Michael Keaton, do Batman ao Oscar com ‘Birdman’: uma jornada de redenção

“Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”, lançado em 2014, é um filme que mistura drama, comédia e crítica social de um jeito único. Dirigido por Alejandro González Iñárritu, o longa nos faz pensar sobre identidade, fama, arte e aquela vontade de ser aceito. A produção acompanha Riggan Thomson, um ator que fez sucesso como o super-herói Birdman, e a escolha de Michael Keaton para o papel não foi por acaso, já que o filme conquistou indicações ao Oscar.

Iñárritu usa a história de Riggan para mostrar as loucuras do nosso tempo, onde as celebridades aparecem e desaparecem muito rápido, e artistas que tentam se reinventar acabam ficando de lado.

A Magia por Trás das Câmeras em Birdman indicado ao Oscar

Um dos truques de “Birdman” é dar a impressão de que o filme foi feito em uma única tomada, durante suas duas horas de duração. Para isso, Iñárritu contou com a ajuda de Emmanuel Lubezki, que conseguiu mostrar a instabilidade de Riggan, um cara que parece flutuar de um lado para o outro enquanto tenta montar sua peça “De Que Falamos Quando Falamos de Amor”, de Raymond Carver.

Lubezki ganhou o Oscar de Melhor Fotografia por esse trabalho, e o filme também levou as estatuetas de Melhor Filme, Direção e Roteiro Original. Aliás, Lubezki já tinha ganhado o prêmio da Academia por “Gravidade” (2013) e “O Regresso” (2015), também com Iñárritu.

O talento de Lubezki já aparece logo no começo, quando Riggan precisa atravessar o teatro e ir parar, de cueca, em uma Times Square cheia de turistas, caçadores de autógrafos e artistas de rua. Mesmo com toda essa loucura, ele mantém a calma, e o diretor vai mostrando aos poucos o lado forte do seu anti-herói.

Elenco e Simbolismos que Enriquecem Birdman indicado ao Oscar

O elenco de apoio também faz toda a diferença em “Birdman”. Edward Norton interpreta Mike Shiner, um ator talentoso e meio maluco que representa o “artista puro”, mas também mostra a hipocrisia e a vaidade por trás do mundo do teatro.

Emma Stone vive Sam, a filha de Riggan, que também é sua assistente. Ela representa uma geração que não acredita em nada e está sempre desiludida. Em uma das cenas mais fortes, ela diz para o pai que ele não é importante e que ninguém se importa com a peça dele. É um golpe duro, que mostra o medo de Riggan de não ser notado em um mundo obcecado por fama e coisas superficiais.

O título do filme, com o subtítulo “A Inesperada Virtude da Ignorância”, tem muita ironia. Ele sugere que, às vezes, ser ignorante ou não ligar para o que os outros pensam pode ser libertador. Riggan, ao tentar ser importante através da arte, acaba se perdendo em uma jornada de destruição, e só encontra paz quando “voa” — seja de verdade ou na sua imaginação.

O final do filme é aberto e cada um pode entender de um jeito: será que Riggan morreu? Será que ele se livrou do Birdman? Ou será que ele encontrou uma nova forma de ser artista? Não tem uma resposta certa, e essa é uma das coisas que faz o filme ser tão bom.

Uma Trilha Sonora que Pulsa com a História

A trilha sonora de Antonio Sánchez, feita quase toda com instrumentos de percussão de jazz, deixa o filme ainda mais caótico e intenso. A música acompanha as emoções dos personagens, criando uma sensação de urgência e agitação. É mais um detalhe que mostra como a forma e o conteúdo se encaixam perfeitamente.

“Birdman” é um filme complexo, ousado e muito humano. Com uma direção impecável, atuações incríveis e uma história cheia de simbolismo e crítica social, Iñárritu criou uma história moderna sobre o ego, a arte e a busca por um sentido na vida. O filme não dá respostas fáceis, mas nos faz pensar: o que estamos dispostos a fazer para sermos notados? E o que realmente importa no final das contas: os aplausos ou a verdade?

Se você curte filmes que te fazem pensar e sentir, precisa assistir “Birdman”. E se você gosta de acompanhar as últimas novidades do mundo do entretenimento, não deixe de conferir as notícias sobre a previsão de lançamento de Premonição 6 no streaming.

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