O Motorola Edge+ foi lançado em abril é custando o preço do iPhone 11. Embora a Motorola não tenha muita tradição por ter câmeras boas, o Edge+ chegou com um dos melhores conjuntos de câmera do mundo e a Motorola prometeu o que há de melhor. Mas, ao que parece, câmeras não é mesmo o forte da marca. O Motorola Edge+ foi avaliado pelo pessoal do DxOMark e o resultado não foi dos melhores.
Vamos antes relembrar das configurações das câmeras do Edge+: começando com o sensor primário de 108MP de 1/1,33 polegadas com distância focal equivalente a 26mm, lente de abertura f/1.8, PDAF e OIS; em seguida, temos um sensor telefoto de 8MP, com distância focal equivalente a 81mm, lente de abertura f/2.4, PDAF e OIS; e finalmente um sensor ultra wide de 16MP, com distância focal equivalente a 13mm e lente de abertura f/2.2. Outras características incluem assistência de foco a laser, flash dual-LED e suporte para 6K 30fps, 4K 30fps, 1080p (30/60fps), giroscópio-EIS. Tudo muito lindo no papel.
Passando para a análise em si do DxoMark, o smartphone da Motorola conseguiu atingir 113 pontos totais. A pontuação o coloca na 20ª posição no sistema geral de classificação de sites, o que, naturalmente, não parece muito bom para o que se espera ser o mais recente e poderoso dispositivo da empresa no mercado. O Edge+ está atrás de muitos smartphones topos de linha de 2019, até mesmo o intermediário do ano passado Xiaomi Mi Note 10 Pro está na frente dele.
De qualquer forma, a pontuação é então subdividida em 119 para fotografia e 101 para vídeo. Vamos começar com a parte fotográfica e os pontos positivos apontados. O smartphone parece trazer detalhes muito altos em imagens, com ruído bem controlado e exposição precisa. Além disso, o DxOMark revela que o balanço de branco é preciso e consistente; enquanto imagens filmadas com a câmera ultra wide mostram detalhes altos.
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Do lado negativo, o Motorola Edge+ trouxe alguns detalhes borrados no zoom médio e até perdeu detalhes em longas faixas de zoom. Ele mostrou também alguns cantos e bordas escurecidos, algo comum em aparelhos mais baratos gerando um indesejado efeito “vinheta”, juntamente com céus subsaturados e tons quentes dentro de casa. O alcance dinâmico também era bastante ruim, enquanto havia alguns artefatos de estimativa de profundidade notáveis, havia distorções no assunto e aberrações cromáticas nos interiores, quando usado o modo retrato. Finalmente, as fotos à noite eram ligeiramente subexpostas, com ruído visível de luminância.
No quesito vídeo, assim como para fotos, o DxOMark encontrou uma exposição precisa e detalhes altos na maioria das condições. O ruído era bem controlado e o autofoco de rastreamento era bastante eficaz. O que não deu certo foram vídeos dentro de casa onde as cores puxam para o verde; estabilização ineficaz ao se mover, sombras de baixa qualidade ao ar livre e quantização de cores visíveis.
Então, no geral, pelo preço que a Motorola cobra e o hardware que ele possui, ele ficou muito aquém do esperado.