Justiça suspende novamente serviço de mototáxi em São Paulo

Serviço de mototáxi é suspenso novamente em São Paulo após decisão judicial. Polícia investiga crime de desobediência. Saiba os detalhes.
Atualizado há 13 horas atrás
Justiça suspende novamente serviço de mototáxi em São Paulo
Mototáxi suspenso em SP após decisão judicial; polícia apura desobediência. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • A Justiça determinou novamente a suspensão do serviço de mototáxi em São Paulo, atendendo a um pedido da Prefeitura.
    • Você pode ficar sem a opção de transporte rápido e acessível caso utilize o serviço de mototáxi na capital paulista.
    • A decisão impacta diretamente os motociclistas que dependem do serviço para gerar renda e os usuários que o utilizam como alternativa de mobilidade.
    • A Polícia Civil investiga crime de desobediência por parte das empresas que continuaram operando após a primeira suspensão.
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Em São Paulo, a novela do mototáxi ganha mais um capítulo. A Justiça determinou novamente a proibição do serviço na cidade, atendendo a um pedido da Prefeitura. Essa decisão judicial já havia ocorrido no dia 16 deste mês, mas as empresas continuaram operando. Entenda os detalhes dessa disputa e o que está em jogo para os usuários e empresas de aplicativos.

A decisão mais recente, assinada pelo desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público, obriga as empresas 99 Tecnologia Ltda e Uber do Brasil Tecnologia Ltda a suspenderem o serviço de transporte remunerado de passageiros por motocicletas. O não cumprimento da ordem pode resultar em multa diária de R$ 30.000,00.

Diante da continuidade da oferta do serviço, a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o crime de desobediência por parte das empresas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), o caso está sendo apurado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), vinculado a uma medida cautelar que suspende as atividades de natureza econômica.

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A 99 informou que acatará a decisão judicial, suspendendo temporariamente o serviço 99Moto a partir das 17h desta segunda-feira. A empresa ressaltou a urgência de um debate sobre a constitucionalidade do decreto de proibição, buscando assegurar os direitos da empresa, seus usuários e motociclistas parceiros em São Paulo. A 99 também afirmou ter realizado mais de 1 milhão de corridas na capital paulista.

Entenda o vaivém judicial sobre o **mototáxi em São Paulo**

No dia 14, o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara de Fazenda Pública da capital, havia considerado inconstitucional o decreto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que impedia a 99 e a Uber de operarem o transporte de passageiros em motos.

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Com essa decisão favorável, as empresas retomaram o transporte por motos na capital, e a 99 chegou a estender o serviço ao centro expandido de São Paulo. No entanto, apenas dois dias depois, a Justiça suspendeu novamente o serviço, marcando mais um capítulo dessa disputa judicial.

A Prefeitura de São Paulo tenta sustentar a proibição com base em um decreto de janeiro de 2023, que veta a operação de mototáxis na cidade. Com a nova ordem judicial, as motos que estiverem operando estão sujeitas a multa e apreensão.

As plataformas de transporte argumentam que a atividade é respaldada por lei federal e decisões judiciais, que delegam ao município apenas a regulamentação do serviço, não o direito de proibi-lo.

O aumento da violência no trânsito como justificativa

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A Prefeitura justifica a proibição com o aumento de mortes de motociclistas entre 2023 (403 óbitos) e 2024 (483), “mesmo com a Faixa Azul e outras medidas de segurança”. A administração municipal também alega que houve um aumento de 35% na frota de motos na cidade nos últimos 10 anos.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, discorda da Prefeitura e afirma que a relação entre os aplicativos e o aumento de acidentes é infundada.

A Amobitec argumenta que os 800 mil motociclistas cadastrados nas empresas associadas representam apenas 2,3% da frota nacional. Além disso, a associação garante que 100% desses condutores possuem Carteira Nacional de Habilitação e documentação regular dos veículos. Aliás, falando em mobilidade e tecnologia, você sabia que a Travelier nomeou um novo diretor no Brasil para impulsionar a tecnologia e a expansão?

Com a proibição do serviço de mototáxi, surge um debate sobre alternativas de mobilidade urbana e regulamentação do setor. A decisão judicial impacta diretamente os usuários que utilizam o serviço como opção de transporte, bem como os motociclistas que dependem da atividade para gerar renda. Acompanhe os próximos capítulos dessa discussão e seus desdobramentos na cidade de São Paulo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.