Lançamento do Apple Intelligence na China é adiado devido a tensões comerciais entre EUA e China

O lançamento do Apple Intelligence na China foi adiado devido às tensões comerciais entre EUA e China, impactando a aprovação de IA no país.
Atualizado há 1 dia atrás
Lançamento do Apple Intelligence na China é adiado devido a tensões comerciais entre EUA e China
Lançamento do Apple Intelligence na China adiado por tensões comerciais EUA-China. (Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • O lançamento do Apple Intelligence na China foi adiado devido às tensões comerciais entre EUA e China.
    • Você pode ficar sem os recursos de IA da Apple no mercado chinês, afetando a experiência com dispositivos Apple.
    • O atraso pode beneficiar concorrentes locais, como Huawei e Xiaomi, que já oferecem recursos similares.
    • A Apple busca parcerias com a Alibaba para contornar as restrições regulatórias.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A implementação do Apple Intelligence na China enfrenta desafios significativos devido às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. As tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, criaram um clima de incerteza política que está impactando a aprovação de modelos de inteligência artificial (IA) no país. A Apple está colaborando com a Alibaba para tentar contornar as restrições, mas o processo de aprovação está paralisado.

Para que a Apple possa lançar os recursos do Apple Intelligence na China, é necessário que a Administração do Ciberespaço da China (CAC) aprove os modelos de IA que serão utilizados. A CAC exige testes rigorosos e aprovação de todos os modelos de IA antes que qualquer empresa possa oferecer serviços de IA no país.

A demora na aprovação se deve, em grande parte, às “crescentes incertezas políticas” entre os Estados Unidos e a China. As tarifas de Trump sobre produtos importados da China, que chegaram a 145%, geraram atritos comerciais. Embora a Apple tenha conseguido isenções de algumas tarifas e a suspensão temporária de outras, a guerra comercial tem se intensificado, com ambos os países não chegando a um acordo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

China acusa EUA de violar acordo comercial ao limitar vendas de software para empresas chinesas.

No início desta semana, a China acusou os Estados Unidos de “violar severamente” um acordo comercial estabelecido em Genebra, em maio. A alegação é que os EUA limitaram a venda de software de design de motores a jato e semicondutores para empresas chinesas, controlaram as exportações de chips e cancelaram vistos de estudantes chineses. Trump, por sua vez, alegou que a China violou o acordo ao se recusar a retirar algumas tarifas e restrições para minerais essenciais para a produção de chips.

Leia também:

Trump anunciou planos de aumentar as tarifas sobre o aço de volta para 50% em 4 de junho, e afirmou que o presidente Xi é “muito duro” e que é “extremamente difícil fazer um acordo com ele”.

Restrições e a Busca por Alternativas para o Apple Intelligence na China

As regulamentações chinesas impedem a Apple de usar sua própria tecnologia de IA para o Apple Intelligence na China. Para cumprir as exigências locais, a Apple planeja usar modelos desenvolvidos pela Alibaba. No entanto, essas restrições têm causado atrasos significativos na expansão do Apple Intelligence para o mercado chinês, que é crucial para a empresa.

Enquanto isso, fabricantes de smartphones chineses, como Huawei e Xiaomi, já oferecem uma variedade de recursos de IA para seus clientes, o que coloca a Apple em desvantagem na corrida pela IA no país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo Trump está “considerando” incluir Alibaba, Tencent e Baidu em uma lista de entidades que as impediria de realizar comércio com os Estados Unidos, de acordo com o The New York Times. Se essa medida for implementada, a Apple enfrentará ainda mais dificuldades para levar o Apple Intelligence para a China. O Departamento de Indústria e Segurança dos EUA também manifestou preocupações sobre os planos da Apple de colaborar com a Alibaba.

Há rumores de que a Apple planeja lançar o Apple Intelligence na China em uma atualização do iOS 18.6, mas não está claro se isso ainda vai acontecer, nem quando o iOS 18.6 será lançado, devido aos atrasos na aprovação. Já se passaram três semanas desde o lançamento do iOS 18.5, e as atualizações beta da Apple geralmente são lançadas poucos dias após uma nova versão do software.

Para mais informações sobre o mercado de tecnologia, você pode conferir este artigo sobre o mercado de smartphones na América Latina.

