Lucro da Nintendo na era do NES era concentrado na fabricante, diz veterano da CAPCOM

Estudos revelam que a Nintendo liderava os lucros no período do NES, enquanto desenvolvedores externos enfrentavam dificuldades para monetizar jogos.
Atualizado há 22 horas atrás
Lucro da Nintendo na era do NES era concentrado na fabricante, diz veterano da CAPCOM
Nintendo dominava lucros no NES, enquanto desenvolvedores externos lutavam para vender jogos. (Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • A Nintendo tinha lucro consistente na era do NES, enquanto outros desenvolvedores enfrentavam dificuldades financeiras.
    • Você pode entender por que o controle financeiro da indústria era tão concentrado na Nintendo na época.
    • Essa estrutura econômica influenciou a evolução atual dos modelos de negócios de jogos.
    • O cenário revela que a lucratividade estava concentrada na fabricante de consoles, impactando o mercado de jogos.
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Durante a era do famoso console NES, conhecido no Japão como Famicom, a Nintendo era a única empresa a registrar um lucro da Nintendo na NES de forma consistente. Essa informação vem de Yoshiki Okamoto, um veterano da CAPCOM, que produziu jogos clássicos como Street Fighter II. Ele compartilhou essa perspectiva em um vídeo recente.

Apesar da grande popularidade do NES, o cenário financeiro para os desenvolvedores de jogos externos era desafiador. Segundo Okamoto, que concedeu uma entrevista sobre o tema, muitas empresas, incluindo a própria CAPCOM, enfrentavam dificuldades para monetizar os títulos lançados para o sistema Famicom e NES. O desenvolvimento era custoso e o retorno financeiro, incerto.

O Cenário Financeiro na Era dos Videogames Clássicos

Yoshiki Okamoto explicou em seu depoimento, que foi amplamente divulgado pelo portal Automaton, que a dinâmica da indústria era bem peculiar. Embora pudessem existir algumas exceções, a regra era que as empresas envolvidas na produção de jogos não obtinham grandes ganhos. Para muitos, era um esforço contínuo com pouca recompensa.

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Essa estrutura gerava um contraste notável: enquanto o console da Nintendo vendia milhões de unidades e era um sucesso estrondoso entre os jogadores, o ecossistema de desenvolvedores terceirizados não conseguia replicar esse desempenho financeiro. O modelo de negócios da época favorecia predominantemente a fabricante do console.

A experiência de estúdios como a CAPCOM, uma das maiores desenvolvedoras de jogos da época, ilustra bem essa dificuldade. Mesmo com a criação de títulos icônicos que marcaram gerações, o desafio de gerar receita com os jogos para o NES era uma constante. Isso mostra uma fase da indústria onde o lucro estava concentrado em poucas mãos.

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Essa perspectiva oferece uma visão interessante sobre os bastidores da indústria de jogos nos anos 80 e início dos 90, um período crucial para a formação do mercado atual. A forma como as empresas conseguiam ou não gerar lucros influenciou decisões futuras e o desenvolvimento de parcerias e modelos de negócio, culminando, por exemplo, na forma como se discute hoje a manutenção de preços de jogos.

O depoimento de Okamoto-san reforça a posição única que a Nintendo ocupava no mercado. Ela não era apenas a líder em vendas de consoles, mas também a que conseguia extrair o maior retorno financeiro de cada título. Isso sugere um controle rigoroso sobre os termos de licenciamento e a produção de cartuchos.

Para os fãs de jogos antigos, essa revelação adiciona uma camada de complexidade à nostalgia. Saber que por trás de clássicos como o Remake de Super Mario Bros. chega ao PC existia um cenário financeiro tão desequilibrado, oferece uma nova forma de apreciar a história do desenvolvimento de games. A era do NES, embora gloriosa para o público, tinha suas próprias peculiaridades econômicas para os estúdios.

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A compreensão desse período é essencial para entender a evolução da indústria de jogos. As lições aprendidas sobre modelos de negócios e a relação entre fabricantes de consoles e desenvolvedores de software continuam relevantes. As estratégias adotadas no passado moldaram as parcerias e o crescimento que vemos hoje no cenário de gaming.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.