A Terra está em constante transformação. Seu núcleo, essencial para a vida como a conhecemos, influencia a posição dos continentes e está sempre em movimento. Novas evidências sugerem que o núcleo interno da Terra pode estar mudando de forma, um tema debatido há tempos pela comunidade científica.
Um estudo publicado na Nature Geoscience por cientistas da USC Dornsife, nos EUA, indica mudanças perto do núcleo interno. A pesquisa, que inicialmente visava mapear a desaceleração do núcleo interno, revelou algo inesperado: uma mudança estrutural nessa área.
O Núcleo da Terra e Seus Mistérios
Apesar dos avanços científicos, o núcleo interno da Terra permanece um mistério, especialmente sua dinâmica. Os cientistas têm hipóteses sobre sua evolução, mas ainda não compreendem completamente o processo. Este novo estudo contribui para entender melhor a estrutura interna do planeta. Sem tecnologia para perfurar até o núcleo, cientistas usam dados sísmicos de terremotos, analisando como as ondas sísmicas se comportam para modelar a estrutura da Terra.
“Descobrimos evidências de que a superfície próxima ao núcleo interno da Terra passa por uma mudança estrutural”, disse John Vidale, professor da USC Dornsife e autor do estudo. Ele analisou décadas de sismogramas e identificou um conjunto de dados de ondas sísmicas peculiar, que indicava que o núcleo interno não é sólido.
As Camadas da Terra
A Terra tem quatro camadas principais: crosta, manto, núcleo externo e núcleo interno. Durante sua formação, os materiais mais densos (ferro e níquel) afundaram, formando o núcleo. Os materiais mais leves (silicatos) subiram, formando a crosta e o manto.
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O núcleo interno, a camada mais profunda, tem temperaturas acima de 4 mil graus Celsius e pressão extrema, mas permanece sólido. Composto principalmente por ferro e níquel, é crucial para a estabilidade do planeta. A interação entre os núcleos influencia o campo magnético. O movimento do núcleo externo gera correntes elétricas que alimentam o geodínamo, essencial para manter o campo magnético.
“O núcleo interno da Terra é como um planeta dentro de outro”, descreve a Universidade Nacional da Austrália. Uma esfera quente de ferro e níquel a 5.150 km de profundidade, ainda a ser explorada. A sismologia global moderna age como um telescópio invertido para investigar essa camada.
Mudança de forma do núcleo interno: Um Novo Olhar
Os pesquisadores analisaram ondas sísmicas de 121 terremotos perto das Ilhas Sandwich do Sul, na Antártida, entre 1991 e 2024. Esses dados permitiram uma análise detalhada do núcleo interno, antes considerado sólido, mas que pode ter uma estrutura mais complexa.
As diferenças nas ondas sísmicas ao atingir o limite entre os núcleos sugerem variações na forma do núcleo interno. Sua superfície pode ter uma propriedade viscosa, influenciando sua estrutura e deslocamento. Os cientistas observaram também uma mudança na taxa de rotação do núcleo interno, possivelmente devido a pequenas depressões e elevações na região.
“É difícil ter certeza, mas possivelmente seriam pequenas depressões e elevações no limite do núcleo interno, em resposta ao núcleo externo fluindo vigorosamente”, afirma Vidale. A mudança provavelmente ocorre pela interação entre os núcleos, com o externo influenciando o interno. Os resultados podem contribuir para entender melhor processos como o campo magnético da Terra. Vale lembrar que o interior do planeta está em constante movimento, assim como corpos celestes em nosso sistema solar.
Os processos internos da Terra ainda não são totalmente compreendidos. Compreender esses processos, como as mudanças no núcleo da Terra que podem estar afetando o tempo no planeta, é fundamental. Estudos recentes sugerem que o núcleo terrestre pode estar passando por transformações que impactam a duração dos dias em nosso planeta.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo
