Mercado de TVs global cai 12,2% no 3º trimestre de 2025 devido a mudanças na demanda

Envio de TVs no mundo cai 12,2% no Q3 2025, com queda expressiva na China e crescimento em outras regiões.
Atualizado há 4 horas
Mercado de TVs global cai 12,2% no 3º trimestre de 2025 devido a mudanças na demanda
(Imagem/Reprodução: Xiaomitime)
Resumo da notícia
    • A venda global de TVs teve queda de 12,2% no terceiro trimestre de 2025, especialmente na China.
    • Você pode notar mudanças na oferta e preços devido à desaceleração das vendas no mercado chinês.
    • O desempenho varia regionalmente, com aumento nas vendas na América do Norte e Ásia-Oceania.
    • A diversificação geográfica torna-se essencial para fabricantes de televisores se adaptarem às novas demandas.

Relatórios recentes da Omdia indicam que os envios globais de TVs devem totalizar 52,5 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2025. Esse volume representa um pequeno declínio de 0,6% em comparação ao ano anterior. No entanto, o mercado chinês apresentou uma tendência bem distinta, registrando uma queda significativa de 12,2% no mesmo período. Essa divergência regional ressalta mudanças nos padrões de consumo de televisores em todo o mundo.

Mudanças na Venda de TVs na China

A queda acentuada na venda de TVs na China está diretamente ligada ao grande crescimento observado no ano anterior. Programas de subsídio do governo foram fundamentais para impulsionar a aquisição de novos aparelhos. Essas iniciativas aceleraram as atualizações de TVs, especialmente entre as famílias, antecipando uma demanda futura.

Basicamente, os subsídios incentivaram muitas pessoas a trocarem suas TVs mais cedo do que o normal. Como a maioria dos usuários já realizou suas atualizações, o terceiro trimestre de 2025 entrou em uma fase natural de desaceleração. O mercado chinês começou a se ajustar após o forte impulso.

Com a normalização da demanda, fabricantes como a Xiaomi, que possui uma grande presença no segmento de TVs, registraram uma diminuição notável no volume de envios. O mercado doméstico teve que se adaptar após o aumento expressivo de vendas no ano anterior, refletindo um cenário mais estável, mas com menos crescimento.

A situação mostra como incentivos governamentais podem criar picos de demanda, seguidos por períodos de ajuste. Para as empresas do setor, entender esses ciclos é crucial para planejar a produção e as vendas. A dinâmica exige flexibilidade e uma visão de longo prazo para o mercado.

Diferenças no Desempenho dos Mercados Globais

Enquanto a China observava uma retração, outras regiões apresentaram um desempenho mais equilibrado e até positivo. A América do Norte, por exemplo, registrou um aumento de 2,3% ano a ano. Isso reflete uma confiança estável por parte dos consumidores na região, que continuam a investir em novos aparelhos eletrônicos.

Os mercados da Ásia e Oceania se destacaram ainda mais, mostrando um crescimento robusto de 7,7% em comparação anual. Esses números sugerem uma forte atividade de compra e uma demanda crescente por televisores nessas áreas. A busca por tecnologia atualizada e melhores experiências visuais impulsiona o consumo.

Esses mercados de crescimento se tornaram pontos estratégicos para as marcas chinesas, que buscam expandir suas operações. Com a desaceleração do seu mercado interno, muitas empresas estão focando em regiões vizinhas e outras partes do mundo. A penetração de smart TVs, por exemplo, continua em ascensão, abrindo novas portas.

A diversificação geográfica é um caminho natural para companhias que antes dependiam muito de um único mercado. Marcas como a Xiaomi, que já tem uma presença forte em smartphones em mercados emergentes, podem replicar essa estratégia para suas TVs, buscando novos consumidores e oportunidades.

Efeito nas Categorias de TVs de Tela Grande

A desaceleração no mercado chinês teve um impacto direto nos envios de televisores com telas maiores. Os dados da Omdia mostram que a categoria de 80 polegadas ou mais viu sua taxa de crescimento trimestral cair significativamente. Passou de mais de 40% no ano passado para 23,1%, indicando um arrefecimento no entusiasmo pela expansão do tamanho das telas.

De maneira similar, o segmento de TVs entre 70 e 79 polegadas também mostrou um crescimento mais modesto, alcançando 1,1%. Esses números refletem uma saturação mais ampla no mercado, inclusive nos nichos de alta performance. Mesmo as categorias que antes se mantinham resilientes devido a consumidores premium estão começando a se estabilizar.

Isso sugere que o ciclo de grandes atualizações de tela pode estar se completando, mesmo entre os consumidores que buscam monitores OLED mais acessíveis. Para marcas que planejam inovações em telas futuras, como a linha premium de TVs da Xiaomi, será crucial recalibrar o posicionamento dos produtos. É preciso adequar as ofertas a essa nova realidade de mercado.

A atenção agora se volta para diferenciais além do tamanho, como qualidade de imagem, recursos inteligentes e integração com outros dispositivos. As empresas precisam entender que o mercado evolui, e a inovação deve acompanhar as novas expectativas dos consumidores, que já possuem telas grandes e esperam mais do que apenas um upgrade de tamanho.

As tendências observadas no mercado global de TVs mostram um cenário dinâmico e diversificado. O crescimento não acontece de forma uniforme em todas as regiões. A necessidade de compreender as particularidades de cada localidade e ajustar as estratégias de produção e vendas é fundamental para as fabricantes. A busca por inovações e a adaptação aos diferentes comportamentos de consumo serão os pontos chave para o futuro deste setor.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Xiaomitime

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.