Militares americanos discutem limites no uso de drones por soldados

Militares dos EUA questionam o uso de drones por soldados devido a desafios logísticos e riscos operacionais.
Publicado dia 18/10/2025
Militares americanos discutem limites no uso de drones por soldados
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O Exército dos EUA planeja fornecer drones para cada soldado, mas líderes alertam para os riscos dessa estratégia.
    • Você pode entender como o uso excessivo de drones pode aumentar a carga de trabalho e distrações para os soldados.
    • Essa discussão afeta o planejamento militar e o balanceamento entre tecnologia e eficiência logística.
    • Os avanços em drones autônomos motivam o debate sobre sua implementação limitada para evitar problemas.
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O Exército dos Estados Unidos vem ampliando seus investimentos em drones de combate, com planos de fornecer uma aeronave não tripulada para cada soldado no campo de batalha. Apesar dos benefícios, essa estratégia está sendo questionada por alguns líderes militares, que alertam para possíveis riscos e limitações no uso dessas tecnologias cada vez mais acessíveis.

Por que o uso de drones de combate precisa de limites?

Os drones de guerra têm se mostrado ferramentas eficientes ao ajudar a mapear terrenos, localizar inimigos e identificar ameaças, sem colocar tropas em risco. Essa tecnologia, que apresenta custos menores, já é utilizada em conflitos atuais, como na guerra da Ucrânia, além de contar com estratégias inovadoras, como a teia de aranha para destruir alvos russos, segundo esta matéria.

Porém, a disseminação indiscriminada de drones pode sobrecarregar soldados. Conforme o coronel Dave Lamborn, chefe da 2ª Brigada Móvel da 25ª Divisão de Infantaria no Havaí, essa utilização excessiva traz riscos. Ele alertou que, além de pilotar os aparelhos, os militares precisam transportar baterias, estações de carregamento e fazer manutenção, aumentando suas responsabilidades.

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Carregar peças de reposição, realizar treinamentos e manter os equipamentos operando aumenta a carga de tarefas dos soldados, que já lidam com sistemas de visão noturna, rádios e armas, que exigem alta concentração. Incluir mais dispositivos, como drones de combate, pode elevar o risco de distrações. Lamborn ainda destaca que unidades de infantaria leve e reconhecimento poderiam aproveitar melhor essa tecnologia.

O debate também inclui a opinião do brigadeiro-general Travis McIntosh, da 101ª Divisão Aerotransportadora de Fort Campbell. Ele acredita que a adoção em larga escala de pequenas aeronaves pode prejudicar o transporte de munições por helicópteros, que precisarão substituir baterias por cargas de reserva, além de aumentar o esforço logístico, conforme informa esta publicação.

O Exército americano está treinando seus soldados na construção, manutenção e pilotagem de drones de combate, enquanto observa os desdobramentos dos conflitos atuais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia. Esses eventos aceleram a busca por tecnologia militar avançada, incluindo o possível uso de drones mais inteligentes e autônomos, observando sempre os limites dessa estratégia.

Alguns dispositivos estratégicos, como os drone Stormshroud, já demonstram avanços tecnológicos, mas a autonomia completa desses aparelhos ainda gera discussão. Para quem acompanha a evolução da tecnologia militar, fica a oportunidade de conhecer os principais drones de combate utilizados atualmente ao redor do mundo.

Desafios para o futuro dos drones de combate

Apesar dos avanços, muitos especialistas ressaltam a necessidade de limitar a distribuição e o uso de drones de combate para evitar problemas logísticos e operacionais. Questões como a capacidade de transporte, autonomia de bateria e gerenciamento de recursos permanecem como principais obstáculos à implementação irrestrita.

Todavia, a tecnologia continua evoluindo de forma rápida. Pesquisas em áreas como o teste de memória e o desenvolvimento de novos materiais prometem ampliar ainda mais as aplicações de drones de combate, tornando essa ferramenta cada vez mais presente em operações militares convencionais ou de reconhecimento.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.