Jogos do PlayStation 6 podem ser limitados pelas versões para PC, e não pelo portátil

Análise aponta que ports para PC podem restringir o desempenho dos jogos do PlayStation 6.
Jogos do PlayStation 6 podem ser limitados pelas versões para PC, e não pelo portátil
(Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • Jogos do PlayStation 6 podem ser limitados pelas versões para PC, ao invés do console portátil da Sony.
    • Você deve saber que os desenvolvedores priorizam compatibilidade com múltiplos hardwares de PC, o que pode afetar a performance dos jogos.
    • Essa decisão pode impactar a qualidade gráfica e técnica dos títulos lançados para a nova geração de consoles.
    • O desenvolvimento unificado entre PlayStation doméstico e portátil não apresenta grandes desafios devido às tecnologias de upscaling.
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A discussão sobre o potencial dos Jogos do PlayStation 6 ganha novos rumos. Contrariando expectativas, as versões para PC, e não um console portátil da Sony, podem ser o verdadeiro fator limitante para que os títulos do próximo console não explorem ao máximo seu poder. Um especialista da indústria de games aponta que o desenvolvimento pensando em múltiplas plataformas de PC exige certas concessões.

Agora, os ports para PC, que se tornaram inevitáveis, podem ser a razão pela qual os Jogos do PlayStation 6 não usarão todo o potencial do sistema. Um console portátil da PlayStation não seria o principal motivo para essa limitação, como muitos imaginam. Essa perspectiva vem de análises recentes sobre o mercado e a forma como os jogos são produzidos hoje em dia.

Durante um episódio do podcast Broken Silicon, de Moore’s Law is Dead, Bryan Heemskerk, da Massive Damage, comentou sobre os supostos sistemas de próxima geração da Sony. Ele fez algumas observações importantes sobre como o sistema portátil provavelmente não limitaria o console doméstico. A capacidade de adaptação dos jogos atuais é um ponto chave.

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Primeiro, o desenvolvedor destacou que vivemos em uma era “pós-resolução”. Ele citou como um jogo como Street Fighter 6 pode ter melhor aparência no Nintendo Switch 2 do que no Xbox Series S, graças ao NVIDIA DLSS. Isso ocorre mesmo com uma resolução menor no sistema da Nintendo, mostrando a força das tecnologias de aprimoramento visual.

Ao focar em metas de resolução, em vez de reduzir configurações visuais (o que muitos desenvolvedores consideram mais impactante), adaptar games do console principal para a versão portátil não deve ser um grande desafio. Isso vale principalmente se as especificações vazadas estiverem corretas e usarem tecnologias de upscaling como PSSR e AMD FSR 4, que evoluem rapidamente. Essas ferramentas ajudam a manter a qualidade visual em diferentes plataformas.

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O Impacto dos Ports para PC no Desenvolvimento de Games

Mesmo que as diferenças entre o PlayStation 6 doméstico e o sistema portátil sejam maiores do que as especificações vazadas indicam, a situação do Xbox Series X e Xbox Series S provavelmente não se repetirá. Isso se deve principalmente à participação de mercado da Sony. A empresa tem uma base de usuários consolidada, o que oferece mais flexibilidade no desenvolvimento.

Dada a atual fatia de mercado da Sony e o que o portátil pode alcançar em um cenário cada vez mais propício para esses aparelhos, não será difícil posicionar o PlayStation portátil como o sistema base. A Microsoft, com sua participação de mercado, nunca teve essa oportunidade para o Series S. Essa estratégia permite um desenvolvimento mais unificado.

Segundo Bryan Heemskerk, da Massive Damage, os ports para PC, agora inevitáveis, têm uma chance maior de limitar os Jogos do PlayStation 6. Essa análise sugere que a necessidade de compatibilidade com uma gama variada de hardware de PC dita muitas das decisões de design e otimização dos jogos desde o início de seus ciclos de produção.

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Hoje em dia, cada jogo de console PlayStation é desenvolvido pensando em um port para PC que seguirá o lançamento do console. Os desenvolvedores trabalham em seus projetos considerando diversas configurações de sistema, incluindo hardware mais antigo, como GPUs de entrada de algumas gerações atrás, e gargalos de armazenamento. Isso é um desafio significativo que afeta o potencial máximo dos títulos.

Desafios e Considerações para a Próxima Geração

Por isso, é improvável que criem um jogo que use um console ao seu limite máximo, se isso causar problemas no desenvolvimento do port para PC mais tarde. O desenvolvedor citou exemplos como Metal Gear Solid Delta: Snake Eater. Este port multiplataforma recriou um jogo que forçou o PlayStation 2 ao máximo, mas não parece muito superior a Metal Gear Solid V: The Phantom Pain e apresenta muitos problemas técnicos.

Outro exemplo é Death Stranding 2: On the Beach, um game exclusivo para PS5 que aproveita bastante o sistema, usando a Decima Engine em seu limite. Metroid Prime Remastered também é um exemplo de jogo exclusivo de console que levou o Nintendo Switch ao seu limite. Isso aconteceu porque não havia a preocupação de considerar um port para PC, permitindo uma otimização mais focada.

Com a AMD sem a fatia de mercado para impulsionar a adoção generalizada de qualquer novo recurso para a próxima geração de consoles, fica claro como a necessidade de criar ports para PC pode impactar o aproveitamento do novo hardware, mesmo em lançamentos internacionais de jogos. Essa fragmentação do mercado de hardware de PC exige que os desenvolvedores encontrem um equilíbrio.

Levando em conta as grandes mudanças no mercado de videogames nos últimos anos, será interessante observar como Sony e Microsoft enfrentarão os desafios com o PlayStation 6 e o Xbox Next. Embora ainda não haja informações oficiais, vazamentos sugerem que as duas empresas abordarão esses desafios de maneiras bem distintas, impactando a forma como os monitores e tecnologias para jogos serão aproveitados. Isso pode tornar a próxima geração uma das mais intrigantes em muito tempo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.