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- A briga pública entre Elon Musk e Donald Trump afetou negativamente a Tesla, com quedas nas vendas e no valor das ações.
- Se você é investidor, essa disputa pode impactar seus rendimentos e a confiança no futuro da empresa.
- A situação coloca em risco a reputação da Tesla e a estabilidade do mercado de ações.
- O conselho da Tesla enfrenta dilemas sobre como lidar com Musk, o que pode definir o rumo da empresa.
Para os investidores da Tesla, a briga de Elon Musk com Donald Trump se tornou um problema em duas etapas. Primeiro, durante os 130 dias em que Musk liderou o programa DOGE no governo Trump, suas declarações políticas afastaram clientes na Europa. Depois, a disputa pública entre os dois colocou a empresa em risco de retaliações.
As vendas da Tesla caíram na Alemanha e na França, enquanto a concorrência na China reduziu sua participação no mercado. Em vez de resolver esses problemas, Musk focou em demissões e cortes de pessoal, administrando a crise diretamente da Casa Branca. Nesse período, ações e lucros despencaram.
O custo político para a Tesla
Eric Talley, professor da Universidade Columbia, explica que a proximidade de Musk com o governo era uma vantagem estratégica. No entanto, a briga com Trump transformou essa relação em um risco. “Ele não só perdeu a proteção de estar próximo ao poder, como criou um conflito aberto”, diz Talley.
Em 5 de junho, após críticas de Musk ao projeto orçamentário de Trump, as ações da Tesla caíram 14,3%. Foi a maior perda em um único dia na história da empresa, eliminando US$ 153 bilhões em valor de mercado. Apesar de uma recuperação parcial, o preço das ações ainda está 40% abaixo do pico de dezembro.
O dilema do conselho da Tesla
Charles Elson, especialista em governança corporativa, afirma que em qualquer outra empresa Musk já teria sido demitido. “O dano à reputação da Tesla foi enorme”, diz. No entanto, o controle acionário de Musk e sua influência sobre o conselho dificultam qualquer movimento contra ele.
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A situação se complica com as decisões judiciais sobre o pacote de ações de US$ 56 bilhões concedido a Musk em 2018. Se a Suprema Corte de Delaware mantiver a anulação, a Tesla pode tentar revalidá-lo no Texas, mas isso traria novos riscos políticos e de imagem.
Enquanto isso, a Tesla depende cada vez mais da “mágica de Musk” para justificar seu valuation. A empresa vale quase US$ 1 trilhão, mas seus lucros reais caíram de US$ 12 bilhões em 2022 para US$ 3,5 bilhões nos últimos quatro trimestres. A diferença reflete a confiança dos investidores nas promessas de inovação do CEO.
O problema é que essa confiança está sendo testada. Se Musk sair, parte do valor da Tesla desaparece. Se ficar, os conflitos continuam. Como diz Elson: “Ele age como se fosse intocável, mas o peso sobre a empresa está ficando insustentável”.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via InfoMoney