A inovação em jogos de aventura narrativa parece não ter limites, e Lost Records: Bloom & Rage é a prova disso. O jogo desafia as convenções do gênero, oferecendo uma experiência que revitaliza a fórmula consagrada. Com mudanças de perspectiva, um autêntico gravador no jogo e opções de diálogo que surgem naturalmente, o título mostra que ainda há espaço para criatividade e surpresas.
Uma lufada de ar fresco no gênero de aventura narrativa
O formato de jogos de aventura narrativa parece bem definido: exploração em terceira pessoa em espaços limitados, intercalada com conversas nas quais os jogadores precisam tomar decisões impactantes que moldam a história. Às vezes, um quebra-cabeça é adicionado para completar, mas esses segmentos de gameplay são geralmente os pontos fracos de títulos de aventura narrativa, como Life is Strange: Double Exposure. Lost Records: Bloom & Rage, por outro lado, não tem esse problema.
Em 2014, a Don’t Nod foi o primeiro estúdio fora da Telltale a mostrar que o gênero de aventura narrativa tinha fôlego com o Life is Strange original. Agora, muitos dos desenvolvedores que trabalharam nos dois primeiros jogos de Life is Strange estão de volta com um novo jogo que busca impulsionar o gênero novamente. Embora muitos jogos de aventura narrativa possam parecer iguais hoje em dia, o primeiro episódio de Lost Records: Bloom & Rage, que já está disponível, me lembrou que ainda há muito espaço para inovação na área.
Desde a forma como muda as perspectivas para diferenciar o que está acontecendo no passado e no presente até a forma como algumas opções de diálogo podem aparecer naturalmente, passando pela sensação chocantemente autêntica da camcorder no jogo, Lost Records não tem medo de brincar com as convenções do gênero. Isso o torna um jogo obrigatório para os fãs de títulos de aventura narrativa e, esperançosamente, o começo de algo novo para a Don’t Nod.
Uma cativante história sobre a vida
O primeiro episódio de Lost Records: Bloom & Rage salta entre duas linhas temporais diferentes. No presente, apresentado por meio de uma perspectiva em primeira pessoa, vemos um grupo de amigos se reunindo em sua cidade natal depois de mais de vinte anos sem se falar. Eles estão se reunindo para relembrar sua infância depois que um deles recebe um pacote misterioso endereçado ao nome de sua antiga banda.
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Enquanto conversam, Lost Records volta para a década de 1990, onde os jogadores — em uma perspectiva em terceira pessoa — acompanham a personagem principal, Swann, enquanto ela conhece este grupo de amigos pela primeira vez. O mistério central vem de descobrir o que aconteceu durante aquele verão que fez com que esses amigos nunca mais se falassem. Junte um pouco do sobrenatural e você terá uma reviravolta inteligente na história de amadurecimento que a Don’t Nod é conhecida por contar com seus jogos de aventura narrativa.
Embora a era dos vídeos caseiros e das bandas riot grrrl que os segmentos passados de Lost Records evocam seja um pouco anterior à minha época, ainda encontrei muito com que me identificar nesta história sobre a vida. Se você já lutou contra a ansiedade social, para fazer amigos, encontrar maneiras de se expressar ou se reconectar com amigos com quem não fala há anos, então a jornada de Swann em Lost Records irá ressoar em você. Com base apenas na narrativa e na escrita, a Don’t Nod já nos lembra por que é mestre na aventura narrativa e lança as bases para criar um sucessor espiritual digno de Life is Strange.
Uma mudança de perspectiva em Lost Records: Bloom & Rage
As partes de Lost Records que se passam no passado com Swann são as mais parecidas com o típico jogo de aventura narrativa, mas a Don’t Nod coloca uma mecânica de camcorder em cima disso para dar a esses segmentos uma sensação única. Swann é uma cinegrafista que gosta de fazer vídeos caseiros de tudo o que encontra, de animais a seus amigos. Os jogadores são constantemente incentivados a sacar a câmera de Swann e filmar o que está acontecendo, podendo então editar levemente essa filmagem em vídeos caseiros.
O giroscópio do controle DualSense dá a esses segmentos uma sensação autêntica e faz com que pareça que não estou apenas interagindo com o mundo de Lost Records da mesma forma que em outros jogos de aventura narrativa. O gameplay é muito mais simples no presente, mas a mudança para a perspectiva em primeira pessoa é bastante eficaz.
A perspectiva em terceira pessoa dos segmentos passados faz sentido, pois o jogador deve se sentir como um espectador dessas memórias; ao tornar os segmentos modernos em primeira pessoa, reforça tematicamente que esses momentos estão acontecendo no aqui e agora e faz com que o reencontro com esses amigos digitais pareça ainda mais íntimo e pessoal.
Eu gosto de como Lost Records permite que os jogadores procurem respostas em seu ambiente também. Por exemplo, posso olhar ao redor em primeira pessoa enquanto estou no bar para desbloquear novas opções para qual bebida Swann vai pedir. Muitas dessas escolhas continuam a surgir, muitas vezes com mais peso narrativo, mas reforça a sensação de que os jogadores estão moldando a história com base em suas ações. Phil Spencer, chefe da Xbox, avaliou recentemente a PlayStation e criticou jogos como serviço, leia mais sobre isso!
Em sua essência, a estrutura orientada por escolhas de Lost Records não é tão diferente do que os jogadores faziam há uma década em Life is Strange. Mas ao colocar essas pequenas reviravoltas na fórmula, a Don’t Nod revigora um gênero que tem se sentido desesperado por inovação recentemente. Contar uma história imersiva e identificável contribui muito, mas os jogos verdadeiramente excelentes baseados em narrativa encontram maneiras de desafiar ou evoluir as convenções do gênero de maneiras que nunca pensamos antes. Lost Records se diferencia da multidão ao fazer exatamente isso.
Disponibilidade e Continuação da História
Lost Records: Bloom & Rage Tape 1 já está disponível para PC, PS5 e Xbox Series X. O Tape 2 será lançado e concluirá a história em 15 de abril. E falando em jogos, que tal conhecer os lançamentos de jogos desta semana, incluindo Avowed e Like a Dragon?
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Digital Trends