O cronograma de implementação da rede privativa móvel do governo federal sofreu um impacto devido ao ritmo de construção dos acordos de RAN Sharing (compartilhamento de rede de acesso). As negociações com as operadoras de telefonia, responsáveis pelas antenas, levaram mais tempo do que o previsto, conforme discutido na reunião do Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz).
A seguir, vamos detalhar os pontos cruciais dessa discussão e entender como isso afeta o futuro da rede.
O projeto da rede privativa, aprovado em julho do ano anterior, tem como objetivo utilizar a infraestrutura das empresas de telefonia, com a Telebras sendo a responsável pela execução. A estatal está encarregada de negociar com as operadoras, que são as detentoras das antenas utilizadas no projeto. Essa negociação é uma etapa crucial para a implementação da rede.
No planejamento original, a conclusão dessas negociações era um passo fundamental que antecederia a aquisição do core da rede. As estimativas do Gaispi, apresentadas em outubro do ano anterior, indicavam que essa fase deveria ter sido finalizada até janeiro deste ano. O objetivo era garantir que o prazo de conclusão do projeto, previsto para fevereiro de 2026, fosse cumprido. No entanto, a reunião do grupo no final de janeiro revelou que as negociações ainda estavam em andamento.
Entenda o Impacto do Atraso na Rede Privativa Móvel
O atraso nas negociações de RAN Sharing não é apenas um detalhe no cronograma. Ele representa um ponto de atenção para a viabilidade do projeto da rede privativa móvel. Afinal, a aquisição do core da rede depende diretamente da conclusão dessas tratativas. Se essa etapa não for finalizada em tempo hábil, todo o planejamento pode ser comprometido, colocando em risco o prazo de entrega em fevereiro de 2026.
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A Telebras, como responsável pela negociação com as operadoras, enfrenta o desafio de destravar esses acordos e garantir que o projeto avance conforme o planejado. A estatal precisa encontrar soluções para os impasses e acelerar as negociações, a fim de evitar maiores atrasos e garantir que a rede privativa móvel seja implementada dentro do prazo estabelecido.
A rede privativa móvel do governo federal é um projeto de longa data, mas que ganhou um novo impulso ao ser incorporado ao Edital do 5G. Esse certame definiu recursos e prazos para a execução do projeto, que tem como objetivo estabelecer uma conexão segura e resiliente para uso do governo federal. Inicialmente, a rede será implementada em Brasília, mas há a possibilidade de expansão para outros estados no futuro.
Detalhes Técnicos e Operacionais da Rede Privativa Móvel
A implantação da rede privativa móvel é de responsabilidade da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF). Essa entidade foi criada no âmbito do Edital do 5G para viabilizar os compromissos assumidos pelas empresas vencedoras do leilão. Um decreto publicado no final de 2022 definiu a Telebras como a responsável por operar a rede, garantindo que ela atenda aos requisitos técnicos e de segurança estabelecidos.
Os requisitos técnicos do projeto foram avaliados com o apoio de uma consultoria especializada, a Accenture. Os estudos realizados indicaram que o modelo mais apropriado para a rede privativa móvel seria o chamado “Secure MVNO (SMVNO) ou MVNO Seguro”. Esse modelo consiste no compartilhamento da rede de acesso e de parte do core da operadora, garantindo a segurança e a resiliência da conexão.
O modelo SMVNO permite que o governo federal utilize a infraestrutura existente das operadoras de telefonia, sem a necessidade de construir uma nova rede do zero. Isso traz economia de recursos e agilidade na implementação do projeto. Além disso, o compartilhamento do core da operadora garante que a rede privativa tenha acesso a tecnologias e serviços de ponta.
A escolha do modelo SMVNO para a rede privativa móvel reflete a preocupação do governo federal em garantir uma conexão segura, resiliente e eficiente. Ao compartilhar a infraestrutura e o core da operadora, a rede privativa pode se beneficiar de recursos e tecnologias avançadas, sem comprometer a segurança e a privacidade dos dados governamentais. Para saber mais sobre o assunto, você pode conferir este artigo sobre rede celular privativa como serviço.
Em resumo, o atraso nas negociações de RAN Sharing representa um desafio para a implementação da rede privativa móvel do governo federal. A Telebras precisa acelerar as negociações com as operadoras e garantir que o projeto avance conforme o planejado. A escolha do modelo SMVNO reflete a preocupação do governo em garantir uma conexão segura, resiliente e eficiente.
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