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O jogo de terror independente Vile: Exhumed está disponível gratuitamente para download, após ter seu lançamento barrado na plataforma Steam no mês passado. A desenvolvedora, Cara Cadaver, afirmou que a remoção se deu por “conteúdo sexual com representações de pessoas reais”, mesmo com todo o material sendo apenas implícito. Este caso levanta um debate importante sobre a liberdade de expressão em plataformas digitais.
Vile: Exhumed banido: Lançamento Alternativo e Apoio Social
O título Vile: Exhumed estava previsto para chegar à Steam em 22 de julho, mas sua página foi retirada do ar já no dia 25 de julho, segundo informações do SteamDB. A DreadXP, editora responsável pela publicação, defendeu o jogo, afirmando que ele não contém nudez sem censura, pornografia explícita ou representações diretas de atos sexuais.
Essa situação reflete um cenário maior de novas diretrizes para jogos adultos em plataformas como Steam e Itch.io. Há indícios de que essas empresas foram pressionadas por companhias de cartão de crédito, como Visa, Mastercard, PayPal e Stripe, para remover certos títulos de seus catálogos. Essa pressão externa impacta diretamente a disponibilidade de diversos jogos no mercado digital.
Mesmo após a remoção de Vile: Exhumed da Steam, o estúdio Cara Cadaver decidiu não alterar o conteúdo original do jogo. Em vez disso, a equipe trabalhou em parceria com a DreadXP para disponibilizar o jogo fora da plataforma da Valve. O objetivo foi garantir que o público pudesse ter acesso ao jogo como ele foi concebido.
O jogo de terror indie Vile: Exhumed está disponível para download gratuito no site oficial Vileisbanned. Além do acesso gratuito, há uma opção para doações, que visa apoiar uma causa importante. “Assim que percebemos que o jogo havia sido banido, a conversa interna com a Cadaver passou a ser sobre o que poderíamos fazer coletivamente para fazer o que é certo por ela e seu trabalho”, disse Hunter Bond, diretor da DreadXP.
Metade de todos os lucros obtidos com as doações será destinada ao Red Door Family Shelter. Esta instituição canadense oferece apoio fundamental a famílias, refugiados e mulheres que são vítimas de violência. A decisão de lançar o jogo fora de qualquer plataforma centralizada foi, segundo a DreadXP, uma forma de protesto contra a censura. Essa alternativa mostra como estúdios independentes buscam novas formas de alcançar o público, como acontece com a expectativa em torno de outros jogos indie muito aguardados.
A DreadXP reforça que, diante das tentativas de censura, a equipe sentiu que não era momento para concessões. Lançar o jogo em um ambiente onde ele não pudesse ser removido por uma única plataforma foi visto como a melhor opção e a mensagem mais forte. “Diante das tentativas generalizadas de censura, não parecia ser hora de meias medidas e concessões”, concluiu a editora.
Novas Regras e a Censura de Jogos Adultos na Steam
A Valve já possui diretrizes que proíbem representações de pessoas reais em jogos com conteúdo adulto. Recentemente, a Steam e o Itch.io removeram diversos títulos adultos que poderiam violar as regras dos processadores de pagamento. Essa situação mostra a complexidade das diretrizes de conteúdo em plataformas de jogos, que afetam desde grandes lançamentos até títulos independentes, assim como acontece com as ofertas em outras lojas de games.
A ação foi impulsionada por uma campanha do coletivo australiano Collective Shout, um grupo conhecido por sua oposição a conteúdos com temáticas sexuais, incluindo violência, fetiches e representações LGBTQIAPN+. A mobilização desses grupos tem ganhado força, pressionando as plataformas a revisarem suas políticas de conteúdo.
Uma carta aberta enviada em 14 de julho foi um ponto-chave nessa mobilização. O documento acusava as plataformas de hospedar jogos com temas como estupro, incesto e violência sexual. Além disso, pedia que as empresas financeiras suspendessem os serviços para essas lojas, exercendo uma pressão significativa sobre o modelo de negócios das plataformas.
A decisão impactou não apenas Vile: Exhumed, mas toda a categoria de jogos +18. Isso inclui produções com conteúdo sexual consensual e obras com temática LGBTQIAPN+. Jogadores reagiram organizando protestos online, com petições e ações para pressionar diretamente as empresas envolvidas. Em um cenário em constante mudança, é comum ver a comunidade engajada em debates sobre o futuro do mundo dos jogos e suas ferramentas.
Uma petição contra essas medidas já reuniu mais de 147 mil assinaturas, demonstrando a insatisfação de uma parte da comunidade. Críticos argumentam que a remoção de conteúdos sexuais pode afetar também produções não sexuais. Isso representaria um risco à liberdade de expressão e à diversidade de criações nas plataformas digitais, impactando a indústria de jogos de forma mais ampla, um tema que sempre surge quando se fala em anúncios de jogos e serviços.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.