A Influência de Warren Buffett na Mentalidade dos Investidores

Entenda como Warren Buffett revolucionou o pensamento sobre investimentos ao longo de sua carreira.
Atualizado há 7 horas
A Influência de Warren Buffett na Mentalidade dos Investidores
Warren Buffett transformou a visão do investimento com sua abordagem única. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • Warren Buffett, ao longo de sua carreira, mudou a forma como investidores veem os negócios.
    • Se você busca sucesso em investimentos, adotar as estratégias de Buffett pode ser crucial para suas finanças.
    • A filosofia de investimento em valor de Buffett é uma referência para investidores no mundo todo.
    • Buffett abordou o mercado com um entendimento inovador, solidificando sua reputação ao acumular uma grande fortuna.
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A forma de Warren Buffett investir é mais simples do que parece. Em vez de comprar negócios medianos por preços ótimos, ele sempre preferiu adquirir negócios excelentes por preços justos. Essa estratégia, conhecida como investimento em valor, já existia antes de Buffett, mas ninguém a executou tão bem e por tanto tempo quanto ele.

Ao longo de 60 anos no comando da Berkshire Hathaway, Buffett transformou uma fábrica têxtil falida em um conglomerado de US$ 1,1 trilhão. Sua habilidade em adquirir empresas e entender a economia dos EUA o consagraram. Uma das maiores ferrovias da América? É da Berkshire. A maior participação na American Express e Coca-Cola? Também.

Buffett acumulou uma fortuna pessoal estimada em US$ 168 bilhões e se tornou um símbolo do capitalismo americano. Durante a crise financeira de 2008, executivos e autoridades governamentais o procuravam constantemente em busca de soluções.

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Milhares de admiradores compareceram à reunião anual da Berkshire em Omaha, onde Buffett anunciou que planeja se afastar do cargo de CEO. O anúncio foi recebido com surpresa e aplausos, com muitos acionistas milionários prestando atenção em cada uma de suas palavras.

Bill Ackman, gestor de fundos de hedge, afirmou que tudo o que sabe sobre investimentos aprendeu com Warren Buffett. O megainvestidor reconhece que sua fortuna se deve, em grande parte, à sorte, como ter nascido nos Estados Unidos em um momento de grande crescimento do mercado de ações.

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Buffett aprendeu sobre seleção de ações com Benjamin Graham, seu professor na Universidade de Columbia. Com a ajuda de Charles T. Munger, seu sócio de longa data, transformou a Berkshire em um exemplo de investimento em valor. Sua dedicação era tamanha que ele lia balanços corporativos do amanhecer ao anoitecer, tanto por trabalho quanto por prazer.

Aquisições Estratégicas da Berkshire Hathaway

Buffett aplicou seu conhecimento de diversas maneiras. A Berkshire comprou várias empresas de sucesso, como a See’s Candy, Fruit of the Loom e o serviço de jatos particulares NetJets. No entanto, as aquisições mais transformadoras foram as de seguradoras como National Indemnity e Geico, que mantinham os prêmios pagos pelos clientes antes de serem reclamados.

Esse dinheiro, conhecido como “float“, tornou-se o principal motor financeiro dos negócios de Buffett. Ele usou esse capital, juntamente com os lucros de outras empresas, para comprar uma coleção de 189 companhias. Entre as maiores estão a ferrovia BNSF, adquirida em 2010 por cerca de US$ 26 bilhões, e a produtora de eletricidade Berkshire Hathaway Energy, comprada em 2000 por US$ 2 bilhões e expandida por meio de aquisições.

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Em 31 de março, essa reserva de dinheiro, que Buffett chamava de “arma de caçar elefantes”, estava perto de US$ 348 bilhões. Quem já negociou com Buffett afirma que ele é amigável, mas inflexível quando se trata de números. Ele não gosta de negociações longas sobre preços e está sempre pronto para desistir se não concordar com os termos.

Byron Trott, do banco de investimento BDT & MSD, que trabalhou com Buffett no Goldman Sachs, o descreve como o investidor mais disciplinado e o pensador mais claro que já conheceu. Sua capacidade de transformar complexidade em clareza e liderar com humildade é incomparável.

O Selo de Aprovação da Berkshire

Buffett também usou o caixa da Berkshire para comprar ações de diversas empresas, como American Express, Bank of America, Coca-Cola, Chevron e Apple. Para essas empresas, ter a Berkshire como acionista é um selo de aprovação de qualidade.

Com o balanço patrimonial da Berkshire e o controle de Buffett, o conglomerado conseguiu agir em momentos oportunos, comprando quando outros precisavam vender. Stephen Squeri, CEO da American Express, comentou que Warren Buffett é um investidor extraordinário e um amigo pessoal.

