Meta resolve vulnerabilidade que expunha dados de usuários em IA

Meta corrigiu uma brecha na IA, que permitia acesso a dados privados de usuários, após denúncia de segurança.
Atualizado há 10 horas atrás
Meta resolve vulnerabilidade que expunha dados de usuários em IA
Meta fecha falha de segurança que expunha dados privados de usuários. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Houve uma vulnerabilidade na plataforma de IA da Meta que expunha informações de usuários sem autorização.
    • Usuários podem se sentir vulneráveis ao saber que seus dados podem ser acessados por terceiros.
    • A correção da falha protege a privacidade de usuários e evita acessos não autorizados a informações confidenciais.
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A Meta, empresa por trás de plataformas como WhatsApp, Instagram e Facebook, agiu rapidamente para corrigir uma brecha de segurança em seu serviço de inteligência artificial (IA). A vulnerabilidade, que foi exposta pelo especialista em cibersegurança Sandeep Hodkasia ao site TechCrunch, permitia que usuários acessassem informações privadas de outras pessoas. A correção da Falha na Meta AI aconteceu cerca de um mês após a denúncia formal.

Sandeep Hodkasia, fundador da empresa de testes de segurança AppSecure, identificou a falha no funcionamento do chatbot Meta AI no final de dezembro de 2024. A brecha possibilitava que um usuário visse o que outras pessoas estavam perguntando ao serviço e as respostas geradas, mesmo que fossem solicitações particulares e sem qualquer tipo de autorização. Isso representava uma séria violação de privacidade dos dados.

Por sua descoberta e denúncia, Sandeep recebeu uma recompensa de US$ 10 mil, que equivale a pouco mais de R$ 55 mil em conversão direta. A Meta confirmou a existência da falha ao TechCrunch e informou que ela foi devidamente corrigida por meio de uma atualização. A companhia afirmou que não há sinais de que a brecha tenha sido usada por terceiros mal-intencionados.

Como era a Falha na Meta AI

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A vulnerabilidade no chatbot de serviço de inteligência artificial da Meta estava ligada ao histórico de interações mantido pelo sistema. Aparentemente, a plataforma atribuía um código numérico para cada interação feita por um usuário, que incluía tanto a pergunta quanto o conteúdo gerado pela IA. Esse número era então usado para recuperar essas informações caso o usuário solicitasse à IA.

O problema descoberto por Sandeep era que, ao analisar os dados de tráfego do navegador, ele percebeu que poderia substituir o número de identificação único de sua própria interação por qualquer outro. Ao repetir o pedido com um código diferente, o servidor da Meta entregava a ele uma interação que pertencia a outro usuário. O sistema não verificava se o conteúdo realmente pertencia à pessoa que fez a solicitação, causando a vulnerabilidade no sistema de IA que expunha dados privados.

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Esse número, que era relativamente fácil de adivinhar, poderia permitir que agentes mal-intencionados acessassem e coletassem prompts de várias pessoas de forma automatizada. Isso abriria caminho para a obtenção massiva de solicitações privadas ou até mesmo de informações corporativas, resultando em uma grande violação de privacidade dos usuários. A segurança da IA e a proteção de dados são pontos cruciais nesse cenário.

Essa não é a primeira vez que a Meta precisa ajustar suas plataformas devido a denúncias de segurança ou comportamento inadequado de suas IAs. Chatbots da empresa já foram relatados por acidentalmente compartilharem números de telefone de usuários e até mesmo por gerarem conversas de teor sexual com menores de idade, destacando a complexidade do gerenciamento de sistemas de inteligência artificial.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.