Microsoft é a única entre as grandes de tecnologia a crescer em valor de mercado em 2025

Microsoft supera concorrentes e é a única entre as grandes de tecnologia a aumentar valor de mercado em 2025. Saiba os motivos.
Atualizado há 11 horas
Microsoft é a única entre as grandes de tecnologia a crescer em valor de mercado em 2025
Microsoft lidera em valorização em 2025, superando seus concorrentes de tecnologia. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • A Microsoft foi a única entre as sete maiores empresas de tecnologia dos EUA a registrar crescimento no valor de mercado desde o início de 2025.
    • Se você investe em tecnologia, o desempenho da Microsoft pode indicar oportunidades mais estáveis em meio a turbulências econômicas.
    • O crescimento da Microsoft reflete sua resiliência e estratégia diversificada, impactando positivamente investidores e o mercado de tecnologia.
    • A empresa está cada vez mais próxima de ultrapassar a Apple como a mais valiosa do setor, sinalizando mudanças no cenário competitivo.
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A Microsoft ganha valor e se destaca entre as sete empresas de tecnologia mais valiosas dos EUA, sendo a única a apresentar crescimento desde o início de 2025. A companhia tem demonstrado resiliência em meio às turbulências econômicas, impulsionada por seu forte posicionamento em inteligência artificial e outras áreas de receita.

As ações da Alphabet, Meta, Nvidia, Apple, Amazon e Tesla também passaram por reajustes, impactando seus valores de mercado. No entanto, a Microsoft conseguiu superar esse cenário adverso, demonstrando a força de sua estratégia e a confiança dos investidores.

Desde o começo do ano, os valores de mercado das principais empresas de tecnologia ficaram abaixo do registrado em 1º de janeiro. Essa situação mudou em 1º de maio, quando o valor de mercado da Microsoft atingiu US$ 3,162 trilhões, superando os US$ 3,134 trilhões do início do ano, de acordo com dados da Economatica.

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A Microsoft está cada vez mais próxima de se tornar a empresa mais valiosa entre seus pares, diminuindo a distância para a Apple, cujo valor de mercado era de US$ 3,205 trilhões na mesma data. Essa ascensão reflete a capacidade da Microsoft de inovar e se adaptar às mudanças do mercado.

Desempenho na Temporada de Resultados

A temporada de resultados das empresas de tecnologia nas últimas semanas reforçou a posição da Microsoft, que divulgou uma receita de US$ 70,1 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento demonstra a solidez dos negócios da empresa e a eficácia de suas estratégias.

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“A grande vantagem da Microsoft é que ela conseguiu aumentar a receita em todos os seus principais segmentos. Isso não aconteceu com outras companhias”, afirma Maria Irene Jordão, analista global da XP. Essa diversificação de fontes de receita confere à Microsoft uma maior estabilidade e capacidade de crescimento.

O destaque no crescimento da divisão de nuvem, com um aumento de 21% na comparação anual, é um sinal positivo para a parceria com a OpenAI e a aplicação de inteligência artificial generativa em suas soluções. A Microsoft tem se posicionado como líder na área de IA, o que tem atraído investimentos e impulsionado seus resultados.

A big tech também parece ter um mix de produtos mais protetivo contra as incertezas do cenário macroeconômico. Essa diversificação permite que a empresa mantenha um desempenho sólido mesmo em momentos de instabilidade econômica.

Recomendação do BTG e Receitas do Office 365

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O BTG Pactual destaca a Microsoft como a principal escolha da corretora entre as gigantes da tecnologia. “Com grande parte da receita proveniente do mercado corporativo (B2B), a companhia se beneficia de maior previsibilidade e menor sensibilidade às tarifas, o que sustenta a nossa visão mais construtiva”, afirma o analista Marcel Zambello em um relatório.

