Para aqueles que se lembram dos cortes de impostos que tornaram os carros populares mais acessíveis, pode haver mais boas notícias no horizonte. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está considerando trazer de volta o programa de incentivo à compra de eletrodomésticos que foi introduzido durante seu segundo mandato. Ele fez esse anúncio na quarta-feira (12) em Brasília (DF).
Em uma cerimônia em homenagem a cientistas e pesquisadores no Palácio do Planalto, Lula destacou que sugeriu o relançamento do programa ao vice-presidente Geraldo Alckmin após o sucesso das vendas de carros. “Por que não dar outra chance aos eletrodomésticos?” ele comentou.
Segundo o presidente, uma nova edição potencial do programa ofereceria descontos em produtos como geladeiras, fogões, máquinas de lavar e televisores, entre outros. “As pessoas precisam substituir seus eletrodomésticos de tempos em tempos”, justificou.
Não apenas Alckmin, mas Lula também abordou a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, solicitando sua colaboração na redução dos preços dos eletrodomésticos. “Vamos afrouxar um pouco os cordões da bolsa”, disse, brincando.
Redução do IPI em eletrodomésticos
O programa ao qual Lula se referiu é a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que entrou em vigor em abril de 2009 e durou três meses. Na época, o benefício incluía quatro eletrodomésticos, que tiveram uma diminuição nos preços.
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Para geladeiras, o IPI foi de 15% para 5%, enquanto o imposto sobre fogões, inicialmente em 5%, foi anulado durante esse período, o mesmo ocorrendo com as máquinas de lavar pequenas. As máquinas de lavar viram seu IPI ser reduzido pela metade, caindo de 20% para 10%.
Caso o programa retorne, Lula alertou sobre a necessidade de “consumo responsável”. Em resposta à possibilidade, Tebet pediu paciência, afirmando que um desconto no imposto sobre eletrodomésticos não está atualmente em discussão pelo governo.