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- A Huawei recuperou a posição de líder no mercado chinês de smartphones em 2025, com uma fatia de 18%.
- A estratégia de fortalecer componentes internos, como chips, ajudou na recuperação da Huawei.
- A presença da Huawei no topo influencia a preferência por marcas nacionais entre consumidores.
- Desafios futuros incluem inovação constante e a forte concorrência de marcas como Oppo, Xiaomi e Apple.
O cenário de mercado de smartphones na China passou por uma mudança significativa no segundo trimestre de 2025, com a Huawei recuperando sua posição de líder. Após anos enfrentando sanções e dificuldades, a fabricante voltou a ocupar o topo com uma fatia de mercado de 18%, surpreendendo o setor e reacendendo o debate sobre sua saúde financeira e tecnológica.
O retorno da Huawei como líder no mercado chinês de smartphones
Nos números absolutos, a Huawei enviou mais de 12 milhões de unidades, impulsionada principalmente pelo lançamento do Pura 80 Ultra. Este modelo não só destaca a forte campanha de câmeras, mas também evidencia o avanço da Huawei na sua tecnologia de chips desenvolvidos internamente. Apesar das dúvidas sobre o quão competitiva essa tecnologia realmente é, o volume de vendas demonstra que a estratégia começa a dar resultados.
A retomada da liderança vem após anos de queda e de um mercado dominado por grandes nomes como Vivo, Oppo e Xiaomi. Contudo, a Huawei conseguiu superar sua concorrência, que sofreu uma queda de mais de 10% nas vendas nesse mesmo período. Segundo uma análise da IDC, essa mudança de posições pode ser uma oportunidade para a Huawei consolidar sua recuperação, mas há dúvidas sobre a sustentabilidade dessa vantagem.
A presença da Huawei novamente no topo do mercado chinês de smartphones reforça que sua estratégia de fortalecer a produção de componentes internos, incluindo chips, é uma jogada importante. Ainda que o artigo da Gizchina destaque que essa recuperação pode depender de fatores como timing de lançamentos e favoráveis impactos políticos, a tendência é que a empresa continue investindo pesado na inovação para manter a posição. O mercado interno, que tem apresentado um crescimento robusto, também está impulsionando as vendas.
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O reflexo dessa recuperação é perceptível na forma como consumidores demonstram cada vez mais preferência por aparelhos nacionais, especialmente por conta da qualidade crescente de modelos como o Pura 80 Ultra. Além disso, o fato de a Huawei estar buscando autonomia na fabricação de chips mostra que a marca pretende manter sua competitividade, mesmo com o cenário internacional ainda instável.
Via Gizchina.
Desafios futuros e o impacto da concorrência
Ainda que a Huawei tenha dado um passo importante, o mercado de smartphones na China é extremamente dinâmico e repleto de desafios, incluindo a forte concorrência de marcas como Oppo e Xiaomi, que também vêm investindo pesado em inovação. Além disso, a dominância de marcas internacionais, especialmente a Apple, que ficou em quinto lugar no ranking, mostra que a disputa ainda é acirrada. O aumento do gosto pelo mercado local e o aprimoramento dos modelos chineses tem mexido com o posicionamento das gigantes estrangeiras.
A previsão de uma continuidade no crescimento da Huawei depende, sobretudo, de sua capacidade de inovar em hardware, software e na produção de componentes essenciais. O lançamento de modelos com funcionalidades avançadas, como câmeras de alta qualidade e plataformas de hardware próprias, será fundamental para sustentar essa liderança. Além disso, uma estratégia de preço agressiva e uma assistência técnica eficaz também terão impacto na fidelidade do consumidor chinês.
O mercado de smartphones na China tem mostrado que ciclos de alta e baixa podem se inverter rapidamente, dependendo de fatores externos e internos. Investimentos em tecnologia 5G, IA e novas linhas de produção serão decisivos nos próximos anos. Sendo assim, a posição de Huawei líder de smartphones na China não deverá ser um feito a longo prazo, mas sim uma vantagem temporária até que o mercado como um todo consiga equilibrar forças.
Por outro lado, esse momento de retomada pode servir como um estímulo para a companhia ampliar seus esforços de inovação, especialmente no desenvolvimento de chips e software, áreas onde o grupo vem focando bastante, como mostra a chegada do HyperOS 3.
O setor também está atento às mudanças regulatórias e às alianças internacionais que podem impactar o acesso da Huawei às tecnologias globais. Enquanto isso, a concorrência continua a financiar novas estratégias de mercado para recuperarem espaço perdido ou conquistarem novos segmentos ao longo de 2025.
Via Gizchina.