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- Uma pesquisa mostrou que a maioria das atletas de elite apoia a inclusão de pessoas intersexo em competições esportivas.
- O estudo destaca a necessidade de revisar políticas esportivas para promover igualdade e justiça.
- A inclusão pode impactar diretamente atletas intersexo, garantindo-lhes oportunidades equitativas.
- O debate também reflete mudanças sociais em direção a um esporte mais inclusivo e diverso.
A inclusão de atletas intersexo no mundo dos esportes tem gerado debates acalorados. Recentemente, uma pesquisa revelou que a maioria das atletas de elite apoia a participação de mulheres com diferenças no desenvolvimento sexual (DDS) em competições. Esse estudo traz à tona questões de justiça, igualdade e a necessidade de revisar as políticas esportivas atuais para garantir um ambiente mais inclusivo e ético para todos.
O Cenário Histórico e a Segregação no Esporte
Desde a revitalização dos jogos olímpicos por Pierre de Coubertin, a participação feminina foi historicamente restrita. Coubertin acreditava que a olimpíada celebrava a “proeza masculina” e que a presença feminina seria “impraticável, desinteressante, inestética e incorreta”. A entrada de mulheres nos Jogos de Paris em 1900 marcou o início da separação por categorias de sexo, visando uma competição “justa”.
Nos anos 1960, o Comitê Olímpico introduziu verificações de sexo, criando uma estrutura binária que segregava pessoas com DDS. Essas medidas, sob o pretexto de justiça, estabeleceram critérios excludentes, levantando questões sobre direitos e ética no esporte. Recentemente, o iFood amplia atuação e passa a oferecer mais que entrega de comida, buscando atender a um público mais amplo e diverso, assim como o esporte almeja.
A Pesquisa com Atletas de Elite
Uma pesquisa recente ouviu 147 atletas de elite (designadas como mulheres ao nascer) sobre a inclusão de mulheres com DDS em esportes de contato, como rúgbi, e modalidades sem contato que dependem da capacidade física, como corrida de velocidade. Os resultados mostraram que 43% das atletas consideram a inclusão justa, enquanto 36% a consideram injusta, revelando uma divisão de opiniões sobre o tema. Veja aqui as cidades com mais startups no Brasil, mostrando um cenário de diversidade e inovação, similar à busca por inclusão no esporte.
As DDS abrangem condições relacionadas a genes, hormônios e órgãos reprodutivos, resultando em desenvolvimentos distintos do padrão típico. Indivíduos com cromossomos XY (associados ao sexo masculino) podem apresentar genitália externa feminina, por exemplo. O termo “intersexo” engloba essa diversidade biológica além das classificações binárias tradicionais de sexo.
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O Que São Diferenças no Desenvolvimento Sexual (DDS)?
É importante notar que muitas pessoas com DDS não se declaram intersexo, pois suas características genéticas ou hormonais atípicas podem não afetar sua identidade de gênero. Um exemplo é o de uma mulher croata com células majoritariamente XY que menstruava e teve filhos sem complicações, mantendo-se cisgênero, demonstrando que diferenças biológicas não determinam conflitos de identidade.
Além disso, 82,2% das atletas criticam a falta de inclusão nas federações esportivas. A maioria rejeita categorias específicas para DDS, principalmente em esportes de precisão (69,5%). Quase 70% consideram injustos os critérios da World Athletics para mulheres com DDS, e 67,2% veem como antiético exigir medicamentos para sua participação. Esses dados evidenciam a necessidade urgente de revisão das políticas esportivas.
O Caso Caster Semenya e a Busca por “Proteção”
Em 2009, a sul-africana Caster Semenya, medalhista olímpica e campeã mundial, foi submetida a testes de verificação de sexo por ter DDS e testosterona elevada. Em 2019, a World Athletics exigiu que atletas como ela reduzissem seus hormônios para competir. Essa situação gerou críticas sobre o tratamento diferenciado em relação a vantagens naturais de outros atletas, como Michael Phelps, que produz menos ácido lático.
O líder da pesquisa, Dr. Shane Heffernan, da Universidade de Swansea, no País de Gales, ressalta que “Até o momento, não foi demonstrado empiricamente que atletas com DDS tenham vantagem atlética em esportes de elite. Independentemente disso, sua elegibilidade tem sido questionada há muitos anos devido a alguns atletas individuais bem-sucedidos”. Recentemente, um estudo sobre celacanto revela novas descobertas sobre evolução craniana de vertebrados, mostrando como a ciência avança na compreensão da diversidade biológica.
Inclusão de pessoas intersexo: Vozes e Políticas em Transformação
Segundo o Dr. Alun Williams, colaborador do estudo, a World Athletics planeja unificar seus regulamentos para atletas transgêneros e atletas com DDS. O maior mérito da pesquisa, no entanto, foi dar voz às atletas femininas, as mais impactadas por esses critérios de elegibilidade em constante mudança. Essa mudança pode ser comparada à forma como a inteligência artificial está revolucionando o varejo no Brasil, trazendo novas perspectivas e abordagens.
A pesquisa foi publicada na revista European Journal of Sport Science. O debate sobre a inclusão de atletas trans e intersexo no esporte continua, com diversas opiniões e a necessidade de políticas mais justas e inclusivas. É fundamental que as federações esportivas revejam seus critérios e promovam um ambiente onde todos possam competir em igualdade.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo