Leilão 700 MHz gera debates sobre metas de cobertura e acessibilidade

Leilão 700 MHz: debate sobre metas de cobertura e proibição de RAN Sharing gera polêmica entre operadoras. Saiba mais sobre as implicações para o futuro da telefonia móvel no Brasil!
Atualizado há 10 minutos
Leilão 700 MHz

Outros destaques

Servidor Doge governamental
Corte discurso Lady Gaga
Falha rifle XM7
Arma laser Ucrânia
Página não encontrada TecMundo

A Anatel encerrou a Consulta Pública sobre o edital do leilão de 700 MHz na sexta-feira, dia 2. Este espectro é crucial para expandir a cobertura de telefonia móvel no Brasil e atrair novos players. A maior divergência na proposta da Anatel diz respeito às metas de cobertura e como as empresas vencedoras cumprirão seus compromissos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leilão 700 MHz: Metas de Cobertura em Debate

A Anatel propôs uma cobertura gradual em três anos: 40%, 70% e 100% para os cinco maiores lotes (10 + 10 MHz). Lotes menores (5 + 5 MHz), destinados a operadoras menores, teriam metas mais flexíveis (20%, 35% e 50%). Diversas empresas sugeriram ajustes.

Muitas contribuições pedem metas iniciais de 20% para os maiores lotes, com conclusão em cinco anos. Para os lotes menores, a proposta é de 10% de avanço anual. A Associação NEO, representando empresas como Brisanet, Unifique e Algar, defende essa alteração, argumentando que considera a possibilidade de empresas que já operam na faixa de 3,5 GHz (5G) também se interessarem pelos lotes de 700 MHz.

A associação destaca que os novos entrantes em 5G já possuem metas a partir de 2026 e uma melhor distribuição de compromissos seria benéfica. A Vivo sugeriu manter as metas da Anatel, mas iniciando em 2028 em localidades com migração de telefonia fixa, e em 2027 para outras áreas.

A Telcomp propôs o início das obrigações em 2027, considerando a complexidade de prever as localidades a serem cobertas. A Tá Telecom, por sua vez, sugeriu inverter as metas da Anatel, tornando-as mais flexíveis para os lotes principais e mais rigorosas para os menores, para evitar que grandes operadoras se beneficiem de metas menos exigentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia também:

Leilão 700 MHz: RAN Sharing Proibido

O edital proposto pela Anatel proíbe, por cinco anos, acordos de RAN Sharing (compartilhamento de infraestrutura) entre a vencedora dos 15 primeiros lotes e grandes operadoras. A Tá Telecom considera essa restrição passível de impugnação, referenciando o caso Winity, que renunciou à faixa de 700 MHz após um acordo com a Vivo que incluía a proibição de RAN Sharing.

A Tá Telecom argumenta que essa restrição pode direcionar o leilão para empresas já estabelecidas. A TIM afirma que a proibição de compartilhamento não tem fundamentação jurídica ou econômica e a Vivo considera que pode prejudicar a concorrência e os consumidores. A Brisanet, por outro lado, apoia a restrição para empresas que já detêm a faixa de 700 MHz na mesma área geográfica, para evitar especulação.

A Brisanet sugere que a Anatel impeça casos como o da Winity, obrigando a renúncia do bloco se a empresa vencedora for adquirida por uma prestadora que já opera na mesma região. Várias empresas mencionaram a necessidade de atualizar a legislação sobre instalação de infraestrutura de telecomunicações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Abrintel sugere que a empresa vencedora priorize municípios com legislação compatível com a Lei Federal de Antenas. A Conexis apontou que 7,16% das cidades brasileiras não tinham a regulação de antenas atualizada. A Claro, por sua vez, mencionou a possível inclusão de práticas ESG nos editais futuros.

Considerações Finais sobre o Leilão 700 MHz

As contribuições recebidas serão analisadas pela Anatel. O leilão de 700 MHz está previsto para este ano. A discussão sobre as metas de cobertura e a proibição do RAN Sharing demonstram a complexidade da regulamentação do espectro de radiofrequências e a necessidade de equilibrar os interesses de diferentes atores do setor.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.