Parceria com a Alibaba e Desafios Regulatórios

A parceria com a Alibaba é uma tentativa da Apple de se adequar às regulamentações chinesas, que exigem que empresas de tecnologia utilizem modelos de IA aprovados pelo governo local. Essa exigência impede a Apple de usar sua própria tecnologia de IA, desenvolvida internamente, para o Apple Intelligence. A colaboração com a Alibaba surge como uma alternativa para contornar essa barreira regulatória e oferecer os recursos de IA aos consumidores chineses.

No entanto, a aprovação dos modelos de IA desenvolvidos pela Alibaba pela CAC tem se mostrado um processo demorado e incerto. As tensões políticas entre os Estados Unidos e a China adicionam uma camada extra de complexidade, já que a CAC está adiando a aprovação de aplicativos devido a essas incertezas. Essa situação coloca a Apple em uma posição delicada, já que a empresa precisa equilibrar as exigências regulatórias chinesas com as preocupações de segurança e tecnologia dos Estados Unidos.

A dificuldade em obter aprovação para o Apple Intelligence na China pode impactar a competitividade da Apple no mercado chinês. Fabricantes locais, como Huawei e Xiaomi, já estão oferecendo recursos avançados de IA em seus smartphones, o que pode atrair consumidores que buscam as últimas inovações tecnológicas. Se a Apple demorar muito para lançar o Apple Intelligence na China, a empresa corre o risco de perder participação de mercado para seus concorrentes.

Além disso, a possível inclusão da Alibaba em uma lista de entidades restritas pelo governo dos Estados Unidos poderia complicar ainda mais a situação. Se a Alibaba for impedida de realizar comércio com empresas americanas, a parceria com a Apple para o Apple Intelligence pode ser inviabilizada. Isso forçaria a Apple a buscar outras alternativas, o que poderia atrasar ainda mais o lançamento dos recursos de IA na China.

Impacto da Guerra Comercial EUA-China

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem um impacto significativo nas operações da Apple no mercado chinês. As tarifas impostas por ambos os países aumentam os custos de produção e distribuição de produtos, o que pode afetar os preços dos iPhones e outros dispositivos da Apple na China. Além disso, as tensões políticas podem influenciar as decisões de compra dos consumidores chineses, que podem optar por marcas locais em vez de produtos americanos.

A Apple tem tentado mitigar os efeitos da guerra comercial diversificando sua cadeia de suprimentos e buscando isenções de tarifas. No entanto, a empresa ainda está vulnerável às flutuações políticas e econômicas entre os dois países. A incerteza em relação ao futuro das relações comerciais EUA-China pode afetar os planos de longo prazo da Apple para o mercado chinês.

A disputa comercial também pode ter um impacto mais amplo na indústria de tecnologia. Muitas empresas americanas dependem da China para produção e vendas, e as tensões comerciais podem forçar essas empresas a repensarem suas estratégias globais. A busca por alternativas à China como centro de produção pode levar a mudanças significativas na cadeia de suprimentos global e aumentar os custos para os consumidores.

Para se manter atualizado sobre as últimas notícias de tecnologia, você pode conferir este artigo sobre o resumo diário de notícias de tecnologia.

Próximos Passos para a Apple

Diante dos desafios atuais, a Apple precisa adotar uma abordagem estratégica para garantir o lançamento do Apple Intelligence na China. Isso pode incluir intensificar o diálogo com as autoridades regulatórias chinesas, fortalecer a parceria com a Alibaba e explorar outras alternativas de tecnologia de IA que estejam em conformidade com as regulamentações locais. Além disso, a Apple precisa monitorar de perto a evolução das relações comerciais EUA-China e adaptar seus planos de acordo.

A empresa também pode considerar investir em pesquisa e desenvolvimento de IA na China, a fim de reduzir sua dependência de tecnologias estrangeiras. Isso poderia envolver a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento na China, a colaboração com universidades e instituições de pesquisa locais e o recrutamento de talentos chineses na área de IA. Ao investir em inovação local, a Apple pode fortalecer sua posição no mercado chinês e garantir o acesso a tecnologias de IA de ponta.

Outra estratégia possível é focar em recursos de IA que sejam menos sensíveis às regulamentações chinesas. Por exemplo, a Apple pode lançar inicialmente recursos de IA que não envolvam dados pessoais ou informações confidenciais, e depois expandir gradualmente para áreas mais complexas. Isso permitiria que a empresa ganhasse a confiança das autoridades regulatórias chinesas e demonstrasse seu compromisso com a segurança e a privacidade dos dados.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via MacRumors.com

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.