MicroStrategy amplia captação para compra de Bitcoin em meio a perdas significativas

A MicroStrategy aumentou para US$ 84 bilhões sua captação para compra de Bitcoin, mesmo enfrentando perda recorde.
Atualizado há 4 dias
MicroStrategy amplia captação para compra de Bitcoin em meio a perdas significativas
MicroStrategy capta US$ 84 bilhões para Bitcoin, superando perdas históricas. (Imagem/Reprodução: Cryptonews)
Resumo da notícia
    • A MicroStrategy anunciou uma captação para aquisição de Bitcoin que agora soma US$ 84 bilhões.
    • Se você acompanha o mercado de Bitcoin, isso pode influenciar sua percepção de investimento na criptomoeda.
    • Esse movimento destaca o crescente interesse corporativo em Bitcoin, refletindo na volatilidade e percepção do ativo no mercado.
    • O foco na compra de Bitcoin pode atrair mais investidores para o mercado, aumentando a liquidez da criptomoeda.
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A MicroStrategy, empresa de Michael Saylor, anunciou a expansão do seu plano de captação de recursos para US$ 84 bilhões, visando intensificar a compra de Bitcoin. Essa decisão ocorre mesmo após a empresa registrar uma perda líquida recorde de US$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, resultado da adoção de uma nova regra contábil para ativos digitais.

Detalhes da Expansão para Compra de Bitcoin

A empresa, sediada na Virgínia, revelou na quinta-feira que protocolou a venda de US$ 21 bilhões adicionais em ações ordinárias. Isso ocorreu após esgotar um programa anterior de mesmo valor, autorizado em outubro.

Além disso, a MicroStrategy dobrou sua meta de emissão de dívida, passando de US$ 21 bilhões para US$ 42 bilhões. Desse total, ainda restam US$ 14,6 bilhões disponíveis sob a autorização atual para futuras emissões.

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Esses programas ampliados fazem parte do esforço contínuo da companhia para financiar aquisições de Bitcoin por meio de ofertas de ações e dívidas. A estratégia busca consolidar sua aposta na principal criptomoeda do mercado.

Desde o lançamento do seu programa de venda de ações no mercado (at-the-market equity program), a firma já vendeu aproximadamente US$ 20,9 bilhões em ações, restando apenas US$ 128 milhões disponíveis para venda nesse formato inicial.

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Em um comunicado de outubro, a MicroStrategy detalhou seu objetivo original de levantar US$ 42 bilhões ao longo de três anos. O plano envolvia o uso de instrumentos de capital e renda fixa para aumentar sua exposição ao Bitcoin além do que as receitas tradicionais permitiriam.

Impacto Contábil e Resultados Financeiros

A perda bilionária registrada no primeiro trimestre de 2025 está diretamente ligada a uma regra contábil adotada recentemente. Essa norma exige que empresas avaliem seus ativos digitais, como o Bitcoin, a preços de mercado (fair value accounting).

A MicroStrategy, que possui cerca de 554.000 BTC (avaliados em aproximadamente US$ 53 bilhões, segundo a fonte original), adotou a regra no primeiro trimestre de 2025, logo após sua aprovação no final de 2024.

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Anteriormente, a empresa classificava seu Bitcoin como ativo intangível. Essa abordagem contábil exigia o registro de perdas permanentes (impairments) quando o preço do ativo caía, mas só permitia o reconhecimento de ganhos no momento da venda.

Embora a nova abordagem traga mais transparência sobre o valor dos ativos digitais em balanço, ela também introduz maior volatilidade de curto prazo nos resultados financeiros reportados pela empresa, refletindo as flutuações do mercado.

No primeiro trimestre de 2025, a MicroStrategy reportou uma receita total de US$ 111 milhões. Esse valor representa uma queda de 3,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em contraste, a receita de serviços de assinatura mostrou forte desempenho.

A receita proveniente de assinaturas subiu acentuadamente para US$ 37,1 milhões, um aumento de 61,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse crescimento indica um bom desempenho em seu negócio principal de software.

Apesar de suas raízes no desenvolvimento de software, a MicroStrategy tem se reposicionado estrategicamente. Sob a liderança de Michael Saylor, seu fundador e presidente executivo, a empresa é vista por muitos como um veículo de investimento alavancado em Bitcoin.

O preço médio de compra dos Bitcoins mantidos pela empresa agora está em US$ 68.459 por BTC, conforme dados de 28 de abril de 2025.

Empresas Aumentam Aposta no Bitcoin

O movimento agressivo da MicroStrategy para adquirir mais Bitcoin ocorre em um cenário de crescente interesse institucional pela criptomoeda. Dados indicam que empresas de capital aberto aumentaram suas participações em Bitcoin em 16,1% durante o primeiro trimestre de 2025.

De acordo com informações da gestora de criptoativos Bitwise, o volume total de Bitcoin em posse de corporações listadas publicamente atingiu aproximadamente 688.000 BTC ao final do primeiro trimestre. Durante esse período, as empresas adicionaram 95.431 BTC aos seus tesouros.

A Bitwise também reportou que o valor combinado dessas participações corporativas alcançou US$ 56,7 bilhões. Esse cálculo foi baseado no preço de fechamento do Bitcoin no primeiro trimestre, cotado a US$ 82.445 por unidade, representando um aumento de 2,2% no valor total detido.

Reforçando essa tendência, a empresa de tecnologia de saúde Semler Scientific expandiu recentemente suas reservas de Bitcoin. A companhia realizou uma nova compra de US$ 10 milhões, sinalizando uma continuidade em seu pivô estratégico em direção aos ativos digitais.

Com essa última aquisição, o tesouro total de Bitcoin da Semler Scientific ultrapassou 3.300 BTC. Com base nos preços atuais de mercado, esse montante é avaliado em aproximadamente US$ 300 milhões.

A estratégia da MicroStrategy, impulsionada por Michael Saylor, reforça seu posicionamento único no mercado como uma empresa cujo valor está fortemente atrelado ao desempenho do Bitcoin. A decisão de ampliar a captação de recursos, mesmo diante de perdas contábeis significativas, sublinha a visão de longo prazo da administração sobre o ativo digital, ecoando um sentimento crescente entre outras corporações que também exploram o Bitcoin como parte de suas reservas estratégicas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.