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O filme de terror Juntos explora o subgênero de horror corporal, narrando a história de Tim (Dave Franco) e Millie (Alison Brie). O casal busca um novo começo no campo, mas a trama logo revela o desaparecimento de outro casal em uma floresta próxima. A cena inicial já indica que o filme pode ser intenso para públicos mais sensíveis, criando uma expectativa curiosa.
A combinação de uma tensão constante com cenas mais aflitivas, junto aos efeitos sonoros, consegue provocar desconforto mesmo sem que se esteja olhando para a tela. Isso pode gerar uma sensação de mal-estar, um efeito que o filme parece buscar intencionalmente para envolver o espectador na experiência de horror.
Uma história de amor e seus dilemas
Apesar de ser um filme de horror, Juntos não deixa de lado os problemas do casal principal. Tim e Millie vivem em meio a discussões constantes, com trocas de farpas que mostram uma clara falta de sintonia há algum tempo. Essa tensão no relacionamento é um ponto central da narrativa.
Além disso, o personagem de Tim traz consigo questões familiares que são mencionadas no início do enredo. Contudo, esses detalhes acabam se perdendo ao longo da história. Isso pode dar a impressão de que esses elementos foram incluídos apenas para adicionar uma profundidade mais superficial ao personagem.
Por sorte, a atuação dos atores compensa essas lacunas no roteiro. Dave Franco e Alison Brie demonstram uma presença firme em cena. A entrega e a química entre eles dispensam a necessidade de grandes reforços narrativos.
A forte conexão entre os dois, talvez reforçada pelo fato de serem um casal na vida real, é um dos principais pontos fortes do filme. Há uma autenticidade notável nos momentos íntimos e também nos conflitos. Cada desentendimento parece verdadeiro, refletindo os desafios de muitos casais com longos anos de relacionamento.
É fácil pensar que o verdadeiro horror do filme reside na ideia de um sonho romântico que se transforma em pesadelo. A proposta de ficar, literalmente, juntos para sempre é questionada. Isso levanta uma reflexão sobre os limites e as complexidades de um compromisso duradouro.
Ritmo, mistério e a dinâmica do casal em Juntos
Um destaque do longa é a forma como a história é contada. O roteiro usa uma seita misteriosa para guiar a narrativa, atuando como um elemento que conecta as diferentes partes do filme. Isso mantém a trama coesa e envolvente para o público.
O ritmo da história é bem equilibrado, o que ajuda a prender a atenção do espectador, mesmo nas cenas mais tranquilas. Embora existam alguns sustos inesperados (jumpscares), o foco principal permanece no mistério central. A estética visual mais forte e a dinâmica do casal também são priorizadas.
Em um dos momentos mais singulares do filme, o horror corporal é interrompido por diálogos ironicamente cômicos. Essas falas parecem piadas intencionais. Tal contraste gerou risadas na plateia do cinema, mesmo que isso possa diminuir um pouco a tensão acumulada.
A combinação de cenas fisicamente grotescas com um toque de humor lembra, em certos aspectos, o estilo de A Substância. Contudo, o Filme Juntos para um pouco antes de atingir os extremos alcançados pelo filme que venceu o Oscar, mantendo sua própria identidade.
Além da ficção: a vida real e o horror conjugal
Saber que Dave Franco fez questão de ter sua esposa, Alison Brie, como parceira nesta ficção, faz pensar sobre a sua decisão. Ver o resultado final do filme, e também a cumplicidade do casal na divulgação, deixa claro que a escolha foi um acerto.
Juntos oferece uma experiência que pode ser incômoda e até embrulhar o estômago do espectador. No entanto, a narrativa é capaz de manter o público entretido, o que é um ponto positivo. O filme consegue abordar bem os limites físicos e emocionais de um relacionamento em crise.
As quebras cômicas, que aparecem de surpresa, não prejudicam a experiência geral. Isso ocorre porque o filme aposta no absurdo em vários momentos. Uma ou outra piada não invalida a atmosfera de tensão que foi construída ao longo da trama.
No fim, a ideia de se apegar ao “juntos para sempre” talvez não seja o caminho ideal para salvar um relacionamento em dificuldades. O filme propõe uma reflexão sobre essa idealização, mostrando as complexidades e desafios da vida a dois.
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