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- A Justiça dos Estados Unidos decidiu que a Alphabet não precisará vender Chrome nem Android, mas deve compartilhar dados com concorrentes.
- Você poderá ver mais opções e concorrência no mercado de navegadores e sistemas operacionais em dispositivos móveis.
- Essa decisão busca garantir mais acesso de rivais a dados importantes para competição equilibrada no setor de tecnologia.
- Fabricantes poderão instalar serviços concorrentes nos celulares, promovendo mais diversidade para os consumidores.
A Justiça dos Estados Unidos decidiu que a Alphabet, empresa controladora do Google, não precisará vender o navegador Chrome nem o sistema operacional Android. Contudo, a gigante de tecnologia terá de compartilhar dados com companhias concorrentes e permitir mais concorrência no mercado, encerrando uma longa disputa judicial que durou cinco anos.
Decisão Judicial e Seus Detalhes
A determinação da Justiça, anunciada em 2 de setembro, mantém intactos dois dos produtos mais importantes da Alphabet. O Google não será forçado a se desfazer do Chrome, seu popular navegador, nem do sistema Android, presente em milhões de dispositivos globalmente.
Por outro lado, a empresa enfrentará novas regras. A Alphabet precisará compartilhar dados com outras companhias. Essa medida busca equilibrar o mercado e garantir que rivais tenham acesso a informações importantes para competir de forma mais justa no setor.
Além disso, a decisão proíbe a Alphabet de firmar acordos de exclusividade com outras empresas para a instalação de seus produtos. Isso abre portas para que fabricantes de celulares instalem serviços de concorrentes do Google, caso desejem e tenham interesse comercial.
A medida, conforme reportado pela Reuters, visa quebrar possíveis barreiras de entrada e fomentar um ambiente mais diverso. Empresas como Samsung, Motorola, Nokia e Xiaomi poderão, por exemplo, oferecer alternativas aos serviços pré-instalados atualmente em seus aparelhos.
Contexto da Batalha Antitruste
Essa longa batalha judicial entre a Alphabet e a Justiça dos Estados Unidos se estendeu por cerca de cinco anos. O processo antitruste foi movido com o objetivo de combater práticas que pudessem configurar monopólio no setor de tecnologia e serviços digitais.
Em 2024, o governo norte-americano já havia apontado que o Google violou a lei antitruste. A acusação se deu pelo domínio da empresa no segmento de buscas na internet e também na publicidade exibida nos resultados de pesquisa, conforme já se havia discutido em outros acordos de busca.
Após a divulgação da decisão, as ações da Alphabet registraram um aumento notável. Houve uma valorização de 7,8% no pregão estendido, indicando uma reação positiva do mercado de ações ao veredito parcial.
Até o momento, o Google não fez um comentário oficial sobre o desfecho do caso. No entanto, o CEO Sundar Pichai já havia expressado preocupação anteriormente. Ele mencionou que as medidas de compartilhamento de dados poderiam levar rivais a realizar engenharia reversa em seus produtos, um risco que a empresa monitora de perto.