alheia como uma ferramenta para seus atos. A proteção contra ‘stingray’ no Android 16 aumenta segurança móvel no Brasil, enfatizando a importância de reforçar a segurança em dispositivos móveis, essenciais para acessar essas plataformas.

Shiraishi foi descrito por conhecidos como uma pessoa “quieta” e “capaz de socializar com os vizinhos”, apresentando notas médias na escola. Contudo, ele manifestava comportamentos agressivos que, na época, não foram percebidos como sinais de perigo. Essa aparente normalidade contrastava com suas ações futuras.

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Ele chegou a trabalhar em um supermercado antes de passar a atrair mulheres jovens. O objetivo era encaminhá-las para trabalhar na região de prostituição de um distrito de Tóquio. Esse histórico demonstra uma progressão em seus métodos de exploração de vulnerabilidades.

O impacto deste caso no Japão gerou discussões significativas sobre a responsabilidade das redes sociais e a necessidade de apoio à saúde mental. A sociedade continua a refletir sobre como proteger os usuários em ambientes digitais, especialmente os mais jovens. A tragédia trouxe à tona a urgência de abordagens mais eficazes para lidar com vulnerabilidades online e offline.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.