Justiça suspende novamente serviço de mototáxi em São Paulo

Serviço de mototáxi foi suspenso novamente em São Paulo após decisão judicial. Polícia investiga crime de desobediência. Saiba os detalhes.
Atualizado há 18 horas atrás
Justiça suspende novamente serviço de mototáxi em São Paulo
Serviço de mototáxi suspenso em SP devido a decisão judicial; polícia apura desobediência. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • A Justiça suspendeu novamente o serviço de mototáxi em São Paulo, atendendo a um pedido da Prefeitura.
    • Você pode ficar sem a opção de transporte por moto, afetando sua mobilidade na cidade.
    • A decisão reacende o debate sobre a segurança e legalidade do serviço, impactando motoristas e usuários.
    • A Polícia Civil investiga crime de desobediência devido à continuidade da oferta do serviço.
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A novela do mototáxi em São Paulo ganha mais um capítulo! A Justiça determinou novamente a proibição do serviço na cidade, atendendo a um pedido da Prefeitura. Essa decisão judicial reacende o debate sobre a legalidade e a segurança do transporte de passageiros por motocicletas na capital paulista, gerando discussões entre plataformas de aplicativos, autoridades e usuários. Mas, afinal, o que motivou essa reviravolta?

Acompanhe os detalhes dessa saga e entenda os argumentos de cada lado.

A 99 Tecnologia Ltda e Uber do Brasil Tecnologia Ltda estão proibidas de oferecer o serviço de transporte remunerado de passageiros por motocicletas em São Paulo. A decisão foi assinada pelo desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público, e prevê multa diária de R$ 30.000,00 em caso de descumprimento.

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Diante da continuidade da oferta do serviço, a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o crime de desobediência. A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que o caso está sendo apurado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e que a investigação está ligada a uma medida cautelar referente à suspensão das atividades.

Em resposta, a 99 comunicou que irá acatar a decisão judicial e suspendeu temporariamente o serviço 99Moto a partir das 17h da última segunda-feira. A empresa ressaltou a necessidade de um debate sobre a inconstitucionalidade do decreto de proibição e afirmou que está tomando medidas legais para proteger os direitos da empresa, de seus usuários e dos motociclistas parceiros em São Paulo. A plataforma alega ter realizado mais de 1 milhão de corridas na capital paulista.

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Idas e vindas da regulamentação do serviço de mototáxi

No dia 14 de maio, o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara de Fazenda Pública da capital, havia considerado inconstitucional o decreto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que impedia a 99 e a Uber de operarem o transporte de passageiros em motos na cidade. Essa decisão permitiu que as empresas retomassem o serviço, com a 99 inclusive expandindo a oferta para o centro expandido de São Paulo.

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Entretanto, essa retomada durou pouco. Apenas dois dias depois, a Justiça suspendeu novamente o serviço de mototáxi, em mais um capítulo da disputa judicial entre a prefeitura e as plataformas de aplicativos. A gestão de Ricardo Nunes busca manter a proibição com base no decreto de janeiro de 2023, que veta a operação. A nova ordem judicial implica que as motos que estiverem operando estarão sujeitas a multa e apreensão.

As plataformas defendem que a atividade é amparada por lei federal e decisões judiciais que atribuem ao município apenas a responsabilidade de regulamentar o serviço, e não o direito de proibi-lo. A discussão sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos é um tema amplo e complexo, e a Câmara dos Deputados criou uma comissão para tratar do assunto.

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A Prefeitura justifica a proibição com o argumento de que houve um aumento no número de mortes de motociclistas entre 2023 (403 óbitos) e 2024 (483), “mesmo com a Faixa Azul e outras medidas de segurança”. Segundo a administração municipal, esse aumento está relacionado ao crescimento da frota de motos na cidade, que aumentou 35% em 10 anos.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, contesta a alegação de que os aplicativos são responsáveis pelo aumento no número de acidentes. A associação argumenta que os 800 mil motociclistas cadastrados nas empresas filiadas à Amobitec representam apenas 2,3% da frota nacional, e que 100% desses condutores possuem Carteira Nacional de Habilitação e documentação regular dos veículos.

Diante desse cenário, o futuro do serviço de mototáxi em São Paulo permanece incerto, com a disputa judicial e a divergência de opiniões entre os diferentes atores envolvidos.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.