Outro fator importante para o sucesso de Buffett foi manter os investimentos por longos períodos. Ele costuma dizer que seu período de retenção favorito é “para sempre”, permitindo que os retornos se acumulem continuamente, comparando esse processo a uma bola de neve rolando ladeira abaixo.

Uma biografia sobre Buffett, que ele ajudou a criar mas depois criticou, recebeu o nome desse fenômeno. Além disso, a Berkshire não cobra taxas de seus investidores, ao contrário de fundos mútuos ou hedge funds. Buffett sempre criticou as altas taxas cobradas por esses veículos de Wall Street.

Warren Buffett admitiu ter cometido erros ao longo dos anos. Um deles foi perder a oportunidade de investir cedo em gigantes da tecnologia como Amazon e Microsoft, cujos negócios ele não compreendia na época. Apesar de alguns períodos de desempenho abaixo do esperado, o histórico de Buffett é impressionante. De 1964 a 2024, a Berkshire teve um ganho de 5.502.284%, em comparação com 39.054% do S&P 500 no mesmo período. Seu ganho anual médio foi de 19,9%, enquanto o do S&P foi de 10,4%.

A Influência Duradoura de Buffett no Mundo dos Investimentos

A abordagem de Buffett inspirou diversos financistas, incluindo Ackman e Mario Gabelli. Alguns tentaram copiar seu modelo de forma mais direta, como Sardar Biglari, cuja empresa Biglari Holdings compartilha as iniciais, o design do site e o foco em investimentos da Berkshire. Para entender mais sobre o mercado financeiro e QINV investimentos, é essencial conhecer as estratégias que moldaram o setor.

Buffett transcendeu a fama empresarial e se tornou uma celebridade, mantendo uma imagem de homem simples de Nebraska, evitando os luxos da riqueza. Seus fãs visitam sua casa em Omaha e admiram seu gosto por produtos populares como Cherry Coke, Dairy Queen Blizzards e fudge da See’s, todos associados à Berkshire.

Ele também se tornou conhecido na cultura pop, fazendo participações especiais em programas de televisão como “All My Children” e “The Office”. Buffett sempre criticou o mundo dos negócios e Wall Street, ridicularizando corretores e traders por transformarem os mercados em um “cassino” que pode levar investidores comuns à ruína financeira.

Em 1991, ele adotou uma postura mais séria contra os excessos de Wall Street. Como um dos principais acionistas da Salomon Brothers, ele foi forçado a resgatar o banco de investimento após um escândalo de negociação. Esse foi um momento difícil na carreira de Buffett.

Chamado a testemunhar perante o Congresso sobre o caso da Salomon, Buffett enviou uma mensagem clara aos funcionários da empresa: “Perda de dinheiro para a empresa, e eu serei compreensivo; perda de um pedaço da reputação da empresa, e eu serei implacável”.

Sua fama também lhe deu influência em Washington, dando peso às suas declarações sobre questões políticas e fiscais. Ackman mencionou que os formuladores de políticas seguiam de perto os comentários e cartas anuais de Buffett, adotando suas ideias, como tratar opções de ações para executivos como uma despesa corporativa.

Embora seja um democrata que apoiou Hillary Clinton para presidente, Buffett aconselhou presidentes de ambos os partidos. Em 2008, foi chamado por executivos e pelo governo de George W. Bush para ajudar a evitar o colapso do sistema financeiro global.

Buffett concordou em investir bilhões na Goldman Sachs e na General Electric, movimentos que Ackman comparou aos esforços de J.P. Morgan para salvar bancos no início do século 20. No entanto, fiel ao seu estilo, ele cobrou uma taxa de juros de 10% dessas empresas, um preço que os executivos estavam dispostos a pagar para obter seu apoio e sobreviver.

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, afirmou que Warren Buffett representa tudo o que há de bom no capitalismo americano. Embora o futuro da Berkshire pareça sólido, alguns especialistas acreditam que a empresa pode não manter seu status lendário sem seu principal idealizador.

O próximo CEO da Berkshire, Gregory Abel, é considerado um excelente operador e negociador. Buffett também contratou Todd Combs e Ted Weschler como executivos de investimento de alto nível há mais de uma década. Lawrence Cunningham, ex-professor de direito e acionista, acredita que Buffett deu à Berkshire a melhor chance possível para o futuro. Para saber mais sobre a transição de liderança, você pode ler “Quem é Greg Abel, o novo CEO da Berkshire Hathaway?“.

No entanto, outros investidores temem que a empresa se torne menos especial e abandone a seleção de ações que a tornou famosa. Bill Smead, cujo fundo de investimento possui ações da Berkshire, acredita que a empresa já se tornou menos ambiciosa, evitando negócios transformadores. Smead conclui que este é o fim de uma era.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.