Microsoft combate rede global de cibercrime que usa IA

Entenda como a Microsoft enfrenta a rede Storm-2139 que explora inteligência artificial para crimes cibernéticos.
Atualizado há 3 horas
Cybercrime com Generative AI

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A Microsoft iniciou um processo legal contra uma rede global de cybercrime, conhecida como Storm-2139, que está supostamente utilizando inteligência artificial generativa para atividades maliciosas. A empresa alega que essa rede está abusando de tecnologias de IA, incluindo o Azure OpenAI Service da própria Microsoft, para fins ilícitos. A ação faz parte de um esforço contínuo para combater o uso indevido de IA e proteger os usuários de conteúdos prejudiciais.

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Microsoft Age Contra o Cybercrime com Generative AI

Em uma queixa alterada, relacionada a um litígio civil recente, a Microsoft identificou quatro desenvolvedores principais por trás de ferramentas maliciosas. Essas ferramentas foram criadas para contornar as medidas de segurança dos serviços de IA da Microsoft. Os réus nomeados são Arian Yadegarnia (alias “Fiz”), residente no Irã; Alan Krysiak (alias “Drago”), residente no Reino Unido; Ricky Yuen (alias “cg-dot”), residente em Hong Kong, China; e Phát Phùng Tấn (alias “Asakuri”), residente no Vietnã.

Esses indivíduos são considerados figuras centrais na Storm-2139, uma rede global de cybercrime. Segundo as alegações, membros dessa rede exploraram credenciais de clientes disponíveis publicamente para obter acesso não autorizado a serviços de IA generativa. Em seguida, eles modificaram esses serviços e revenderam o acesso a outros criminosos, fornecendo até mesmo instruções explícitas para a produção de conteúdo nocivo. Isso inclui imagens íntimas não consensuais de celebridades e outros materiais explícitos.

A investigação da Microsoft descreve a Storm-2139 como uma organização estruturada em três níveis principais: criadores, que desenvolvem as ferramentas para abusar dos serviços de IA; provedores, que modificam, fornecem e oferecem essas ferramentas em diferentes níveis de serviço e preços; e usuários finais, que empregam essas ferramentas para gerar conteúdo sintético proibido, muitas vezes visando celebridades ou produzindo imagens sexualmente explícitas.

Ações Legais e Repercussões

Após o processo inicial, apresentado pela Unidade de Crimes Digitais (DCU) da Microsoft no Distrito Leste da Virgínia em dezembro de 2024, o tribunal concedeu uma ordem de restrição temporária e uma liminar preliminar. Isso permitiu que a Microsoft apreendesse um website crucial utilizado pela rede de cybercrime, prejudicando significativamente sua capacidade operacional.

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A divulgação dos documentos legais em janeiro provocou uma reação imediata dentro da rede. Em canais de comunicação monitorados, membros começaram a especular sobre as identidades dos “John Does” implicados no caso e, em alguns casos, tentaram culpar outros membros da operação. Além disso, a equipe jurídica da Microsoft recebeu vários e-mails de suspeitos membros da Storm-2139, com o objetivo de transferir a responsabilidade e acusar outros envolvidos.

Também foi observado o doxing do advogado da Microsoft, com informações pessoais e fotografias circulando online, uma tática que pode levar a graves consequências no mundo real, como roubo de identidade e assédio. As ações da Microsoft refletem um compromisso mais amplo de conter o abuso de IA generativa. A empresa reconhece que desmantelar uma rede de cybercrime tão enraizada é uma batalha contínua.

As ações legais e interrupções operacionais visam desmascarar esses atores maliciosos e representam um avanço significativo. Ao expor as atividades secretas da Storm-2139, a empresa pretende não apenas desmantelar a rede atual, mas também dissuadir futuras tentativas de usar a tecnologia de IA como arma. Este caso ressalta os desafios apresentados por criminosos cibernéticos na era digital e a necessidade de esforços persistentes e coordenados para proteger tecnologias inovadoras do uso indevido.

O Impacto do Cybercrime com Generative AI

A proliferação da inteligência artificial generativa trouxe consigo novas oportunidades para criminosos cibernéticos. A capacidade de criar conteúdo sintético de forma rápida e eficiente permite a disseminação de desinformação, a criação de deepfakes e a automatização de ataques de phishing. A rede Storm-2139 é um exemplo claro de como a IA pode ser utilizada para fins maliciosos, explorando vulnerabilidades e contornando as proteções existentes.

As ações da Microsoft demonstram a importância de uma abordagem proativa para combater o cybercrime com generative AI. Além das medidas legais, é essencial investir em tecnologias de detecção e prevenção, bem como em programas de conscientização para educar os usuários sobre os riscos e as melhores práticas de segurança. A colaboração entre empresas de tecnologia, governos e a comunidade de segurança cibernética é fundamental para enfrentar os desafios complexos e em constante evolução do cybercrime na era da IA.

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A Microsoft também anunciou o lançamento do GPT-4.5, seu modelo mais avançado até agora. A empresa continua investindo em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar a segurança de seus serviços de IA e proteger seus usuários de ameaças cibernéticas. A batalha contra o cybercrime é um esforço contínuo, e a Microsoft está comprometida em liderar o caminho na criação de um ambiente digital mais seguro e confiável.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.