Mercado Indiano de Smartphones Registra Queda de 7%

O mercado de smartphones na Índia deu uma esfriada no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados recentes da CounterPoint Research, as remessas de aparelhos caíram 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa baixa acontece em meio a desafios de estoque enfrentados por grandes nomes como a Xiaomi, que ocupa o quarto lugar nesse mercado crucial.

Apesar do cenário geral mais contido, um segmento específico está indo na contramão: o de aparelhos mais caros. Celulares com preço acima de 45.000 rúpias (cerca de US$ 540) viram suas vendas aumentarem 15%, conquistando 14% de participação de mercado. Esse foi o segmento que mais cresceu, mostrando uma busca por aparelhos premium.

A Xiaomi, conhecida na Índia por oferecer aparelhos com bom custo-benefício, está se ajustando a essa nova realidade. A estratégia da empresa inclui simplificar sua linha de produtos e focar mais nas experiências premium que os consumidores indianos estão buscando cada vez mais. Essa mudança parece oportuna, já que outras marcas estão mais focadas em vender estoques antigos do que em lançar muitas novidades.

Líderes do Mercado Indiano

O relatório da CounterPoint mostra um mercado bastante competitivo. A Vivo manteve a liderança pelo terceiro trimestre seguido, com uma fatia de 22% do mercado e um crescimento de 9% em relação ao ano passado. Seus modelos mais acessíveis, abaixo de 15.000 rúpias (aproximadamente US$ 180), tiveram um desempenho particularmente bom.

A Samsung ficou em segundo lugar, com 17% de participação. A empresa lançou diversos modelos em diferentes faixas de preço, e a linha S25 Ultra ajudou a série S a atingir recordes no segmento premium. Falando em lançamentos, um vazamento recente sugere novidades para o Galaxy S25 Edge. A performance da Samsung também é impulsionada por atualizações de sistema, como a chegada da One UI 7.

A OPPO aparece em terceiro, com 15% do mercado, seguida pela Xiaomi, com 13%, e a Realme, com 11%. Mesmo com os problemas de estoque que afetaram um pouco seus números, a Xiaomi continua sendo uma força importante no mercado indiano. Para usuários da marca, é sempre bom verificar a compatibilidade com novas versões do sistema, como o HyperOS.

Segmento Premium Desafia a Queda

Mesmo com a retração geral, o segmento de altíssimo padrão na Índia mostrou resiliência. Essa faixa de mercado registrou um primeiro trimestre histórico, com crescimento de 29% nas remessas. Esses aparelhos mais caros agora representam 26% do valor total do mercado de smartphones indiano, um sinal claro da tendência de “premiumização”.

Essa busca por aparelhos mais sofisticados traz tanto desafios quanto oportunidades para a Xiaomi. A empresa continua a expandir sua presença em faixas de preço mais altas, com modelos como a série Xiaomi 15, que oferecem recursos flagship a preços competitivos, mirando justamente nesse consumidor que busca mais tecnologia.

O Desafio do Estoque Parado

O relatório aponta a gestão de inventário como o maior desafio atual para as marcas de smartphones na Índia. Com os estoques altos, o número de lançamentos de novos produtos caiu 26% anualmente. As fabricantes se concentraram em vender os modelos já existentes para manter as operações estáveis e liberar espaço para futuras novidades e inovações em dispositivos móveis.

Essa estratégia de “limpar a casa” antes de trazer novos produtos é comum em períodos de ajuste de mercado. A expectativa é que, conforme os níveis de estoque se normalizem, as empresas voltem a apresentar mais lançamentos.

À medida que o mercado indiano busca reequilibrar seus níveis de estoque, observadores da indústria esperam uma possível recuperação na segunda metade de 2025. A expectativa é que as marcas voltem a lançar produtos mais novos e com melhorias assim que a pressão sobre os estoques diminuir. Para os fãs da Xiaomi, isso pode significar lançamentos interessantes nos próximos meses, enquanto a empresa continua a fortalecer sua posição neste mercado estratégico.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via XiaomiTime

André Luiz

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.