Inteligência artificial domina posts no LinkedIn, revela estudo

Inteligência artificial transforma a forma como o conteúdo é criado no LinkedIn, revelando a predominância de textos gerados por IA em novas publicações na plataforma.
Atualizado há 1 semana
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A inteligência artificial está se tornando uma presença marcante no LinkedIn, com um estudo recente revelando que mais da metade das postagens na plataforma é gerada por IA. A pesquisa, realizada pela startup Originality AI, analisou 8.795 publicações em inglês, com mais de 100 palavras, entre janeiro de 2018 e outubro de 2024. O resultado? Impressionantes 54% das postagens foram identificadas como potencialmente criadas por inteligência artificial.

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O estudo, divulgado pela Wired, destaca um aumento significativo no uso de IA em 2023, coincidente com o lançamento do ChatGPT pela OpenAI. Desde então, o crescimento estabilizou, mas a tendência de conteúdo gerado por IA continua forte. O LinkedIn, que visa conectar profissionais e facilitar a busca de emprego, tem sido criticado por suas interações que muitas vezes se assemelham a reuniões corporativas sem vida ou entrevistas de emprego frias.

As postagens na plataforma frequentemente utilizam jargões e buzzwords, tornando-se um terreno fértil para a replicação por modelos de linguagem. Além disso, o LinkedIn oferece uma ferramenta para assinantes premium que permite a reformulação de conteúdo usando IA, eliminando a necessidade de plataformas externas como o ChatGPT. Essa funcionalidade tem atraído tanto elogios quanto críticas, com alguns usuários apreciando a clareza e a estrutura das postagens, enquanto outros expressam ceticismo sobre a autenticidade do conteúdo.

O empreendedor Zack Fosdyck comentou sobre a polarização em torno do uso de IA, comparando-a a ferramentas como calculadoras e corretores ortográficos, que são amplamente aceitas. No entanto, ele ressalta que essas ferramentas não substituem a interação humana. A questão da autenticidade se torna ainda mais relevante quando se considera o uso de IA para gerar respostas pessoais em conversas, algo que muitos consideram inaceitável.

Recentemente, Lance Eliot, um renomado cientista em IA, sugeriu em um artigo que as pessoas poderiam usar o ChatGPT para facilitar interações familiares durante o feriado de Ação de Graças. Ele propôs que, em vez de discutir, os convidados poderiam debater com a IA, permitindo que eles expressassem suas frustrações sem afetar o clima do evento.

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Essa proposta levanta questões sobre a natureza das interações humanas e o papel da inteligência artificial em nossas vidas. Enquanto alguns veem a IA como uma ferramenta útil, outros temem que ela possa desumanizar as interações sociais. O debate sobre o uso de IA no LinkedIn e em outras plataformas continua, refletindo a complexidade da relação entre tecnologia e comunicação humana.

Para mais informações sobre como a inteligência artificial está moldando o futuro da comunicação, confira também como a IA pode clonar personalidades humanas e filmes e séries que exploram o design de som.

O impacto da inteligência artificial nas redes sociais é um tema que merece atenção, especialmente à medida que mais pessoas e empresas adotam essas tecnologias em suas estratégias de comunicação.

Via Gizmodo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.