Justiça suspende novamente serviço de mototáxi em São Paulo

Serviço de mototáxi é suspenso novamente em SP; polícia investiga crime de desobediência. Saiba como isso afeta usuários e motoristas.
Atualizado em 26/05/2025 às 19:01
Justiça suspende novamente serviço de mototáxi em São Paulo
Suspensão do mototáxi em SP gera preocupação entre usuários e motoristas. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • A Justiça de São Paulo determinou novamente a suspensão do serviço de mototáxi na cidade.
    • Entenda os motivos da proibição e como ela afeta empresas, usuários e motociclistas.
    • A medida pode impactar a mobilidade urbana e a renda de quem depende do serviço.
    • A prefeitura alega preocupação com segurança, enquanto empresas contestam a decisão.
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Mais um capítulo na novela do mototáxi em São Paulo: a Justiça determinou novamente a proibição do serviço na cidade. A decisão judicial, divulgada nesta segunda-feira (26), é mais um lance na disputa entre a prefeitura e as empresas de aplicativo. A novela começou após um pedido da prefeitura, resultando na suspensão dos serviços no dia 16. Entenda os detalhes dessa história e o que está em jogo para os usuários e empresas.

A 99 e a Uber, empresas que oferecem o serviço, receberam a ordem judicial para suspender o transporte remunerado de passageiros por motocicletas em São Paulo. O despacho, assinado pelo desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público, estabelece uma multa diária de R$ 30.000,00 em caso de descumprimento.

Diante da continuidade da oferta do serviço, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime de desobediência. A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que o caso está sendo apurado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), vinculado a uma medida cautelar sobre a suspensão das atividades econômicas.

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A 99 informou que acatará a decisão judicial, suspendendo temporariamente o serviço 99Moto a partir das 17h da mesma segunda-feira. A empresa ressaltou a necessidade de um debate sobre a inconstitucionalidade do decreto de proibição e afirmou que continua adotando medidas legais para defender os direitos da empresa, usuários e motociclistas parceiros em São Paulo. A plataforma também destacou que já realizou mais de 1 milhão de corridas na capital paulista.

Entenda o imbróglio judicial

O vai e vem judicial começou no dia 14, quando o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara de Fazenda Pública da capital, considerou inconstitucional o decreto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que impedia a 99 e a Uber de operarem o transporte de passageiros em motos.

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Com essa decisão, as empresas retomaram o serviço, e a 99 até expandiu a oferta para o centro expandido de São Paulo. No entanto, apenas dois dias depois, a Justiça suspendeu novamente o serviço, marcando mais um capítulo na disputa entre a gestão municipal e as plataformas.

A prefeitura de Ricardo Nunes (MDB) tenta manter a proibição com base no decreto de janeiro de 2023, que veta a operação de mototáxis por aplicativos. Com a nova ordem judicial, as motos que estiverem operando estão sujeitas a multa e apreensão.

As plataformas, por outro lado, argumentam que a atividade é legalizada por lei federal e decisões judiciais, que dão ao município apenas o poder de regulamentar o serviço, e não de proibi-lo. Para saber mais sobre como a tecnologia impacta a mobilidade urbana, você pode conferir este artigo sobre Uber inclui bicicletas da Tembici no app para locação na Riviera de São Lourenço.

Trânsito e segurança em debate

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A prefeitura justifica a proibição com o argumento de que houve um aumento no número de mortes de motociclistas entre 2023 (403 óbitos) e 2024 (483), mesmo com a implementação da Faixa Azul e outras medidas de segurança. Esse aumento também estaria ligado ao crescimento de 35% na frota de motos na cidade nos últimos 10 anos.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, discorda da prefeitura e afirma que a ideia de que os aplicativos são responsáveis pelo aumento de acidentes é “infundada”.

A Amobitec argumenta que os 800 mil motociclistas cadastrados nas empresas associadas representam apenas 2,3% da frota nacional. Além disso, a associação garante que 100% desses condutores possuem Carteira Nacional de Habilitação e a documentação dos veículos regularizada.

Em meio a essa discussão, surge a questão sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho e na economia. Uma pesquisa recente revelou que funcionários do Camboja estão envolvidos em uma rede de golpes de criptomoedas, movimentando bilhões de dólares.

Bateria removível do Galaxy e a questão da mobilidade

A discussão sobre a proibição do serviço de mototáxi em São Paulo levanta questões importantes sobre mobilidade urbana e segurança no trânsito. A busca por alternativas de transporte mais ágeis e econômicas é uma realidade nas grandes cidades, e os aplicativos de mototáxi surgiram como uma opção para muitos usuários. No entanto, a segurança dos motociclistas e passageiros é uma preocupação constante, e as estatísticas de acidentes envolvendo motos são alarmantes.

A proibição do serviço de mototáxi pode gerar impactos negativos para os usuários que dependem dessa modalidade de transporte para se locomover na cidade. Além disso, a medida pode afetar a renda dos motociclistas que trabalham com os aplicativos. Por outro lado, a prefeitura argumenta que a proibição é necessária para reduzir o número de acidentes e garantir a segurança no trânsito.

Diante desse cenário, é fundamental que haja um debate amplo e transparente sobre a regulamentação do serviço de mototáxi em São Paulo. É preciso encontrar um equilíbrio entre a oferta de alternativas de transporte acessíveis e a garantia da segurança dos usuários e da população em geral. A regulamentação deve estabelecer regras claras para a operação dos aplicativos, a fiscalização dos veículos e a qualificação dos motociclistas.

A proibição do serviço de mototáxi em São Paulo reacende o debate sobre a regulamentação dos serviços de transporte por aplicativos e seus impactos na sociedade. Resta acompanhar os próximos capítulos dessa disputa judicial e torcer para que seja encontrada uma solução que atenda aos interesses de todos os envolvidos.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.