Lei nos EUA criminaliza pornografia de vingança e deepfakes sem consentimento

Nova lei nos EUA pune divulgação de imagens íntimas sem consentimento e deepfakes. Infratores podem pegar até 3 anos de prisão.
Atualizado há 8 horas atrás
Lei nos EUA criminaliza pornografia de vingança e deepfakes sem consentimento
Nova lei nos EUA criminaliza imagens íntimas sem consentimento e deepfakes. (Imagem/Reprodução: G1)
Resumo da notícia
    • Donald Trump sancionou uma lei que criminaliza a divulgação não autorizada de imagens íntimas e deepfakes nos EUA.
    • Você pode estar mais protegido contra violações de privacidade e abusos digitais.
    • A lei impacta diretamente vítimas de pornografia de vingança e reforça a segurança online.
    • Plataformas digitais agora têm 48 horas para remover conteúdo denunciado.
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou uma lei federal que criminaliza a divulgação não autorizada de imagens íntimas, prática conhecida como pornografia de vingança. A legislação também pune a publicação de deepfakes criadas com inteligência artificial sem consentimento. Infratores podem enfrentar multas e até dois anos de prisão, ou até três anos se envolverem menores de 18 anos. A lei exige que sites e redes sociais removam o conteúdo em até 48 horas após a notificação.

Aprovada com amplo apoio no Congresso, a lei teve a colaboração de democratas e republicanos. A primeira-dama, Melania Trump, também manifestou seu apoio. Empresas como Meta, Google e Microsoft também se posicionaram a favor da legislação.

A lei define que, em casos de imagens reais ou deepfakes envolvendo adultos, os infratores estão sujeitos a multa e/ou até dois anos de prisão. Já em situações que envolvam menores de 18 anos, a pena pode chegar a multa e/ou até três anos de prisão.

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A nova legislação também impõe às plataformas digitais a obrigação de remover imagens e vídeos em até 48 horas após a notificação da vítima. Além disso, essas plataformas devem implementar medidas eficazes para evitar a replicação do conteúdo removido.

Apoio bipartidário e das big techs à nova lei contra Pornografia de vingança

A lei foi proposta pelo senador Ted Cruz, republicano do Texas, e pela senadora Amy Klobuchar, democrata de Minnesota, mostrando um apoio bipartidário significativo. Melania Trump também se manifestou a favor da lei durante a cerimônia de assinatura.

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A Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, expressou seu apoio à legislação. Segundo Andy Stone, porta-voz da Meta, a empresa tem desenvolvido e apoiado diversos esforços para prevenir o compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento, sejam elas reais ou geradas por IA. Outras gigantes da tecnologia, como Google e Microsoft, também manifestaram apoio à nova lei.

No Brasil, a divulgação não autorizada de imagens íntimas é considerada crime desde 2018. A Lei Rose Leonel (13.772/18) criminaliza o “registro não autorizado da intimidade sexual”, com pena de seis meses a um ano de detenção. A Lei 13.718/18 pune a “divulgação de cena de estupro, sexo ou pornografia sem consentimento”, com pena de um a cinco anos de prisão. Essa lei também prevê o aumento da pena se o autor tiver ou tiver tido relação íntima com a vítima ou se o crime for cometido por vingança ou humilhação.

Punições para Crimes de Pornografia de vingança no Brasil

A legislação brasileira também aborda a questão da violência psicológica contra a mulher. Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que aumenta a pena para crimes de violência psicológica contra a mulher cometidos com o uso de inteligência artificial ou tecnologias que modifiquem a imagem ou o som da vítima.

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Anteriormente, a pena para violência psicológica contra a mulher variava de seis meses a dois anos de reclusão. A nova lei aumenta essa punição em até 50% quando há o uso de IA ou qualquer outro recurso tecnológico que altere a imagem da vítima, como os deepfakes.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.