Mudança no design da Xiaomi: cores vibrantes dão lugar a visual premium

A indústria de smartphones sempre avançou rapidamente, tanto em tecnologia quanto em identidade de design. Entre 2018 e 2019, modelos da Xiaomi, Redmi e Mi lançaram aparelhos marcantes, com cores vibrantes e acabamentos gradientes chamados de “arte da reflexão”. O Redmi Note 7, por exemplo, vendeu mais de 20 milhões de unidades em sete meses. Contudo, as séries mais recentes da Xiaomi (12, 13, 14 e a futura 15) mostram uma mudança gradual, com menos cores chamativas.

Essa transformação vai além de uma simples tendência. Ela reflete uma grande alteração no mercado, impulsionada pela psicologia do consumidor e pela nova filosofia da marca Xiaomi, que busca um visual mais sofisticado. Esse movimento sugere uma evolução na percepção do que representa um smartphone de alto padrão.

De Vermelhos Vibrantes a Tons Elegantes: A Evolução no Design de smartphones Xiaomi

Anteriormente, a cor vermelha no design da Xiaomi simbolizava energia e singularidade, atraindo compradores mais jovens para modelos de gama média como o Redmi Note 6 Pro e o Mi 8 SE. Com o tempo, essa abordagem “divertida” e “descontraída” começou a parecer desatualizada para o segmento mais alto. Os consumidores passaram a preferir “elegância” em vez de “diversão” em seus aparelhos.

A iniciativa (PRODUCT)RED da Apple foi um fator importante nessa mudança, ressignificando a cor vermelha no setor. Em vez de ser uma opção de cor comum, o vermelho foi promovido como uma edição especial, muitas vezes ligada a causas sociais. Isso elevou a percepção do vermelho, associando-o a algo mais exclusivo e com propósito.

Hoje, o vermelho se tornou um símbolo de luxo dentro do nicho de mercado da Xiaomi, deixando de ser uma cor principal para se tornar uma opção diferenciada. A tendência de CMF (Cor, Material e Acabamento) em 2025 mostra uma preferência por cores mais maduras, como o Borgonha e o Cereja. Esses tons transmitem sofisticação em vez de exuberância, focando em uma estética mais refinada e menos voltada para a juventude.

A Era do Minimalismo e o Fim da “Arte da Reflexão”

O desaparecimento dos acabamentos gradientes e das traseiras espelhadas nos smartphones da Xiaomi está ligado a uma mudança maior nas tendências de design. Modelos como o Mi 9 e o Mi 11 exibiam a “arte da reflexão” com seus gradientes complexos. No entanto, lançamentos mais recentes, como o Xiaomi 12 e o Xiaomi 13, adotaram acabamentos foscos e discretos.

Atualmente, o minimalismo é visto como um indicativo de luxo. Pesquisas mostram que os consumidores associam linhas limpas, cores neutras e superfícies simples a maior qualidade e autenticidade. Por outro lado, designs chamativos são, de forma subconsciente, ligados a produtos de menor custo, que tentam mascarar uma qualidade inferior.

Essa direção se alinha perfeitamente com o objetivo da Xiaomi de posicionar suas séries mais recentes, especialmente a Xiaomi 14 e a 15, ao lado de marcas como Apple e Samsung no segmento de elite. A colaboração da Xiaomi com a Leica reforçou essa estratégia, unindo o minimalismo clássico inspirado em câmeras com um acabamento de alta qualidade. Essa parceria trouxe uma nova perspectiva para a identidade visual dos aparelhos.

Xiaomi e Leica: A Reinvenção da Identidade de Marca Premium

A união entre Xiaomi e Leica representa uma das maiores transformações no design da Xiaomi. A marca Leica construiu uma reputação de mais de cem anos, focada em engenharia de precisão e design minimalista. Ao adotar a estética Leica, a Xiaomi teve que deixar de lado as cores gradientes que antes definiam sua identidade visual. Essa mudança é evidente nos modelos topo de linha contemporâneos, como o Xiaomi 15 Ultra.

Esses dispositivos agora apresentam acabamentos em couro PU, corpos metálicos e designs orientados para a câmera, que remetem aos modelos clássicos da Leica. O foco mudou de “como o aparelho brilha” para “o que o aparelho representa”, simbolizando maestria e excelência em fotografia. Essa nova direção enfatiza a funcionalidade e o legado da engenharia.

Essa nova abordagem reforça a imagem da Xiaomi como uma marca que valoriza a precisão e a sofisticação. A parceria com a Leica não apenas influenciou o visual dos telefones, mas também elevou a percepção de seu desempenho em imagem. Usuários globais de outros produtos Xiaomi também percebem essa busca por uma estética mais refinada.

O Futuro: A Psicologia do Design Calmo

No mundo atual, onde há um excesso de estímulos visuais, os consumidores buscam sensações de calma e conforto. Essa é a razão por trás da adoção de temas de cores inspirados no bem-estar, como Peach Fuzz, Mocha Mousse e outros tons pastel. Essas cores visam promover o bem-estar emocional. O smartphone deixou de ser um “dispositivo de empolgação” para se tornar uma “extensão do estilo de vida e da tranquilidade”.

A estratégia atual de CMF da Xiaomi reflete completamente essa tendência. A mudança da marca de plásticos coloridos para materiais mais sofisticados, como vidro fosco, titânio e couro, acompanha uma transição da indústria em direção a designs mais atemporais. Isso indica uma maturidade no processo de criação.

A ausência de cores vibrantes nos smartphones não significa falta de criatividade, mas sim um sinal de maturidade no design. A jornada da Xiaomi, do colorido Redmi Note 7 ao Xiaomi 15 Ultra com design Leica, demonstra a evolução da marca ao longo dos anos. Hoje, o minimalismo premium, o bem-estar visual e as colaborações estratégicas são os pilares que geram valor, e não as cores chamativas. A disputa por cores se transformou em uma busca por calma, classe e acabamento impecável.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via XiaomiTime