A IA realmente pode substituir empregos? Entenda o cenário atual

Descubra como a inteligência artificial está impactando o mercado de trabalho e se ela realmente pode substituir empregos no Brasil.
Atualizado há 9 horas atrás
A IA realmente pode substituir empregos? Entenda o cenário atual
A inteligência artificial está transformando o mercado de trabalho no Brasil. (Imagem/Reprodução: Gizchina)
Resumo da notícia
    • A inteligência artificial está sendo usada como justificativa para demissões em massa, mas muitas vezes é uma estratégia de redução de custos.
    • Você pode entender como a IA está sendo aplicada no mercado de trabalho e se preparar para as mudanças.
    • O impacto direto é a transformação de funções, não necessariamente a eliminação de empregos.
    • Empresas que adotam a IA sem preparo podem se arrepender, como mostra um relatório recente.
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Será que a IA tirando nossos empregos é uma realidade inevitável? Essa pergunta ecoa em manchetes e conversas, mas a verdade por trás dessa narrativa é bem mais complexa. A inteligência artificial, que promete otimizar tarefas, muitas vezes serve de pretexto para decisões estratégicas de empresas que visam reduzir custos. Vamos desmistificar essa história e entender o que realmente está acontecendo no mercado de trabalho.

Por que ainda precisamos dos humanos na era da IA?

A automação não é novidade, mas a IA se destaca por imitar a cognição humana: ela organiza e-mails, resume documentos, cria códigos e oferece atendimento ao cliente. Incrível, né? Mas, sem a nossa ajuda, a IA perde a razão. Ela não consegue pensar, raciocinar ou entender o contexto sem uma boa dose de intervenção humana. Que tal falarmos sobre como construir uma camada de orquestração de IA robusta e eficiente?

Por trás de cada resultado “inteligente”, existe um rastro de dados anotados, engenharia de prompts, ajustes de modelos e correções constantes, tudo feito por pessoas. A ideia de que ferramentas como ChatGPT ou Midjourney fazem tudo sozinhas é uma ilusão. Na maioria das vezes, o resultado final é fruto de várias tentativas e do toque de um editor humano. A fantasia de que a IA é um trabalhador autônomo que dispensa supervisão é apenas isso: uma fantasia. A verdade é que estamos ficando craques em esconder os humanos por trás da máquina.

Demissões em massa: culpa da IA ou estratégia disfarçada?

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Mesmo sabendo disso, vemos empresas anunciarem demissões em massa com a desculpa de “integração da IA” ou “eficiência operacional”. Mas o que acontece depois? As mesmas vagas reaparecem, com outros nomes, salários mais baixos ou são terceirizadas para lugares com mão de obra mais barata. Isso não é a IA tirando nossos empregos, é uma estratégia de negócios usando uma máscara tecnológica. Inclusive, o CEO da Amazon afirma que IA reduzirá quadro de funcionários e mais demissões são esperadas.

A ironia da simplificação com a IA tirando nossos empregos

É irônico, não é? As ferramentas de IA deveriam nos ajudar a trabalhar de forma mais inteligente, mas quem acaba perdendo o emprego primeiro são os que estão mais próximos dessas ferramentas: suporte, redatores de marketing, analistas juniores. A IA poderia dar a eles a chance de fazer um trabalho mais significativo, automatizar tarefas repetitivas e focar no que exige bom senso, empatia e sutileza. Mas, na prática, o discurso da IA vira justificativa para cortar gastos.

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Sim, a IA simplifica funções. Uma tarefa que levava cinco horas agora leva uma. Um designer pode criar protótipos mais rápido. Um atendente tem um chatbot para filtrar os problemas antes que cheguem até ele. Mas simplificar não significa eliminar, pelo menos não se a qualidade for o objetivo. Talvez seja melhor pensar que a IA está transformando os empregos, remodelando a forma como trabalhamos, e não eliminando a necessidade de trabalhadores.

A verdade nua e crua: nem todas as empresas estão prontas para a IA

E sejamos sinceros: nem toda empresa está preparada para usar a IA direito. Muitas mergulham de cabeça por medo de ficarem para trás, instalam uma ferramenta, esperam milagres e descobrem que o sistema precisa de meses de ajustes e dados para gerar valor. Quando isso não acontece, voltam ao jeito antigo de fazer as coisas, só que com menos gente e expectativas ainda maiores. Um relatório da Orgvue revelou que mais da metade das empresas que demitiram funcionários experientes para usar IA se arrependeram.

Por isso, antes de pensar em cortar custos, que tal aumentar a performance de agentes de IA em até 90%?

Quem decide por trás da cortina?

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Afinal, a IA pode tirar empregos? Sim, pode. Mas a resposta mais precisa é: alguém escolhe deixar que isso aconteça. Alguém na gerência, nas finanças, alguém olhando para um relatório trimestral. A IA é uma ferramenta, e ferramentas não demitem pessoas. Pessoas demitem. Enquanto isso for verdade, precisamos parar de culpar a tecnologia e começar a questionar as decisões por trás do seu uso.

Eu não sou contra a IA. Eu a uso, vejo seu valor e acredito que ela pode melhorar a forma como trabalhamos. Mas não vamos fingir que ela opera no vácuo. Vamos parar de usá-la como bode expiatório para decisões de corte de custos e começar a exigir transparência sobre quem ganha e quem perde quando a “eficiência” vira prioridade.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Gizchina

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.