Minha experiência com o SharePlay da Apple e a versão beta do Google

Conheça a experiência do SharePlay da Apple e os desafios da alternativa oferecida pelo Google.
Atualizado há 3 horas
Minha experiência com o SharePlay da Apple e a versão beta do Google
(Imagem/Reprodução: Androidauthority)
Resumo da notícia
    • Apple SharePlay permite assistir vídeos sincronizados com amigos e família durante chamadas à distância.
    • Você pode usar o SharePlay para compartilhar conteúdos de forma simples e integrada, melhorando momentos a distância.
    • A alternativa do Google no Google Meet é mais complexa e apresenta problemas, prejudicando a experiência do usuário.
    • O Google precisa aprimorar usabilidade e ampliar compatibilidade para competir efetivamente com o SharePlay da Apple.
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O SharePlay da Apple oferece uma experiência fluida para assistir a conteúdos com amigos e família à distância, sincronizando vídeos durante uma chamada de vídeo. Essa ferramenta é muito útil quando seus entes queridos não estão por perto. Contudo, como tudo da Apple, você não consegue usar fora do ecossistema, deixando de fora os usuários de Android. Para competir, o Google criou sua própria versão, mas ela deixa muito a desejar, dando a impressão de ser um teste beta.

A Experiência Fluida com o SharePlay da Apple

Embora o SharePlay não fizesse parte da minha rotina de chamadas de vídeo, que geralmente acontecem no WhatsApp e não no FaceTime, experimentá-lo me fez questionar por que não o havia usado antes. A fluidez da experiência é tão grande que eu consideraria mudar para o FaceTime apenas por essa função.

Imagine a cena: você está em uma chamada de vídeo com alguém e, no meio de uma conversa, decidem assistir a um trailer de filme juntos para dar suas “opiniões de especialistas”. Com o SharePlay, isso se torna super simples e rápido, sem complicação nenhuma, ideal para momentos com seus entes queridos.

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Durante a chamada, bastou abrir o YouTube, e a opção do SharePlay apareceu. Após selecioná-la, minha irmã recebeu um convite para participar. Assim, começamos a assistir ao mesmo vídeo do YouTube, pausando e reproduzindo para analisar cada detalhe como verdadeiros críticos de cinema.

Naquele momento, não achei a experiência surpreendentemente direta ou fluida. Sua simplicidade e o fato de “apenas funcionar” não se destacaram para mim. Isso só mudou depois que testei a alternativa do Google e percebi a grande diferença entre a experiência do SharePlay da Apple e a do concorrente.

Os Desafios da Alternativa do Google

Eu tinha uma vaga ideia sobre a alternativa de SharePlay do Google, mas nunca pensei em testá-la até ter minha experiência em primeira mão com a versão da Apple. Logo depois daquela chamada, comecei a procurar como encontrar e usar o recurso do Google.

Nessa pequena jornada, acabei descobrindo algumas coisas sobre a estratégia do Google. A empresa substituiu o Duo, um aplicativo mais focado no consumidor, e o consolidou no Google Meet. Ter um único produto para funcionalidades similares faz sentido do ponto de vista corporativo, mas essa mudança alterou minha percepção completamente.

Para mim, o Google Meet agora parece um aplicativo de trabalho. Eu não o usaria para ligar para meus amigos, da mesma forma que não usaria o Zoom ou o Microsoft Teams, nem outros produtos Google para chamadas pessoais. Mas, para testar a funcionalidade, tive que abri-lo.

É no Google Meet que você encontra a versão do SharePlay do Google. Meu primeiro contato com ela, contudo, não foi dos melhores. Em uma chamada do Meet, precisei tocar no menu de três pontos, ir para a seção Ferramentas e selecionar YouTube em Compartilhamento ao vivo.

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A partir daí, ele mostra uma tela para introduzir o compartilhamento ao vivo toda vez, junto com um botão para abrir o YouTube. Uma vez no YouTube, você abre um vídeo e ativa o compartilhamento ao vivo no menu pop-up para finalmente começar a assistir com todos na chamada.

Ufa! É uma quantidade enorme de passos, comparado à simplicidade da abordagem da Apple. É tão irritante que quase desisti no meio do caminho. E foi então que os problemas realmente começaram a aparecer, tornando a experiência frustrante e demorada.

