Irã classifica como ofensivos comentários da França durante Festival de Cannes

Irã considera declarações francesas ofensivas após vitória de cineasta dissidente no Festival de Cannes. Saiba os detalhes do protesto diplomático.
Atualizado há 4 horas atrás
Irã classifica como ofensivos comentários da França durante Festival de Cannes
Irã protesta contra França por declarações após vitória de cineasta dissidente em Cannes. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • O Irã protestou formalmente contra a França após comentários feitos durante o Festival de Cannes.
    • O objetivo da notícia é informar sobre a reação diplomática do Irã às declarações francesas.
    • O impacto pode afetar as relações diplomáticas entre os dois países e a percepção internacional sobre o regime iraniano.
    • A premiação de um cineasta dissidente pode influenciar a liberdade de expressão no Irã.
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O Irã protestou formalmente contra a França após comentários feitos durante o Festival de Cannes. A ação veio em resposta à declaração do governo francês, que considerou a vitória do cineasta dissidente Jafar Panahi como um ato de resistência contra o regime iraniano.

A agência de notícias Irna divulgou que o encarregado de negócios francês em Teerã foi convocado para tratar do assunto. As autoridades iranianas consideraram as observações francesas como “ofensivas” e “infundadas”.

Irã Reage a Comentários Franceses no Festival de Cannes

O governo iraniano não gostou nada da forma como a França se manifestou após a vitória de Jafar Panahi no Festival de Cannes. A reação veio em forma de protesto diplomático, com Teerã chamando o encarregado de negócios francês para dar explicações sobre o que foi dito.

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A vitória de Panahi, um cineasta crítico ao regime dos aiatolás, foi vista pelo governo francês como um símbolo de resistência contra a opressão. Essa interpretação, no entanto, não foi bem recebida pelas autoridades iranianas.

A Palma de Ouro para Jafar Panahi

Jafar Panahi, de 64 anos, recebeu a Palma de Ouro pelo filme “Um Simples Acidente”, uma obra que critica o poder dos aiatolás. O filme foi rodado clandestinamente e narra a história de cinco iranianos que confrontam um homem que acreditam tê-los torturado na prisão.

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A premiação de Panahi gerou uma onda de reações. Jean-Noël Barrot, chefe da diplomacia francesa, usou a rede social X para expressar seu apoio ao cineasta e sua obra. “Em um gesto de resistência contra a opressão do regime iraniano, Jafar Panahi ganha uma Palma de Ouro que reacende a esperança de todos os lutadores pela liberdade em todo o mundo”, escreveu Barrot.

A resposta do Irã

A agência de notícias Irna informou que, após os comentários e acusações do ministro das Relações Exteriores da França, o encarregado de negócios em Teerã foi chamado ao ministério. O Irã também criticou o que chamou de “mau uso” do Festival de Cannes pelo governo francês para promover uma agenda política contra a República Islâmica.

Até o momento, nenhuma autoridade iraniana se manifestou sobre a premiação de Panahi. O cineasta já foi preso duas vezes: em 2010, por 86 dias, e entre 2022 e 2023, por quase sete meses. Os jornais reformistas Etemad, Shargh e Ham Mihan noticiaram a vitória de Panahi sem fazer comentários, enquanto a maioria dos outros veículos de comunicação ignorou a informação.

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É interessante notar como diferentes países e regimes políticos reagem de maneiras distintas a eventos culturais e artísticos. No caso do Irã, a premiação de um cineasta dissidente em um festival internacional como o de Cannes desencadeou uma resposta diplomática imediata.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.