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- Astrônomos estudam um sinal de rádio incomum emitido a cada 14 minutos.
- O fenômeno pode contribuir para avanços na compreensão do universo e objetos cósmicos.
- O estudo destaca a busca por fontes exóticas, como estrelas de nêutrons e objetos misteriosos.
- A colaboração de diferentes observatórios fornece dados essenciais para identificar a origem do sinal.
Astrônomos estão intrigados com a descoberta de um sinal de rádio incomum que emite ondas em direção à Terra a cada 14 minutos. Este fenômeno, classificado como um Transiente de Rádio de Longo Período (LPRT), foi detalhado em um estudo recente. O sinal, chamado CHIME J1634 + 44, foi notado pela primeira vez em outubro de 2022 durante uma busca por pulsares.
Este sinal misterioso, identificado pelo Experimento Canadense de Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio (CHIME), teve uma explosão inicial. Desde então, pesquisadores registraram outras 89 explosões nos anos seguintes, o que indica uma repetição consistente do fenômeno. A regularidade e as características do sinal são o que mais chamam a atenção da comunidade científica.
O que torna este sinal de rádio incomum diferente?
De acordo com a pesquisa, liderada pelo Observatório Nacional de Radioastronomia dos Estados Unidos (NRAO), o sinal de rádio parece se repetir a cada 841 segundos, o que equivale a 14 minutos. Há também um período secundário de 4.206 segundos, ou seja, 70 minutos.
Este período secundário, que dura 70 minutos, provavelmente está ligado a uma atividade binária. Isso significa que a interação entre dois objetos celestes pode ser a causa da emissão desses sinais. A forma como esses objetos se relacionam é um ponto chave na investigação.
- A interação binária pode ser causada pela radiação de ondas gravitacionais. Outra possibilidade é a adição de material de um objeto companheiro próximo, conforme teorizam os especialistas.
- O objeto cósmico também se diferencia dos outros transientes de longo período. Suas rajadas são 100% polarizadas circularmente, o que significa que as ondas de rádio formam uma espécie de espiral enquanto viajam pelo espaço. Este fenômeno é considerado bastante raro no universo.
- Ele se destaca ainda pela sua rotação acelerada. Esta combinação de fatores nunca havia sido encontrada antes em LPTs, tornando o CHIME J1634 + 44 um caso único e intrigante.
- O CHIME J1634 + 44 está localizado na constelação de Hércules. Essa região, menos movimentada na Via Láctea, facilita a detecção e o estudo aprofundado dos sinais emitidos.
Como os pesquisadores estudaram o sinal?
A pesquisa, que teve à frente o astrônomo Fengqiu Adam Dong, utilizou alguns dos radiotelescópios mais avançados do mundo. Além do CHIME, o estudo contou com a participação do telescópio Green Bank da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, o projeto Very Large Array (VLA) e o Observatório Neil Gehrels Swift da NASA.
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Cada instrumento teve um papel específico e complementar na investigação. A colaboração entre diferentes observatórios permitiu uma análise mais completa e detalhada das características do sinal e sua origem.
- O CHIME contribuiu com seu amplo campo de visão, conseguindo detectar as rajadas periódicas do objeto. Ele também foi crucial para monitorar a evolução da rotação do sinal ao longo do tempo.
- O VLA foi fundamental para refinar a localização exata da fonte do sinal no espaço. Ele também ajudou a mitigar as distorções que poderiam interferir na qualidade dos dados coletados.
- O telescópio Green Bank disponibilizou dados importantes para analisar a polarização das ondas de rádio. Essa análise é essencial para entender como as ondas se comportam e se propagam.
- Já o Observatório Swift da NASA auxiliou na investigação de possíveis sinais de alta energia que pudessem estar associados ao CHIME J1634 + 44. Isso ajuda a traçar um perfil completo do fenômeno.
Qual a possível origem do sinal misterioso?
Os astrônomos ainda não sabem qual tipo de objeto está emitindo essas ondas de rádio tão singulares. Algumas das possibilidades incluem algo mais exótico que um pulsar de rotação lenta, como um magnetar, uma anã branca magnética, ou até mesmo uma classe de objeto celeste nunca antes identificada.
As ondas de rádio também podem ser resultado das interações entre duas estrelas que orbitam muito próximas uma da outra. Os autores sugerem que essas estrelas podem estar perdendo energia ou liberando ondas gravitacionais, o que explicaria a órbita do sistema encolhendo gradualmente. Contudo, são necessárias novas observações para confirmar essas teorias e entender melhor o fenômeno.
A descoberta do CHIME J1634 + 44 amplia a população conhecida de Transientes de Rádio de Longo Período (LPTs). Segundo Dong, isso desafia os modelos atuais de estrelas de nêutrons e anãs brancas, sugerindo que muitos outros objetos semelhantes podem estar aguardando serem descobertos. O estudo abre novos caminhos para desvendar os mistérios desses enigmáticos objetos cósmicos.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.