A receita da companhia com os produtos Office 365 foi de US$ 21,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, equivalente a 31% do total. Neste grupo entram programas de produtividade corporativos como Power BI, Word e PowerPoint, cujos contratos mais longos e pouca concorrência tornam a companhia menos sensível a volatilidades.

Esses produtos, essenciais para o dia a dia de muitas empresas, garantem uma receita estável e recorrente para a Microsoft. A forte presença no mercado corporativo confere à empresa uma vantagem competitiva significativa.

O Impacto das Tarifas e a Microsoft

Como explica Jordão, os mercados começaram o ano esperando por uma apreciação do dólar no governo Trump. Com o tarifaço, o efeito foi contrário: uma depreciação da moeda americana. Para companhias com operações globais como as big techs, apreciação do dólar significa perder dinheiro em operações realizadas nas moedas locais e repatriadas para suas sedes nos Estados Unidos.

“No final, a depreciação mais aguda do dólar foi um alívio para os resultados deste trimestre”, explica Jordão. A depreciação do dólar, embora possa parecer um problema, acabou beneficiando as empresas com atuação global, como a Microsoft.

O problema é que agora essas empresas enfrentam o receio global de uma recessão nos Estados Unidos e desaceleração na economia global. Concorrentes como Google e Meta, cujas principais receitas vêm da linha de publicidade, são mais sensíveis aos ciclos econômicos. Devido à natureza da sua linha de produtos para corporações, a Microsoft tende a ser menos impactada pelos mesmos ciclos.

Disputa no Mercado: Microsoft se destaca e Apple é impactada

Um levantamento feito por Einar Rivero, da Elos Ayta, calcula que as 7 Magníficas perderam US$ 2,27 trilhões em valor de mercado desde 1º de abril, dia anterior ao anúncio de tarifas de importação dos Estados Unidos feito por Trump.

A Apple, empresa mais valiosa do S&P, sofreu o maior impacto: recuo de 22,9% no valor de mercado até o dia 8 abril. Tesla e Meta chegaram a cair, respectivamente, 21,5% e 17%.

Embora as companhias tenham recuperado valor no decorrer do mês, o movimento aproximou a Microsoft da Apple. O valor de mercado da desenvolvedora do iPhone no início de maio era de US$ 3,2 trilhões, contra US$ 3,16 trilhões da empresa fundada por Bill Gates, valorizada em 13,91% entre 1º de abril e 1º de maio.

A Tesla, do bilionário americano Elon Musk, foi a companhia mais penalizada entre os pares “magníficos” em 2025. Dados da Economatica mostram que ela deixou de ser uma das sete com maior participação no S&P 500: Berkshire Hathaway e Broadcom ultrapassaram a desenvolvedora de carros elétricos entre fevereiro e março deste ano.

O envolvimento do seu CEO na administração federal americana tem sido tratada como um prejuízo à marca da Tesla. Além de lidar com a crescente concorrência de marcas chinesas, a montadora vem enfrentando protestos em algumas de suas lojas nos Estados Unidos e na Europa, além de uma sequência de recalls do seu principal lançamento dos últimos anos, o Cybertruck.

Em abril, as ações da empresa voltaram a reagir positivamente após Musk dizer que passaria a dedicar menos tempo ao Departamento de Eficiência (DOGE) do governo Trump. Os ganhos foram de 16,33% desde o anúncio, no dia 22. É interessante acompanhar como o mercado reage a essas mudanças e como elas afetam o valor das empresas.

Por enquanto, a Microsoft também tem sido poupada de processos antitruste que atingiram rivais como Alphabet e Meta. A controladora do Google tem respondido a diversos juízes americanos em casos que envolvem seu navegador, o Google Chrome, seu sistema operacional, Android e a plataformas de publicidade online, enquanto autoridades antitruste acusam a Meta de ter utilizado métodos anticoncorrenciais para adquirir as redes Instagram e WhatsApp. Aliás, sabia que a Microsoft oferece desconto de 25% no Surface Laptop 7, mas promoção não está disponível no Brasil?

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.