Mudanças no desbloqueio do bootloader da Samsung devido às leis da União Europeia

Samsung restringe desbloqueio do bootloader por causa de leis de segurança da UE, impactando quem gosta de personalizar seus smartphones.
Atualizado há 4 horas atrás
Mudanças no desbloqueio do bootloader da Samsung devido às leis da União Europeia
Samsung limita o desbloqueio do bootloader na UE, afetando a personalização de smartphones. (Imagem/Reprodução: Sammobile)
Resumo da notícia
    • A Samsung implementou o ban do bootloader do One UI 8, visando leis de segurança da União Europeia.
    • Usuários de fora dos EUA perdem a liberdade de modificar o software de seus smartphones.
    • A mudança está relacionada às exigências de cibersegurança da legislação europeia 2014/53/EU.
    • Fabricantes precisam aumentar o controle sobre softwares instalados, reforçando a segurança dos dispositivos.
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A comunidade de modificadores de software não recebeu bem a notícia: a Samsung implementou o Ban do bootloader do One UI 8, impossibilitando o acesso a certas personalizações. Essa medida, inesperada para muitos, visa atender a novas exigências de segurança da União Europeia. Agora, usuários fora dos EUA não conseguem mais modificar o software de seus dispositivos como antes.

Desbloquear o bootloader permite que usuários instalem sistemas operacionais personalizados, conhecidos como Custom ROMs, e kernels alternativos nos dispositivos. Essa prática também é útil para atualizar aparelhos que não recebem mais suporte oficial da fabricante, utilizando versões mais recentes de software disponibilizadas por terceiros. A capacidade de modificar o Linux, por exemplo, é um ponto relevante para desenvolvedores de kernels. É uma forma de estender a vida útil de alguns eletrônicos e explorar novas funcionalidades.

A decisão da Samsung de impedir o desbloqueio do bootloader com o One UI 8 não afeta os usuários nos Estados Unidos. Isso porque, por lá, a possibilidade de realizar essa modificação já não estava disponível há algum tempo. No entanto, para os usuários de outras regiões, incluindo a Europa e muitos outros mercados, a situação é diferente, e eles perdem a liberdade de modificar o software de seus dispositivos.

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Um relatório recente indica que essa mudança está diretamente ligada à legislação da União Europeia, especificamente a lei 2014/53/EU. Essa diretriz estabelece novas exigências de cibersegurança para fabricantes de dispositivos eletrônicos, como a Samsung. A lei impõe que os produtos vendidos na Europa devem impedir a instalação de softwares não autorizados e só podem executar ROMs que sejam assinadas e aprovadas pela própria fabricante. Isso reforça a importância da segurança de dados em foco nas plataformas digitais e a necessidade de controle sobre o software embarcado.

Essa diretriz da União Europeia tinha previsão para começar a ser aplicada a partir de 1º de agosto. A decisão da Samsung de implementar a restrição no final do mês passado parece ser uma medida estratégica para se adiantar às exigências de conformidade na UE. Assim, a empresa garante que seus produtos estejam totalmente de acordo com a legislação antes do prazo final, evitando possíveis penalidades. A Bloomberg revelou a nova legislação da UE que impacta o desbloqueio de bootloader em dispositivos Samsung, o que contextualiza essa ação de forma mais ampla.

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Embora a Samsung tenha sido historicamente mais flexível com modificações de software em comparação com outras fabricantes, essa nova postura prioriza a conformidade com as rigorosas normas de segurança europeias. Para a comunidade que dependia do desbloqueio para personalização e para estender a vida útil de seus aparelhos, como a instalação de kernels otimizados ou a experimentação de diferentes versões de sistema operacional, essa é uma mudança significativa. Por exemplo, a capacidade de instalar atualizações no HyperOS para dispositivos Xiaomi e Redmi ou outras customizações, é um cenário diferente.

Apesar de ser uma medida que deve gerar discussões e pode ser considerada controversa entre os entusiastas de tecnologia, a decisão da Samsung é uma resposta direta a um requisito legal claro. Fabricantes de eletrônicos agora precisam garantir que seus dispositivos sigam padrões de segurança ainda mais altos, controlando o tipo de software que pode ser executado. Essa tendência pode influenciar as atualizações de software e a liberdade de modificação em muitos outros aparelhos no futuro, redefinindo as expectativas para personalização de dispositivos móveis.

Embora essa decisão possa ser vista como controversa pela comunidade de modificadores, que agora enfrentam limitações para personalizar seus aparelhos, ela reflete a crescente preocupação com a cibersegurança e a necessidade de conformidade regulatória. Fabricantes como a Samsung precisam equilibrar a liberdade do usuário com a proteção dos dados e a integridade do sistema, seguindo as novas diretrizes globais para dispositivos conectados.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via SamMobile

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.