Inteligência Artificial Generativa auxilia gestores no papel de ‘co-pensadores’

Descubra como a Inteligência Artificial Generativa está ajudando gestores a melhorar a tomada de decisões e a colaboração em equipe.
Atualizado há 6 horas
IA generativa para gestores

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A IA generativa para gestores está transformando a maneira como o trabalho é realizado, oferecendo novas ferramentas para aumentar a produtividade e a criatividade. Um estudo recente da Capgemini revelou que apenas 15% dos gestores utilizam IA generativa diariamente, destacando um enorme potencial inexplorado. Este cenário aponta para a necessidade de entender como integrar essas tecnologias de forma eficaz e evitar armadilhas que possam comprometer os resultados e a cultura organizacional.

O papel da IA Generativa para gestores como “Co-Pensador”

Elisa Farri e Gabriele Rosani, da Capgemini’s Invent Management Lab, abordam essa questão no livro “The HBR Guide to Generative AI for Managers”. A obra explora como os gestores podem usar a IA generativa como um “co-pensador”, superando as preocupações comuns sobre a introdução de IA no ambiente de trabalho. A ideia central é que a IA pode ser mais do que uma ferramenta de produtividade; pode ser um parceiro no processo de pensamento.

Em uma sessão de perguntas e respostas, Farri e Rosani discutem a importância dessa co-participação com a IA, oferecendo exemplos práticos que vão desde a preparação para reuniões com clientes até a resolução de problemas técnicos complexos. Eles também alertam para os riscos potenciais, como a armadilha do “solo” e da “velocidade”, e enfatizam a necessidade de diretrizes claras e treinamento adequado para que os gestores possam aproveitar ao máximo o potencial da IA.

Rosani explica que o objetivo do livro é auxiliar os gestores a integrar a IA generativa em suas atividades diárias. A pesquisa quantitativa realizada com mais de 1.500 gestores mostrou que apenas uma pequena parcela utiliza a IA de forma consistente. O livro busca, portanto, fornecer um guia prático para que os outros 85% possam alcançar níveis semelhantes de produtividade e criação de valor.

A mensagem central é que a máquina pode ser um parceiro de trabalho completo, capaz de auxiliar em tarefas sofisticadas como resolução de problemas, pensamento estratégico e tomada de decisões. Essa colaboração, chamada de “co-pensar”, permite que os gestores reflitam e ponderem de maneira mais eficaz, desafiando suas próprias ideias e refinando seus julgamentos.

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Exemplos práticos de uso da IA Generativa para gestores

Rosani detalha um exemplo prático: um gestor que precisa se preparar para uma reunião importante com um cliente pode usar a IA generativa para otimizar sua estratégia. Ao fornecer à IA documentos relevantes e informações sobre o cliente, o gestor pode solicitar sugestões sobre como alinhar sua proposta de valor com as necessidades específicas do cliente.

Além disso, a IA pode ajudar a preparar o discurso, sugerindo mensagens que ressoem com o cliente e antecipando possíveis objeções. Esse processo de diálogo com a máquina permite que o gestor ensaie a conversa, como em um role-play, garantindo que esteja preparado para qualquer cenário.

Farri compartilha outro exemplo, de um gerente de nível médio em uma grande empresa automotiva que utiliza a IA como um guia metodológico. A IA conhece os métodos que o gerente deseja aplicar para resolver problemas técnicos com o sistema de transmissão do veículo. A máquina faz perguntas, desafia as respostas, oferece exemplos diferentes e cria cenários de simulação.

Nesse sentido, o valor real está na interação e não apenas na solução final. O gerente compreendeu que esperar que a máquina resolvesse o problema técnico seria uma abordagem simplista. Em vez disso, ele utilizou a IA para identificar o problema certo a ser resolvido, reduzindo o tempo necessário para essa etapa de quatro dias para apenas 20 minutos.

Superando barreiras para a adoção da IA Generativa para gestores

Rosani aponta que a falta de acesso e a falta de familiaridade são os principais motivos pelos quais poucos gestores utilizam a IA generativa. Algumas empresas restringem o acesso total aos dados, enquanto outros gestores podem ter tido experiências iniciais negativas com ferramentas como o Copilot, devido à falta de treinamento ou à mentalidade inadequada.

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Para incentivar a adoção, é fundamental demonstrar o potencial da IA generativa, mostrando exemplos concretos de como ela pode ser utilizada para resolver problemas complexos e criar valor. As demonstrações e os relatos de sucesso podem gerar um efeito “wow” nos gestores que antes viam a IA como uma ferramenta limitada à redação de e-mails ou à sumarização de informações.

Farri complementa que a narrativa predominante, focada apenas nos ganhos de produtividade, pode ser um obstáculo. Os gestores seniores lidam com tarefas complexas e tendem a confiar mais em outros humanos do que na tecnologia para resolver esses desafios. É preciso mostrar que a IA generativa pode ir além da simples automatização de tarefas, atuando como um verdadeiro parceiro de pensamento.

Armadilhas potenciais no uso da IA Generativa

Farri prefere chamar os possíveis problemas de “armadilhas”, pois são situações que podem ocorrer mesmo quando o gestor está ciente dos riscos. Uma das armadilhas mais comuns é a confiança excessiva, já que a IA não é determinística e pode apresentar alucinações. No entanto, após três anos do lançamento do ChatGPT da OpenAI, a maioria dos gestores já está ciente da necessidade de exercer seu julgamento ao utilizar a IA generativa.

Outras armadilhas menos conhecidas incluem a armadilha do “solo”, onde a interação individual com a máquina pode levar ao reforço do próprio pensamento, sem a necessária troca de ideias com outras pessoas. Além disso, a armadilha da “velocidade” pode levar os gestores a se sentirem pressionados a acompanhar o ritmo acelerado da máquina, gerando impactos psicológicos negativos.

Rosani destaca a armadilha da “conformidade”, que ocorre quando a falta de contexto ou de desafio à máquina resulta em outputs superficiais e medíocres. Assim como em uma conversa com um especialista humano, é essencial fornecer contexto e aprofundar a discussão para que a IA possa gerar valor real.

À medida que avançamos na jornada da IA generativa, Farri vislumbra um futuro onde algumas tarefas gerenciais serão totalmente automatizadas, como o gerenciamento de e-mails e reuniões. No entanto, tarefas mais complexas permanecerão sob a responsabilidade dos gestores, que trabalharão em colaboração com a máquina. Esse novo modelo de trabalho exigirá que os gestores adquiram experiência e conhecimento em IA para liderar essa transformação em suas empresas.

Rosani observa que esse futuro já está presente em alguns nichos, com os 15% dos gestores que utilizam a IA de forma intensiva já adotando essa fusão entre humano e máquina. Embora ainda não seja uma prática generalizada, esses gestores estão utilizando a IA generativa como prioridade, integrando-a em seus processos de trabalho desde o início.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via AI Business

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.