Índia exige que Apple pré-instale app de segurança do governo em iPhones

Índia determina que iPhones tenham app governamental de segurança pré-instalado para combater crimes cibernéticos.
Atualizado há 4 horas
Índia exige que Apple pré-instale app de segurança do governo em iPhones
(Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • O governo da Índia ordenou que fabricantes, como Apple e Samsung, pré-instalem um app de segurança governamental em dispositivos vendidos no país.
    • Você será informado sobre o app na configuração do telefone, mas não poderá removê-lo nem desativar suas funções.
    • Essa medida visa reduzir fraudes e crimes digitais, aumentando a segurança dos usuários de smartphones na Índia.
    • O aplicativo consegue bloquear e rastrear aparelhos roubados evitando seu uso indevido, o que traz maior proteção para o mercado local.

A Índia está pedindo que fabricantes de celulares, como a Apple e a Samsung, pré-instalem um aplicativo de cibersegurança do governo em seus dispositivos vendidos no país. A informação, divulgada pela Reuters, indica que o aplicativo não poderá ser removido pelos usuários, gerando discussões sobre privacidade e controle. Essa medida faz parte de um esforço para combater fraudes e crimes cibernéticos.

O Departamento de Comunicações da Índia deu um prazo de 90 dias para as empresas iniciarem a pré-instalação do aplicativo governamental Sanchar Saathi em todos os novos aparelhos vendidos. Eles também solicitaram que as fabricantes enviem atualizações de software para dispositivos que já estão na cadeia de suprimentos. Essa é uma medida com impacto imediato.

Ao usar o aparelho pela primeira vez ou durante a configuração, os usuários deverão ser informados sobre a presença do aplicativo. Além disso, as funções e recursos do Sanchar Saathi não poderão ser desativados ou limitados. Isso levanta questões sobre o controle do usuário sobre o próprio dispositivo, algo que pode afetar a experiência.

A Índia busca reduzir significativamente fraudes e crimes cibernéticos em seu território. O aplicativo tem o objetivo de oferecer mais segurança aos usuários de smartphones e também informar sobre iniciativas do governo. É uma forma de tentar conter a criminalidade digital.

Ele consegue verificar a autenticidade de identificadores IMEI, impedindo que dispositivos roubados sejam usados com IMEI duplicados ou falsificados. Esse recurso é visto como uma barreira extra contra o uso indevido de aparelhos perdidos ou furtados. A proteção de dados é uma preocupação global, e como verificar se seu IP está sendo usado em botnets é um tema relacionado à segurança digital.

O App de segurança governamental e suas funções

O Sanchar Saathi possui um site oficial que lista suas funcionalidades. Segundo o portal, o aplicativo permite que os usuários denunciem fraudes suspeitas e bloqueiem dispositivos perdidos ou roubados. Também é possível rastrear esses aparelhos para evitar seu uso indevido.

Outras funcionalidades incluem a verificação da autenticidade de um dispositivo, o que pode ser útil para identificar aparelhos legítimos. Os usuários também podem denunciar chamadas de spam internacionais, contribuindo para diminuir incômodos. A verificação de números de telefone também está disponível.

O aplicativo inclui funções detalhadas de rastreamento, que são controladas pelo governo indiano. Por isso, há implicações para a privacidade e segurança dos usuários, especialmente para aqueles que utilizam iPhones. A coleta de dados por apps governamentais sempre gera discussões importantes.

Essa ferramenta adiciona uma camada de monitoramento em um mercado em expansão. Enquanto muitos usuários se preocupam com a privacidade, o governo prioriza a segurança contra crimes. A balança entre esses dois pontos é um desafio constante para as autoridades e empresas de tecnologia.

A maior parte dos usuários de smartphones na Índia possui dispositivos Android. Esse é um mercado onde a Apple tem buscado expandir sua presença de forma significativa. A empresa tem feito investimentos na região para aumentar sua participação, e a linha iPhone 17 impulsiona crescimento do mercado de smartphones na China, mostrando o potencial em mercados asiáticos.

A Apple, no entanto, não cedeu a pedidos anteriores do governo indiano para pré-instalar aplicativos em seus iPhones. Por isso, é provável que a empresa tente encontrar uma alternativa ao mandato atual. A negociação é uma parte comum dessas situações.

Analistas da Counterpoint Research disseram à Reuters que a Apple deve buscar um meio-termo. Uma das possibilidades seria informar os usuários sobre a existência do aplicativo, em vez de pré-instalá-lo nos dispositivos. Isso daria aos usuários a opção de instalação, mantendo um certo controle.

É importante notar que a Rússia já tem um mandato parecido para a pré-instalação de aplicativos aprovados pelo governo. Nos iPhones vendidos na Rússia, aparece um aviso sugerindo a instalação durante a configuração, mas os usuários podem optar por não instalar. Recursos comuns do Android também mostram como diferentes sistemas operacionais abordam a questão de apps padrão.

A Samsung, outra gigante do setor, já liberou a opção para desativar anúncios em geladeiras inteligentes, o que demonstra uma flexibilidade com os usuários em outros contextos. A forma como as empresas lidarão com essa exigência indiana será acompanhada de perto pelo mercado.

A medida indiana representa um desafio para as fabricantes globais de smartphones. Elas precisam equilibrar as exigências regulatórias locais com suas próprias políticas de privacidade e segurança. Esse cenário pode influenciar futuras decisões sobre o lançamento de produtos e estratégias de mercado na Índia.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via MacRumors.com

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.