O pop-up que deveria aparecer simplesmente não aparecia para mim. Verifiquei páginas de ajuda e até mesmo o vídeo tutorial oficial do Google no YouTube, mas nada adiantou. E sim, eu tenho uma assinatura do YouTube Premium, o que deveria facilitar o processo.

Tentei várias vezes, mas o pop-up se recusava a aparecer. Após uns 15 minutos de esforço, acabei desistindo. Se estivesse realmente querendo assistir algo com amigos e comida na mão, esse erro me deixaria envergonhado e irritado, além de minha comida esfriar.

Limitações e Recursos Faltantes

Mesmo que o problema do pop-up fosse resolvido, o recurso de compartilhamento ao vivo do Google ainda parece bastante limitado e pouco desenvolvido. Ele é muito básico e carece de refinamento, enquanto o SharePlay da Apple parece estar anos-luz à frente em termos de funcionalidade e experiência de uso.

A diferença é realmente grande. A experiência com o Google Meet é desajeitada, exigindo muitos cliques apenas para começar. E minha sorte fez as coisas ficarem piores no último momento, tornando a utilização ainda mais difícil e inconveniente.

Mesmo depois de conseguir fazê-lo funcionar mais tarde, ainda desejava que o Google copiasse tantas ideias do SharePlay que seria mais fácil para a Apple apenas trazer o SharePlay para smartphones Android, em vez de o Google tentar igualá-lo recurso por recurso.

Os aplicativos que o Google Meet suporta são ferramentas pouco conhecidas, junto com YouTube e Spotify, só. Nem mesmo o YouTube Music é compatível, muito menos outras opções de terceiros que estão na Google Play. O SharePlay, por outro lado, suporta inúmeros aplicativos, e você ficaria impressionado com a amplitude de sua lista de compatibilidade.

O SharePlay vai além de vídeo e música. Ele funciona com plataformas de streaming conhecidas, como Disney+, Hulu, Max, Amazon Prime Video, Paramount+, Spotify, SoundCloud, e os próprios aplicativos TV e Music da Apple.

Mas o SharePlay não para por aí. Ele também oferece suporte a streaming de jogos, permitindo que seus amigos assistam à sua jogabilidade ou participem de uma competição em tempo real. Você pode até compartilhar feeds de aplicativos de fitness para se exercitar em conjunto, incentivando a colaboração.

E tem mais! É possível usar aplicativos de produtividade em colaboração, como um gerenciador de PDF que permite apresentar e fazer anotações em um arquivo em equipe. E quando você estiver cansado de trabalhar, pode até observar as estrelas junto com o Night Sky, tudo compartilhado.

Além disso, se você começa a assistir algo no seu iPhone, pode transmitir para uma Apple TV próxima e continuar na tela grande sem perder nada. Essa conectividade entre dispositivos eleva a experiência de uso, tornando-a ainda mais conveniente e integrada.

O Caminho do Google para o Aprimoramento

Se eu fosse o recurso de compartilhamento ao vivo do Google, eu nem me chamaria de alternativa ao SharePlay enquanto não tivesse treinado mais para ser tão bom, ou até melhor. A diferença na experiência é bem marcante, mostrando o quanto o Google ainda precisa evoluir para alcançar um nível de qualidade similar.

O Google possui todos os elementos necessários, mas precisa interligá-los em uma rede coesa de aplicativos e serviços que realmente funcionem bem em diversos dispositivos. Há muito a aprender com o SharePlay da Apple, um recurso cativante que os usuários de gadgets do Google nem percebem o quanto estão perdendo.

É apenas quando se observa de perto a concorrência que se percebe que, de fato, algumas coisas funcionam melhor em outros ecossistemas. A experiência da Apple neste caso demonstra um nível de refinamento que o Google ainda precisa alcançar.

Para equiparar, o Google deve repensar a usabilidade de sua ferramenta e investir na ampliação da compatibilidade com aplicativos. Só assim poderá oferecer uma experiência que esteja à altura das expectativas dos usuários, ou até mesmo superá-las, tornando-se uma alternativa realmente competitiva.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.