Mercado de robótica industrial deve atingir US$ 291 bilhões até 2035, aponta relatório

Um novo relatório aponta que o mercado global de robótica industrial pode alcançar US$ 291,1 bilhões até 2035, um salto expressivo em relação aos atuais US$ 55,1 bilhões. Avanços em automação, Integração com IA e o crescimento da chamada Indústria 4.0 explicam esse cenário. O estudo da Future Market Insights destaca o aumento da adoção especialmente nos setores automotivo, eletrônico e farmacêutico.

Principais motores do crescimento da robótica industrial até 2035

O relatório indica que a demanda por Robótica industrial até 2035 deve aumentar graças à necessidade das fábricas automatizarem processos para reduzir custos operacionais e falta de mão de obra qualificada. Situações como escassez global de trabalhadores e pressão por entregas mais rápidas impulsionam investimentos em automação. Dessa forma, fábricas adotam robôs para melhorar eficiência e garantir a qualidade na produção.

A região da Ásia Oriental já responde por aproximadamente dois terços do mercado mundial de robôs industriais, com expectativa de crescimento contínuo. Países como China, Japão e Coreia do Sul lideram o uso de tecnologia robótica para suprir o crescimento acelerado da indústria e demandas locais. A tendência deve reforçar ainda mais a concentração regional nos próximos anos.

Outro fator chave é a busca por soluções flexíveis e customizáveis, que podem ser facilmente adaptadas conforme as necessidades. Robôs industriais estão deixando de ser máquinas rígidas para funcionar lado a lado com operadores humanos através dos cobots. Esses collaborative robots possuem sensores e sistemas de segurança que facilitam a interação segura no mesmo ambiente.

Com a integração de Inteligência Artificial, os robôs industriais ganham capacidades de análise de dados em tempo real, reconhecimento de padrões e aprendizado adaptativo. Isso significa que eles podem tomar decisões autônomas para otimizar linhas de montagem, prever falhas ou ajustar processos com pouca intervenção humana.

Setores mais impactados pela robótica e avanços tecnológicos

Segundo o relatório, setores como automotivo, eletrônico, farmacêutico e aeroespacial lideram a adoção de robôs industriais inteligentes. Na produção de veículos, robôs realizam tarefas repetitivas com precisão e velocidade, reduzindo falhas. Em eletrônicos, eles possibilitam a montagem de componentes minúsculos, com alta acurácia, melhorando a qualidade dos produtos finais.

Na indústria farmacêutica, a utilização de robôs contribui para manter padrões rigorosos de segurança e higiene, essenciais para manipulação de medicamentos. Já no setor aeroespacial, a precisão dos robôs é fundamental em processos de fabricação sofisticados e delicados. Todos esses segmentos exigem produtividade elevada e erros mínimos.

Os cobots, por exemplo, continuam ganhando espaço porque trabalham ao lado dos trabalhadores humanos com segurança, colaborando na montagem leve ou no manuseio cuidadoso de peças. Além de reduzir riscos ergonômicos, eles agregam agilidade às linhas produtivas, se beneficiando da capacidade de aprender novas funções rapidamente.

Outro ponto citado pela Future Market Insights é o valor agregado dos sistemas baseados em IA que ampliam as funcionalidades robóticas. Com análise preditiva, sensores avançados e aprendizado automático, os robôs industriais ficam mais aptos a otimizar rotinas, antever problemas e lidar com cenários variáveis.

Perspectivas e tecnologias que moldam o futuro da automação

Projeções indicam que a adoção global da robótica industrial acelerará junto com a disseminação do conceito de Indústria 4.0. Essa tendência conecta máquinas, sistemas e dados em tempo real, criando cadeias produtivas inteligentes e integradas. Tecnologias como aprendizado de máquina, visão computacional e redes de sensores reforçam esse movimento.

De acordo com o levantamento, os avanços nessas áreas tornarão a automação ainda mais necessária e rotineira, não apenas para grandes indústrias, mas também para pequenos e médios negócios. O relatório aponta que a adoção em larga escala passará de diferencial competitivo para uma obrigação diante da busca por eficiência.

Vale destacar que, paralelamente ao crescimento da robótica, há também oportunidades para tecnologias complementares, como os gêmeos digitais alimentados por IA, que facilitam testes e ajustes sem a necessidade de parar as linhas reais. Aplicações desse tipo estão ganhando relevância em diversos setores industriais.

Na agricultura, por sinal, o uso de máquinas autônomas supervisionadas remotamente está transformando práticas de cultivo e colheita, trazendo automação para rotinas antes manuais, semelhantes aos desenvolvimentos vistos no setor industrial tradicional.

Robótica, IA e transformação no ambiente produtivo

Um ponto ressaltado é a sinergia crescente entre robôs industriais e softwares de Inteligência Artificial. Essa combinação amplia muito o uso da automação eficiente com capacidade de aprendizado. Robôs deixam de cumprir tarefas repetitivas para executar funções que exigem certo nível de análise e tomada de decisão em tempo real.

Com a análise de dados, previsões e aprendizado automatizado, os robôs são capazes de detectar padrões de funcionamento, identificar problemas e corrigir rotinas de maneira independente. Isso reduz o tempo de inatividade por falhas e aumenta o aproveitamento das máquinas, contribuindo para melhorar a competitividade das fábricas.

O relatório também reforça o papel dos cobots, que podem colaborar lado a lado com operadores humanos em ambientes compartilhados. Esses robôs colaborativos tendem a ganhar ainda mais espaço, favorecendo a customização de processos e o aumento na segurança do trabalho.

Essas mudanças estruturais tornam a cadeia produtiva mais ágil, flexível e adaptável a flutuações de mercado ou a necessidade de produzir diferentes tipos de bens com rapidez. A perspectiva é que essa transformação continue acelerando conforme robôs e IA evoluem em desempenho e redução de custos.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André Luiz

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.