Monster Hunter Wilds: Aventura divertida, mas pouco desafiadora

Descubra como Monster Hunter Wilds diverte, mas peca em emoção com sua dificuldade baixa.
Atualizado há 4 horas
Review de Monster Hunter Wilds

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Review de Monster Hunter Wilds: Prepare-se para embarcar em uma aventura épica, mas com algumas ressalvas! O novo título da aclamada franquia Monster Hunter chegou, prometendo superar seus antecessores Monster Hunter World e Rise. Será que a Capcom entregou tudo o que os fãs esperavam? Descubra nesta análise completa, que revela os pontos altos e baixos desta jornada, que pode ser divertida, mas carente de desafios.

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Uma jornada com altos e baixos

Como um fã de longa data da série Monster Hunter, iniciei minha jornada em Wilds com grandes expectativas. A Capcom, conhecida por sua excelência na franquia, tinha tudo para criar uma experiência ainda mais memorável. No entanto, o resultado final me deixou com sentimentos confusos e um certo desapontamento. O jogo não é ruim, mas sua fórmula não atingiu o mesmo nível de excelência de seus antecessores.

É importante ressaltar que esta análise reflete o estado atual do jogo antes do lançamento, sem levar em consideração as futuras atualizações gratuitas e expansões que certamente virão. As restrições de informações também limitam o que posso compartilhar neste momento. Portanto, prepare-se para uma análise honesta e direta sobre os principais aspectos que tornam Monster Hunter Wilds uma aventura divertida, porém com algumas falhas.

Talvez essa não seja a notícia que você esperava, mas é crucial abordar esses pontos logo de início. Assim, podemos mergulhar nos detalhes que fazem de Monster Hunter Wilds uma experiência agradável, mesmo que com alguns tropeços no caminho.

Enredo em destaque

Logo nas primeiras horas de jogo, percebi uma ênfase maior na integração da trama com a jogabilidade. Devido às restrições, posso apenas mencionar que o enredo gira em torno da investigação de uma ameaça ao ecossistema, um tema recorrente na série. A diferença aqui é que a história não se resume a uma breve conversa antes de uma missão de caça.

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Em vez disso, os personagens acompanham você, discutem planos, encontram monstros e participam de cutscenes antes da caça. Esse ciclo se repete ao longo do jogo, com seus prós e contras. O ponto positivo é o envolvimento da trama e dos personagens, algo que muitos fãs sempre desejaram. Por outro lado, o ciclo pode se tornar repetitivo, impedindo o jogador de ir direto para a ação e exigindo longas caminhadas e conversas não opcionais.

A sua opinião sobre essa mudança dependerá se você aprecia esse tipo de interação ou prefere a ação direta. Para auxiliar nessas jornadas, temos o Seikret, uma nova montaria que funciona de forma semelhante aos cachorros de Monster Hunter Rise. Ele é essencial para alcançar certas áreas do mapa e pode guiar você automaticamente aos objetivos e monstros.

Essa praticidade, no entanto, remove um pouco da exploração e do conhecimento do mapa, que eram cruciais em jogos anteriores. Embora seja possível explorar por conta própria entre as missões, é fácil se deixar levar pelo ritmo automático do Seikret.

Menos desafios nas caçadas em Review de Monster Hunter Wilds

As batalhas contra os monstros são épicas, especialmente pelas mudanças dinâmicas no cenário. Os ambientes são visualmente impressionantes, mas não senti a mesma imensidão e sensação de um mundo vivo como em Monster Hunter World. Talvez a frequência e o planejamento das sequências no jogo anterior contribuíssem para essa sensação.

Tanto no “Low Rank” quanto no “High Rank“, as caçadas não apresentaram um grande desafio. Era possível abater qualquer monstro em 10 a 15 minutos, mesmo jogando sozinho. A facilidade também eliminou a necessidade de melhorar o equipamento com frequência, o que significa menos caça repetitiva para coletar materiais.

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Essa falta de desafio se deve à ausência de mecânicas complexas nos monstros, cujos padrões de ataque e dano não surpreendem. Estratégias elaboradas, como o uso de itens e armadilhas, tornam-se desnecessárias. Basta atacar continuamente para vencer, o que pode ser pouco emocionante. Uma boa notícia é a inclusão de bots para auxiliar nas caçadas, ideal para quem prefere jogar sozinho ou tem dificuldades em encontrar outros jogadores.

