A Europol divulgou um relatório que detalha como tecnologias avançadas como AI, Blockchain e Quantum Computing estão impulsionando o crime organizado na União Europeia. O relatório destaca como essas tecnologias facilitam atividades ilícitas, desde a criação de mensagens de phishing multilíngues até a lavagem de dinheiro através de criptomoedas. O uso dessas tecnologias erode a confiança na economia da UE, no Estado de direito e na sociedade, gerando lucros ilícitos e espalhando violência.
O relatório da Europol aponta que as redes de crime organizado operam principalmente online, utilizando a internet para roubo de dados e eliminando a necessidade de presença física. Essas atividades criminosas também têm sido usadas para apoiar objetivos políticos de atores estrangeiros, representando ameaças adicionais à estabilidade.
AI e Blockchain Reduzem Barreiras para Criminosos
A AI está sendo usada para simplificar crimes digitais, com criminosos utilizando modelos de linguagem (LLMs) e AI generativa para criar mensagens de phishing em vários idiomas, visando vítimas globalmente. Além disso, essas ferramentas auxiliam no desenvolvimento de malware avançado e na produção de material de abuso sexual infantil.
Criminosos também estão criando mídias sintéticas realistas, como deepfakes e clonagem de voz, para realizar fraudes, extorsões e roubos de identidade. A sofisticação dessas tecnologias permite que os criminosos se disfarcem e enganem suas vítimas com mais facilidade, ampliando o alcance de suas operações.
Outra ameaça emergente é a Quantum Computing. A Europol alertou que grupos criminosos adotaram uma estratégia de “armazenar agora, descriptografar depois”, coletando dados criptografados com o objetivo de descriptografá-los quando a computação quântica avançar, comprometendo informações confidenciais.
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A combinação de AI e outras tecnologias avançadas permite que criminosos operem com maior anonimato, eficiência e escala, representando um desafio crescente para as autoridades policiais em toda a Europa.
Blockchain e Criptomoedas Exploradas para Finanças Ilícitas
As redes criminosas também exploram a tecnologia Blockchain e as criptomoedas para facilitar pagamentos e lavar dinheiro ilícito, muitas vezes contando com sistemas descentralizados e bolsas não regulamentadas. As criptomoedas são usadas em crimes além do cibernético, incluindo tráfico de drogas e contrabando de migrantes.
Atividades como roubo de criptomoedas, roubo de NFTs e cryptojacking tornaram-se generalizadas. Criminosos também usam moedas de privacidade, chain hopping e plataformas de DeFi (finanças descentralizadas) para lavar dinheiro, dificultando o rastreamento das transações pelas autoridades.
A Europol declarou que as moedas virtuais são cada vez mais usadas para lavar dinheiro, oferecendo transações instantâneas e sem fronteiras quando combinadas com tecnologias de aprimoramento de privacidade. Essa combinação cria um escudo digital que oculta a origem e o destino dos fundos ilícitos.
A ascensão das criptomoedas, plataformas DeFi e automação orientada por AI transformou as finanças ilícitas, fornecendo um escudo digital para ocultar a lavagem de dinheiro. A recente desativação do ChipMixer, um misturador de criptomoedas não licenciado usado para lavar bilhões de euros em criptoativos, é um exemplo claro dessa tendência.
Novas Tecnologias Auxiliam a Evasão de Sanções Através do Blockchain
A Europol alertou que grupos criminosos recorreram a novas tecnologias para contornar sanções, principalmente em meio à guerra na Ucrânia. As redes utilizam comunicações criptografadas, transações financeiras anônimas e Blockchain para burlar as restrições comerciais.
A agência mencionou a prisão de indivíduos envolvidos na exportação de mercadorias de nível militar para a Rússia, em violação das sanções da UE, mostrando como a evasão de sanções está ligada à proliferação de bens estratégicos. Analistas da Europol acreditam que métodos sofisticados de lavagem de dinheiro ligados à evasão de sanções — muitas vezes baseados em estruturas de propriedade complexas — devem se tornar mais comuns.
Esses bens estão sendo cada vez mais obtidos através de países intermediários que atuam como pontos de trânsito, com a Ásia Ocidental e Central desempenhando um papel fundamental nesse processo. Sanções mais rigorosas e a crescente demanda por bens estratégicos entre as nações sancionadas aceleraram essa tendência.
O uso de AI, Blockchain e Quantum Computing por criminosos representa um desafio complexo e crescente para a segurança e a estabilidade da União Europeia, exigindo uma resposta coordenada e inovadora das autoridades policiais e regulatórias.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Cryptonews