Katherine Johnson: a matemática que ajudou a levar o homem à Lua

Conheça Katherine Johnson, a matemática cujos cálculos foram essenciais para a missão Apollo 11 e a chegada do homem à Lua.
Atualizado há 8 horas
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Katherine Johnson desafiou estereótipos e fez história na ciência. Sua trajetória, quebrando barreiras raciais e de gênero, a levou a calcular as trajetórias das missões que levaram o homem à Lua. Além de seu brilhantismo, Katherine inspirou gerações de mulheres a ingressarem nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Conheça a história desta Legado da matemática e como suas contribuições pavimentaram o caminho para futuras gerações de cientistas.

Vislumbrando os céus com Katherine Johnson

Desde pequena, Katherine Johnson demonstrava uma paixão incomum por números. Nascida em 26 de agosto de 1918, em White Sulphur Springs, Virgínia Ocidental, EUA, ela passava horas contando e resolvendo problemas. Filha de Joylette Roberta Coleman e Joshua McKinley Coleman, Katherine cresceu em um período marcado pelas Leis Jim Crow, que segregavam a população negra.

As “Leis Jim Crow”, em vigor entre 1877 e 1960, restringiam o acesso de negros à educação, saúde e diversas oportunidades. Para que Katherine pudesse completar seus estudos, sua família se mudou de cidade. Aos 14 anos, concluiu o ensino médio, bem antes da idade esperada.

Em 1932, aos 18 anos, Katherine formou-se com honras em Francês e Matemática pelo West Virginia State College. Durante a faculdade, teve como mentor W. W. Schieffelin Claytor, um influente membro da comunidade afro-americana e o terceiro negro a obter um doutorado em matemática. Claytor foi quem a incentivou a seguir carreira acadêmica e a ensinou geometria, algo que seria crucial para sua trajetória.

Após a formatura, Katherine trabalhou como professora por alguns anos. Em 1939, foi uma das três estudantes negras selecionadas para o programa de pós-graduação da West Virginia University. Contudo, não concluiu o curso, pois se casou com James Globe e teve três filhas.

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Em 1952, sua vida tomou um novo rumo ao saber que a NACA (National Advisory Committee for Aeronautics), a agência que antecedeu a NASA, estava contratando mulheres negras com talento para a matemática. Em 1953, Katherine foi contratada pela NACA e alocada no setor de mulheres responsáveis por conferir cálculos. Sua capacidade de observação e questionamento a levaram a ser transferida para outro setor, onde analisou as causas de um acidente aéreo e, posteriormente, participou do envio de homens ao espaço.

Calculando o rumo para a Lua

A NACA se tornou a NASA (National Aeronautics and Space Administration) em 1958, impulsionada pela corrida espacial, que havia começado em 1955. A União Soviética havia saído na frente em 1957 com o lançamento do Satélite Sputnik, forçando os Estados Unidos a acelerarem seus esforços.

Katherine Johnson, com seus conhecimentos em matemática e geometria, foi fundamental para o desenvolvimento do programa espacial. Ela não apenas calculava trajetórias, parábolas e janelas de lançamento, mas também verificava os cálculos dos computadores IBM 4090, que estavam em seus primórdios.

Katherine participou dos cálculos da Missão Freedom 7, ou Mercury Redstone 3, o primeiro voo tripulado dos Estados Unidos. Em 1961, Alan Shepard foi ao espaço e retornou em segurança em uma viagem que durou menos de 16 minutos. Foi a primeira vez que um ser humano alcançou o espaço.

Em 1962, antes de voar na cápsula Mercury-Atlas 6, John Glenn pediu a Katherine para verificar se os cálculos do computador estavam corretos. Ele só faria o voo orbital se ela confirmasse que o computador havia acertado. As missões Apollo 11, que levou o primeiro homem à Lua, e Apollo 13 também tiveram suas trajetórias calculadas por Katherine. Além disso, ela contribuiu para os cálculos dos ônibus espaciais e para muitos outros projetos da NASA.

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A trajetória de Katherine Johnson foi marcada por desafios. Como mulher negra, ela precisou ser forte e determinada para que sua voz fosse ouvida e suas ideias fossem valorizadas. Ela foi a primeira mulher a receber crédito por suas contribuições em relatórios e artigos técnicos. Katherine se aposentou em 1986, após 33 anos de serviços prestados à NASA. Em 2015, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, concedida pelo então presidente Barack Obama. Em 2016, foi homenageada com um prédio em seu nome nas instalações da NASA em Langley, onde trabalhou durante sua carreira. Katherine faleceu em 2020, aos 101 anos, deixando um enorme legado da matemática e da ciência.

Katherine Johnson inspirou gerações de mulheres a ingressarem no mundo acadêmico e a seguirem carreiras científicas. Sua história é um exemplo de perseverança, inteligência e paixão pela ciência. Se você se interessa por mulheres que fizeram história, que tal conhecer mais sobre 5 equações da Física que transformaram o mundo?

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.