Assim, não é preciso se preocupar com a morte de jogadores reais, a falta de companheiros para grindar ou a dificuldade de encontrar jogadores em caçadas iniciais após o lançamento. A quantidade de monstros disponíveis no lançamento é semelhante à dos jogos mais recentes, mas a progressão é mais rápida, o que pode causar estranhamento. A combinação de caçadas fáceis, menos tempo de exploração e abundância de materiais permite que os jogadores vejam a maior parte do conteúdo e obtenham equipamentos de alto nível em cerca de 30 horas.

Após esse período, é possível continuar caçando versões mais fortes dos monstros, coletar coroas, realizar desafios clássicos, testar armas e explorar o mundo com mais calma. Isso pode aumentar significativamente o tempo de jogo, mas a nova progressão pode desorientar quem está acostumado a longas horas de caça para enfrentar desafios maiores.

Para alguns jogadores, essa mudança será bem-vinda, aliviando a necessidade de grindar. Se você busca ficar forte rapidamente para derrotar monstros com amigos, Monster Hunter Wilds pode se tornar um dos seus jogos favoritos. No meu caso, a grind era parte da diversão e trazia satisfação ao obter os materiais necessários. A falta de dificuldade natural do jogo pode ser um ponto negativo para muitos jogadores.

Armas ainda mais afiadas

O moveset das armas que testei me agradou bastante, pois não são tão simplificadas como em Monster Hunter Rise e ganharam golpes inéditos, além de manter combos clássicos. As novidades na mecânica de montar nos monstros e o “Modo Foco”, que permite ver ferimentos e realizar ataques especiais para causar dano extra, são excelentes adições.

Durante as batalhas mais desafiadoras, que ocorrem após o final da trama, essas novidades tornam as caçadas ainda mais incríveis. Imagine como seria melhor se essa dificuldade estivesse presente em todo o jogo! Outra novidade interessante é a possibilidade de carregar duas armas e alternar entre elas a qualquer momento.

Assim, não é necessário retornar ao acampamento para se adequar ao grupo de caçadores ou mudar o estilo de luta. Em resumo, o estilo de luta está muito melhor, mas a Capcom precisa aprimorar os padrões de ataque dos monstros e torná-los mais únicos e desafiadores para que possamos aproveitar ao máximo as melhorias nas armas.

Essa mudança é crucial para prolongar o ciclo de vida de Monster Hunter Wilds. A diversidade de vilas e acampamentos é maior do que em seus antecessores, o que torna o mundo mais vivo e independente do nosso caçador protagonista. A localização completa em português, com texto e dublagem, também é um ponto positivo.

No quesito desempenho, tive uma experiência positiva no PC com uma placa AMD Radeon RX 7700 XT, 16 GB de RAM e um Ryzen 5 3600. Com FSR 3 e Frame Generation ligados, o jogo rodou a 60 fps na maior parte do tempo com a configuração no “Alto”, superando minhas expectativas com base nos betas. O jogo não é perfeito visualmente, mas o desempenho foi competente em um PC que já enfrenta dificuldades com jogos recentes.

Uma novidade interessante para quem curte jogos de simulação é que a lista de os melhores jogos de simulação para Switch ganhou um novo concorrente de peso. Será que vale a pena?

Vale a pena?

Apesar das restrições, espero ter transmitido uma boa impressão de Monster Hunter Wilds. Na minha opinião, o jogo oferece uma jornada divertida, mas com algumas falhas que tornam a experiência irregular. Essa é apenas a impressão inicial da versão de lançamento, que certamente mudará com o tempo.

O objetivo desta análise é informar o que esperar do jogo se você o adquirir neste período inicial. As mudanças na progressão podem ser perfeitas para alguns jogadores, mas não me agradaram tanto. Isso não seria um problema se os monstros oferecessem um desafio maior, permitindo que eu aproveitasse uma build forte logo no início do jogo.

Ainda assim, é difícil tornar um Monster Hunter ruim ou pouco divertido, e felizmente esse não é o caso deste novo título. Monster Hunter Wilds pode não ser grandioso em todos os aspectos, mas é uma aventura que merece sua atenção. A questão é se o que ele oferece agora é suficiente para você e seu estilo de jogo, ou se vale a pena esperar por novos monstros e desafios no futuro.

Pontos positivos:

Pontos negativos:

Monster Hunter Wilds chega ao PC, PS5 e Xbox Series S e X em 28 de fevereiro. Uma chave de acesso antecipado ao game foi cedida pela Capcom para a realização da review de Monster Hunter Wilds no PC.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.