Já imaginou uma IA jogar Mario? Pois é, essa ideia saiu do papel! Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego criaram um sistema para testar como as inteligências artificiais se saem no Super Mario Bros. Mas calma, não é só diversão: o objetivo é entender como as IAs aprendem e tomam decisões em ambientes complexos. Será que isso pode trazer benefícios para o mundo real?
Em vez de usar o clássico Super Mario de 1985, os pesquisadores usaram uma versão modificada do jogo. Essa versão roda em um emulador e faz parte do GamingAgent, uma ferramenta criada por eles. Com essa ferramenta, os modelos de linguagem (LLMs) conseguem controlar o Mario e superar os desafios.
No GamingAgent, as IAs aprendem a jogar. Elas entendem os elementos do jogo, como buracos, túneis e inimigos, e os comandos para interagir com o cenário. Com essas informações, as IAs criam códigos em Python para controlar o Mario e tentar vencer cada fase.
À medida que jogam, as IAs vão criando estratégias para melhorar seu desempenho e tornar suas ações mais eficientes. Mas qual IA se sai melhor nessa aventura?
Qual IA Joga Melhor Mario?
Você pode pensar que as IAs mais poderosas seriam as melhores no jogo, mas não é bem assim. A IA o1 da OpenAI, por exemplo, teve um desempenho ruim nos testes. Modelos mais simples, como o Gemini 1.5 Pro do Google e o Claude 3.5 da Anthropic, se saíram bem melhor.
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De acordo com os pesquisadores, a IA o1 não é tão rápida quanto as outras. Ela demora mais para processar informações e tomar decisões. Isso é bom para tarefas como responder perguntas ou escrever códigos, mas atrapalha em jogos de ação, onde a velocidade é fundamental.
Algo parecido aconteceu com o GPT-4.5, lançado recentemente. Mesmo com seu poder de processamento, a lentidão do modelo atrapalhou seu desempenho no jogo. Já o Gemini 2 Flash, que foi apresentado em janeiro de 2025, teve um desempenho bem superior.
O Hao AI Lab destacou que o Claude 3.7, lançado em fevereiro, superou o Claude 3.5, o Gemini 1.5 Pro e o GPT-4o. Em um vídeo, é possível ver a IA avançando mais no jogo do que as outras.
IAs também estão jogando Pokémon
Além de Super Mario Bros., os pesquisadores também testaram as IAs no jogo Pokémon Red, lançado em 1996. Nesse teste, o Claude 3.7 Sonnet foi desafiado a jogar em tempo real, com transmissão ao vivo na Twitch.
Diferente do teste com Mario, essa IA joga Pokémon usando botões virtuais. Ela tira fotos da tela, analisa a situação, decide o que fazer e envia um comando. Tudo isso de forma bem lenta. Mesmo assim, a IA conseguiu conquistar algumas insígnias de líderes de ginásio.
Durante o experimento, o raciocínio da IA é mostrado na tela, enquanto o jogo aparece ao lado. Mas a evolução no jogo é bem demorada, principalmente quando a IA precisa se deslocar pelo mapa.
Mas não para por aí! As IAs também estão se aventurando no mundo aberto de Minecraft. Vamos ver como elas se saem nesse jogo cheio de possibilidades.
Como as IAs lidam com a liberdade de Minecraft?
O projeto MINDcraft, exibido no canal Emergent Garden no YouTube, também testa o raciocínio das IAs. Max Robinson, o criador do canal, analisa como os modelos generativos adaptados para Minecraft lidam com os sistemas do jogo.
Nos vídeos, fica claro que, quanto mais complexas as tarefas, mais a IA se perde e precisa ser reiniciada. Por exemplo, a IA consegue criar uma picareta de ferro com alguma ajuda. Mas, quando o desafio é “viver para sempre” no jogo, ela só coleta recursos básicos e morre ao encontrar um inimigo.
O uso de inteligência artificial para jogar videogames levanta algumas questões. Será que esses testes realmente mostram o potencial das IAs? Vamos analisar isso a seguir.
Isso realmente representa um avanço?
A verdade é que usar IA jogar Mario ou outros jogos não é novidade. E alguns especialistas questionam se esses testes realmente mostram o quão inteligente uma IA é de verdade.
Richard Socher, do buscador com IA You.com, explica que jogos permitem que as IAs sejam treinadas com muitos dados. Ele cita o caso da OpenAI Five, uma IA que aprendeu a jogar Dota 2 acumulando o equivalente a 180 anos de jogo por dia.
“Os jogos ajudaram a pesquisa a avançar com novas ideias, mas o problema é que as pessoas acham que o que é difícil para humanos também é difícil para máquinas”, explicou Socher. “Uma IA jogar Mario que aprende a jogar xadrez não ficou mais inteligente, ela só ficou boa em xadrez.”
De qualquer forma, acompanhar o desempenho das IAs em jogos pode ser interessante para entender as limitações da tecnologia. E, quem sabe, descobrir novas formas de usar a inteligência artificial no futuro. Afinal, o mundo da tecnologia está sempre se transformando, e as IAs vieram para ficar. Para saber mais sobre as novidades do mundo da tecnologia, como o lançamento do Xiaomi HyperOS 2.2, continue acompanhando nossas notícias.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo