Kichute: a história do tênis que marcou a infância dos anos 1970 no Brasil

Descubra a trajetória do Kichute, o tênis que conquistou o Brasil nos anos 70 e seu legado até hoje.
Atualizado há 10 horas atrás
Kichute: a história do tênis que marcou a infância dos anos 1970 no Brasil
Kichute: o tênis icônico dos anos 70 que ainda deixa sua marca no Brasil. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • O Kichute foi um tênis icônico lançado nos anos 70, marcando a infância de muitos brasileiros.
    • Você pode relembrar a história desse calçado que uniu praticidade e paixão pelo futebol.
    • O Kichute se tornou um símbolo de resistência e acessibilidade durante a ditadura militar.
    • Mesmo fora de linha, o tênis ainda é procurado por colecionadores e fãs de nostalgia.
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Quem viveu a infância nos anos 70 e 80 certamente se lembra de um tênis preto, com solado de borracha e cravos, feito para durar. Estamos falando do Kichute que fim levou, um clássico dos calçados brasileiros. Lançado em 1970 pela Alpargatas (ALPA4), a mesma empresa que criou a Havaianas, o Kichute marcou uma geração, unindo praticidade e a paixão nacional pelo futebol. Era ideal para correr, chutar e resistir ao dia a dia.

O Kichute foi uma combinação de tênis esportivo com chuteira, feito de lona resistente e solado de borracha com cravos. A Alpargatas, que já expandia sua linha de esportes, viu o Kichute virar febre nos recreios, nas peladas de rua e nas brincadeiras de criança. Em 1978, a empresa lançou a Topper e comprou a Rainha, expandindo ainda mais sua atuação no mercado esportivo.

No auge da sua popularidade, o Kichute chegou a vender 9 milhões de pares por ano, quase 10% da população brasileira na época. A empresa, focada em calçados e vestuário, também produziu bolas de futebol, aproveitando o sucesso do momento. As campanhas de marketing contavam com a participação de personalidades como o jogador Zico, aumentando ainda mais a popularidade do tênis.

O sucesso do Kichute

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O sucesso do Kichute se deve, em grande parte, ao seu preço acessível. Mais barato que as chuteiras tradicionais e os tênis importados, ele se tornou uma opção econômica para as famílias brasileiras. Além disso, o Kichute virou um símbolo de resistência em tempos de ditadura militar. Para se ter uma ideia, o tênis chegou a ser adotado como parte do uniforme dos garis da cidade de São Paulo nos anos 90.

A popularidade do Kichute foi impulsionada por campanhas de marketing que apresentavam figuras populares como Zico, um renomado jogador de futebol. A acessibilidade do tênis o tornou uma opção preferida entre as famílias brasileiras, simbolizando a resistência criativa em um país durante a ditadura militar.

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O Kichute não era apenas um calçado, mas um símbolo de uma época. Sua durabilidade e preço acessível o tornaram um item presente em muitos lares brasileiros. A associação com o futebol e a cultura popular ajudaram a consolidar sua imagem como um ícone nacional.

O declínio e tentativas de relançamento

Com a abertura econômica e a chegada de marcas internacionais, o reinado do Kichute começou a declinar. Em 1996, a Alpargatas interrompeu a produção para focar em outras marcas, como Havaianas e Topper. Em 2005, a Vulcabras tentou relançar o Kichute, apostando na nostalgia para reconquistar o público brasileiro.

O tênis, que marcou a infância de muitos brasileiros, tentou voltar ao mercado, mas a concorrência era grande. Marcas internacionais e novos modelos de tênis esportivos ganharam espaço, tornando difícil a retomada do Kichute. Mesmo assim, o calçado permanece na memória afetiva de quem viveu os anos 70 e 80.

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Apesar das tentativas de relançamento, o Kichute não conseguiu recuperar o sucesso de antigamente. O mercado de calçados esportivos mudou muito, e a nostalgia, embora forte, não foi suficiente para garantir o retorno do ícone.

A história do Kichute é um exemplo de como um produto pode se tornar um símbolo de uma geração. Mesmo com o fim da produção, o calçado permanece vivo na memória de muitos brasileiros, que se lembram com carinho do tênis que fez parte de suas vidas. E por falar em nostalgia, você pode relembrar como a nostalgia dos anos 80 continua a influenciar o mercado.

O Kichute hoje

Hoje em dia, é possível encontrar modelos antigos do Kichute em sites de vendas online e brechós. Para os colecionadores e fãs do calçado, esses itens são verdadeiros tesouros. O Kichute também inspirou novas gerações de designers e artistas, que reinterpretam o clássico em suas criações.

O Kichute, mesmo fora de linha, continua a despertar o interesse de pessoas que buscam um pedaço da história do Brasil. Seja para colecionar, usar em festas temáticas ou simplesmente relembrar os bons tempos, o calçado mantém seu charme e relevância.

Para quem busca um tênis resistente e com estilo retrô, o Kichute pode ser uma ótima opção. E para quem viveu a época de ouro do calçado, a nostalgia é um ingrediente a mais na hora de escolher um par. Se você é fã de história e curiosidades, aproveite para conhecer a história do Google Glass.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.