Meta suspende anúncios políticos na União Europeia devido a nova legislação

Meta deixará de exibir anúncios políticos na UE por causa de novas regulamentações, afetando a transparência e o alcance das campanhas.
Atualizado há 8 horas atrás
Meta suspende anúncios políticos na União Europeia devido a nova legislação
Meta interrompe anúncios políticos na UE devido a novas regulamentações. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Meta anunciou que não exibirá mais anúncios políticos na UE por causa de novas regras do bloco.
    • Usuários podem continuar a publicar debates sobre política livremente nas redes sociais da Meta.
    • Novas regras exigem maior transparência e restrições no uso de dados pessoais em campanhas políticas.
    • A decisão impacta o alcance de campanhas e a estratégia de publicidade na União Europeia.
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A Meta comunicou, na sexta-feira (25), que não exibirá mais anúncios políticos na UE em suas plataformas para quem mora nos países da União Europeia. A decisão segue as novas regras do bloco para este tipo de conteúdo. A mudança, que também abrange propagandas eleitorais e sobre questões sociais, começa a valer a partir de outubro.

Apesar dessas restrições para anúncios, vale lembrar que candidatos e o público em geral poderão continuar fazendo suas publicações e debatendo esses temas livremente no Facebook e nas outras redes sociais da empresa. O objetivo é ajustar-se ao Regulamento de Transparência e Direcionamento de Publicidade Política (TTPA) da UE.

A empresa, que tem investido pesado em áreas como data centers de IA, expressou algumas preocupações. O regulamento europeu TTPA representa uma série de desafios para o negócio de publicidade da Meta, incluindo algumas incertezas jurídicas. Uma das principais preocupações é a restrição na forma de segmentar e entregar esses conteúdos, algo que pode limitar o alcance das campanhas.

Novas regras da União Europeia sobre Anúncios

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O Regulamento de Transparência e Direcionamento de Publicidade Política (TTPA) impõe várias exigências. As novas regras pedem que as publicidades políticas sejam claramente identificadas como tal. Elas também devem mostrar informações sobre quem pagou pelo anúncio e qual a finalidade do material que está sendo divulgado ao público.

Além disso, a legislação europeia se tornou mais rigorosa quanto ao uso de dados pessoais. O TTPA proíbe que informações sensíveis de usuários, como etnia, religião e orientação sexual, sejam usadas para direcionar propagandas. A norma também impede o uso de dados de menores de idade com a mesma finalidade.

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Outro ponto importante é a proibição de anúncios políticos patrocinados por pessoas ou empresas de fora da União Europeia. Essa restrição se aplica a partir de três meses antes de uma eleição ou referendo na região, visando proteger a integridade dos processos democráticos.

Essas novas regras da UE surgiram por conta de preocupações com possíveis interferências estrangeiras em votações dentro do bloco. As autoridades europeias buscam evitar que a manipulação de informações possa influenciar as escolhas dos cidadãos nas urnas, protegendo a segurança dos dados e a transparência do processo eleitoral.

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As novas regras para anúncios políticos da UE foram alvo de críticas da Meta. (Imagem: Getty Images)

Meta e as restrições de publicidade

A Meta argumenta que já cumpre algumas das exigências do TTPA. A empresa destacou que já sinaliza anúncios pagos e exige a comprovação de identidade para a veiculação de propagandas políticas. Ela também ressaltou que já oferece mais transparência para publicidade política, eleitoral e de questões sociais do que muitas outras plataformas digitais.

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A suspensão da exibição de anúncios políticos, eleitorais e de questões sociais, que entra em vigor em outubro, vale exclusivamente para a União Europeia. A Meta deixou claro em um comunicado que, em outras regiões, as suas ferramentas de publicidade política, conhecidas por serem autênticas e transparentes, continuarão funcionando normalmente.

A empresa também mencionou que o Google precisou tomar uma decisão parecida no ano passado, parando de exibir o mesmo tipo de conteúdo em plataformas como o YouTube. A Meta descreveu sua escolha como “difícil”, e acredita que a nova legislação terá um impacto na experiência dos usuários em suas redes.

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Usuários das redes sociais da Meta na UE deixarão de visualizar anúncios políticos, eleitorais e de questões sociais. (Imagem: Getty Images)

A gigante da tecnologia afirmou que regulamentos como o TTPA “prejudicam significativamente” a capacidade de oferecer esses serviços. Isso não apenas afeta a eficácia do alcance dos anunciantes, mas também a capacidade dos eleitores de ter acesso a informações completas e variadas para formar suas opiniões.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.