A Meta está ampliando suas ambições com a introdução de “personagens” de inteligência artificial em suas plataformas sociais. Esses avatares digitais terão perfis completos e serão capazes de gerar conteúdo, mesmo sem a intervenção humana. A ideia é aumentar o engajamento em redes como Facebook e Instagram.
Connor Hayes, vice-presidente de produto de IA generativa da Meta, comentou ao Financial Times: “Esperamos que estas IAs, com o tempo, passem a existir nas nossas plataformas, da mesma maneira que as contas existem”. Ele acrescentou que esses personagens terão biografias e fotos de perfil, além de poderem compartilhar conteúdo.
Nos próximos dois anos, a Meta pretende tornar suas aplicações mais atraentes e sociais, focando na interação com a IA. Atualmente, a empresa já oferece um recurso nos Estados Unidos que permite a criação de personagens digitais. Segundo Hayes, centenas de milhares de personas foram criadas, mas muitos usuários mantêm esses “robôs” em modo privado.
Influência da IA na interação nas redes sociais
O conceito de IAs como usuários independentes não é novo. Eric Yuan, CEO do Zoom, já sugeriu que, no futuro, cada pessoa poderá ter várias IAs que a representem em reuniões. Contudo, a interação dessas IAs com usuários pode gerar desafios.
Recentemente, duas famílias processaram a Character.AI, alegando que as IAs da plataforma expuseram crianças a conteúdos impróprios. Um dos bots teria afirmado que era “ok” para uma criança assassinar seus pais. Essa situação levanta questões sobre a segurança e a ética na utilização de IAs em ambientes digitais.
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A Character.AI permite que usuários criem chatbots baseados em personagens, que podem ser fictícios ou genéricos. A CNN encontrou um robô com a descrição de “padrasto”, que era classificado como “agressivo e abusivo”. Isso evidencia a necessidade de regulamentação e supervisão no uso de IAs nas redes sociais.
Com a crescente influência da IA na interação nas redes sociais, é essencial que as plataformas adotem medidas para garantir a segurança dos usuários, especialmente os mais jovens. A Meta, ao explorar essas novas possibilidades, deve considerar as implicações éticas e sociais de suas inovações.
Com informações: Financial Times
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Via Tekimobile